Conforme vídeo compartilhado nas redes sociais, na Dinamarca, com
população aproximada de 6 milhões de pessoas e média de 4 milhões de votos, as pessoas
beneficiárias de “ajuda social”, são impedidas de votar, segundo o argumento
que seria para se evitar clientelismo político.
É bem possível que essa notícia teria referência direta com o altíssimo
assistencialismo financeiro do governo brasileiro, em que mais de cinquenta e
quatro milhões de pessoas recebem auxílio conhecido por Bolsa Família, o
equivalente a nove vezes a população daquele país, que, pelas circunstâncias,
nem serviria de parâmetro para absolutamente nada para o Brasil.
Segundo pesquisa realizada por importante jornal brasileiro,
verificou-se que não é verdadeira tal notícia, uma vez que todo cidadão dinamarquês
maior de 18 anos, com residência permanente naquele país, pode votar nas
eleições gerais, de acordo com a Embaixada da Dinamarca, no Brasil.
O direito ao voto está garantido no artigo 29 da Constituição da
Dinamarca, não tendo pertinência a informação de que beneficiários de
assistência social são impedidos ao voto, mas essa notícia teve base, no
passado, em dispositivo legal que vigeu até 1961, obviamente quando ele foi
eliminado da legislação do país.
A propósito dessa notícia fake news, o fato em si não poderia nem
deveria ter qualquer influência quanto ao eleitorado brasileiro, uma vez que
isso teria o condão de retirar direito assegurado na Constituição brasileira,
que garante o direito ao voto a todos os brasileiros e não seria a condição de
pobreza para impedir o voto, visto que se tratava de medida visivelmente
discriminatória, tão somente pelo inaceitável motivo de miserabilidade?
Na verdade, não tem o menor cabimento se retirar direito de cidadania de
alguém, ainda mais da maior importância como o voto, somente pela incompetência
política que permite a predominância do flagelo social, sob o manto da pobreza
crônica.
É preciso que os políticos criem mecanismos capazes de inverter a triste
situação de pobreza da população e, por via de consequência, a dependência dos
programas assistencialistas do governo, que são sim verdadeiros cabides de
programa clientelista político, ou mais popularmente, verdadeiros currais
eleitorais, que somente marca a indignidade de um povo.
Quero me referir à criação de políticas públicas que elejam e priorizem programas
de incentivos financeiros para o desenvolvimento regional, com a possibilidade
de expansão da industrialização e da produção, de modo a servir para o aumento,
de forma expressiva, dos empregos, para que isso permita a drástica redução dos programas sociais, tudo
feito de maneira racional e planejado, em consonância com as políticas de
desenvolvimento econômico, próprias de país civilizado, competente e
responsável, em termos de seriedade político-administrativa.
Enfim, é preciso que o Brasil procure seguir os verdadeiros e bons
exemplos vindos de fora e criados internamente, para que a sociedade possa ser
beneficiada no seu conjunto, por meio de iniciativas que somente objetivem
agregar bem-estar ao povo, sem tirar qualquer direito de cidadania.
Brasília, em 10 de janeiro de 2025
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