sábado, 11 de janeiro de 2025

Apelo à dignidade

 

Em postagem de imagem nas redes sociais, é mostrada a figura de um extraterrestre estranho recebendo o prêmio do Globo de Ouro, em razão da escolha de melhor atriz, no desempenho de filme brasileiro, fazendo alusão à atriz brasileira se passando pela pessoa dela, no ato da entrega da estatueta.   

É com muita tristeza no coração quando se depara com imagem que procura, com muita nitidez, denegrir a dignidade de pessoa que, no caso, foi, certamente, por mérito, agraciada com o prêmio de melhor atriz, que, por certo, não tem nenhuma vinculação à ideologia ou à causa que ela defende ou segue.

À toda evidência, isso só demonstra sentimento da pior qualidade de desumanidade, porque mostra o desprezo à pessoa, na vã tentativa de inferiorizá-la.

Esse fato somente evidencia a pior forma de incivilidade e desrespeito ao ser humano, exatamente porque fica materializada forma extremamente persecutória de julgamento injusto e indevido, com a tentativa de desqualificação e penalização de alguém por motivo outro que não condiz com a situação relevante da premiação em si.

Ao que tudo indica, realmente a atriz fez jus ao importante prêmio, diante dos critérios específicos de avaliação estritamente pelo desempenho do brilhante trabalho profissional dela, repita-se, que não se pode confundir com os sentimentos ideológicos dela, por serem questões inconfundíveis.

Convém ficar claro que ser brasileiro de direita ou do que for não tem o direito de tentar menosprezar a dignidade de ninguém, porque isso só mostra a insignificância de quem luta pela defesa de alguma causa nobre, por utilizar expedientes visivelmente inadequados, de maneira agressiva, injusta e destrutiva, como se isso não tivesse apenas a verdadeira índole da maldade e do desamor às pessoas.

Tudo bem que não se satisfaça com a glória de ninguém presumivelmente indesejável ou somente demonstre gostar de quem faça parte do seu círculo daqueles de benquerença, mas isso não dá o direito de tentar ferir nem agredir a dignidade de ninguém, salvo se houver motivo alheio desconhecido do público, mas, mesmo assim, o que importa é a defesa justa das causas que se pretendem conquistar segundo os princípios de respeito, integridade e valorização do ser humano.

Sim, são esses os princípios ideais como forma da perseguição do direito à normal reciprocidade que precisa imperar no seio da sociedade, sobretudo quando se encontra em jogo a grandeza dos valores humanos, porque, em sentido contrário, o que realmente valeria se lutar por alguma causa, se ela não é de pura nobreza, no verdadeiro sentido de prezar e defender a importância do ser humano?

Ante o exposto, apelam-se por que os brasileiros se esforcem pela conquista de suas causas, ideológicas ou não, porém sobrelevando os princípios fundamentais do respeito, da dignidade e principalmente da valorização humana, à vista do sagrado direito de pensamento e das liberdades individuais e democráticas.

Brasília, em 11 de janeiro de 2025

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