segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Prevenções contra fraudes

 

Na atualidade, têm sido frequentes as fraudes envolvendo transações bancárias, por via da internet ou propriamente pelo telefone.

Uma jornalista conta a sua história de prejuízo que começou com chamada, identificada pelo seu celular como sendo o número da sua agência bancária, na qual o vigarista sabia o nome dela, o número da agência e até o número de referência da chave de segurança da vítima, elementos esses que, a princípio, davam muita credibilidade e segurança à conversa, que não teria continuidade se ela tivesse tomado algumas importantes precauções.

Como estratégia recorrente, os estelionatários usam tecnologia para mascararem o número dos próprios telefones e se passarem pelos bancos, de modo a se imaginar que tudo é muito normal e seguro.

Eles miram pessoas expostas em vazamentos na internet, de maneira que possam articular narrativas calcadas em fatos para enganá-las.

A jornalista disse que, "Quando eu atendi, ele se apresentou como 'o Márcio, da sua agência'. Ele me convidou primeiro a ir à agência, antes de se propor a resolver o problema pelo telefone, o que foi mais um fator de confiança".

A vítima disse que o criminoso pediu que ela usasse código para cancelar a transferência, que recomendava o "Cancelamento de agendamento Pix".

Embora tudo estivesse lhe parecendo estranho, o nome da chave Pix lhe deu outro sinal de credibilidade, porquanto as palavras eram apenas o nome fantasia do CNPJ associado ao pagamento.

O prejuízo dela foi de R$ 7.400, cujo valor ela não tem esperança de recuperação, porque ela fez a transferência por espontânea vontade, usando a própria senha, tudo como manda o figurino bancário.

Nesse caso, a fraude se processou por meio do software que altera o código que sinaliza o número de telefone de quem está ligando (o chamado Caller ID), cuja adulteração permite que a chamada seja do número conhecido do banco, mas o que aparece para o usuário é outro, técnica essa que se chama “spoofing”.

Atualmente, não existe programa capaz de detectar o uso dessa tecnologia, mas a Anatel tem o serviço chamado “Origem Verificada” que garante às empresas registradas selo de autenticidade, em que os remetentes verificados também podem exibir imagem do logo da empresa.

De acordo com especialistas em cibersegurança, ainda faltam campanhas educativas para se torna prática a estratégia técnica eficaz contra fraudes bancárias, ou seja, isso depende do interesses dos bancos.

Segundo levantamento sobre as ocorrências de fraudes bancárias, há quadrilhas executando golpes em centrais telefônicas que recorrem a dossiês de informações pessoais vazadas para praticar os crimes contra pessoas expostas por vazamentos.

Os criminosos também coletam dados em campanhas de e-mails e sites falsos na internet, nos quais são pedidos nome, CPF e endereço em troca de supostos benefícios ou prêmios gratuitos.

A Anatel recomenda que o consumidor, antes de ligar ou retornar a chamada, consulte a procedência do telefone na plataforma “Qual Empresa me Ligou”.

A Anatel esclareceu que foi reforçada a fiscalização sobre as operadoras de telefonia fixa, que agora serão obrigadas a enviar relatórios mensais sobre o tráfego de chamadas, incluindo as que tiverem indícios de alteração indevida de código de acesso (spoofing).

Informa-se que a jornalista evitou maior prejuízo depois de ligar para a agência dela, com vistas a confirmar a veracidade dos fatos, quando "A gerente me disse que não havia nenhum Márcio na agência".

Finalmente, a Febraban faz importantes alertas para se evitar risco de golpes com pedidos de transferência via TED e cartão, a par de esclarecer que que bancos nunca pedem informações bancárias; nunca ligue para números de telefone indicados em mensagens; quando receber suposta ligação do banco, confirme a autenticidade da história, ligando para seu gerente ou sua agência;  nunca compartilhe dados como senhas, token e outros dados pessoais em ligações; e consulte o responsável pela linha na plataforma “Que Empresa me Ligou”, caso receba mensagem comercial.

Com isso, tem-se como importante alerta sempre se evitar conversa com quem ligar informando que se trata de banco ou da segurança dele, que é sempre para informar algo errado com a sua conta, com o desejo de ajudar a corrigir a falha, quando se trata mesmo de fraude, que não acontece se o telefone for imediatamente desligado e pronto.

Caso persista alguma dúvida sobre transação bancária, é importante se ligar imediatamente para a sua agência e se esclarecer diretamente na fonte confiável.

Enfim, maior clareza do que consta das supracitadas informações tendem a contribuir para se evitar a incidência de fraude bancárias, evidentemente se elas forem rigorosamente observadas pelas pessoas, quando, do contrário, o prejuízo pode ser inevitável e irrecuperável, posto que a própria pessoa teria fornecido os elementos essenciais para a fraude.

Apelam-se por que as pessoas não se deixem envolver e influenciar por conversas vindas de interessados bonzinhos, normalmente trazendo alerta para a proteção de seus interesses, porque a sua gentileza em atendê-los termina fornecendo os elementos necessários ao desvio de valores da sua conta bancária.

Acorda, pessoal!

Brasília, em 27 de janeiro de 2025

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