Diante da importância do prêmio conquistado por importante atriz
brasileira, as pessoas se manifestaram como nunca, umas aplaudindo-a e outras
aproveitando para espinafrá-la, por ela fazer parte da ala da esquerda
brasileira e também por seu desprezo ao ser humano.
Na verdade, o prêmio de melhor atriz pelo desempenho em filme que
relembra a história relacionada com o desaparecimento de ex-deputado federal carioca,
durante o condenável regime militar, vem em momento em que os ânimos dos
brasileiros estão exaltados, expondo muita insatisfação por motivos diversos,
da história brasileira.
A verdadeira história do filme condiz com as causas da repressão militar
à guerrilha comunista que operava por meio do terror, do sequestro, do roubo a
bancos, dos assassinatos e atentados, no Brasil, onde se insere nesse nefasto contexto
um deputado federal que é agora o principal pivô do enredo da peça
cinematográfica, estrelado pela premiada atriz, que teria sido preso e
executado por conta da participação dele certamente em atos contra o regime vigente
à época.
Parece interessante, porque vem a calhar, diante das circunstâncias, a
grande importância desse prêmio para o despertar da consciência nacional, visto
que o fato de o filme ter relação com o deplorável regime de então suscita
inevitável comparação com o atual regime predominante, em que há explícito
controle das liberdades de expressão e duras repressões em forma de prisões,
bloqueios de contas bancárias e sites pessoais, além de severas ordens para buscas
e apreensões de objetos, elementos e documentos, em que pese a prevalência do
Estado Democrático de Direito, que condiz apenas com plenas liberdades
individuais, nas diversas formas asseguradas na Constituição Federal.
Pois bem, a verdade é que não se tem elementos para justificar a prisão,
a tortura e a execução do deputado, mas a contextualização dos fatos segue,
como não poderia ser diferente, a versão constante do livro escrito por um dos
filhos da vítima, em versão contada somente para enaltecer as qualidades de
heroísmo dele, que se passa como vítima da repressão militar, como se ele nada
tivesse feito em contrariedade ao regime de então!
A propósito, é sempre importante se ressaltar que não se tem
conhecimento de nenhuma repressão violenta contra cidadão que não tenha se
indisposto ao regime militar, fato este que justifica se dizer, com muita
convicção, que as pessoas que se envolveram com os militares certamente elas aprontaram
algo diferente, não que isso sirva para justificar qualquer execução, mas
apenas para se dizer que os inocentes, no caso das pessoas que não se
insurgiram contra o regime da época continuam vivas.
O certo é que, quem se indispuseram contra o regime militar não eram anjos
nem inocentes, tanto que a história reconhece como o tenebroso “período de
chumbo”, uma vez que a violência existia de ambos os lados e isso era do
conhecimento geral.
É evidente que, naquela época, prevalecia o regime de exceção, em que as
liberdades eram plenas para quem respeitasse o ditame jurídico estabelecido
pelos militares, que realmente tinha por objetivo reprimir a baderna originada
pelos comunistas, que pretendiam implantar, no Brasil, a ditadura do proletariado,
com viés comunista, tendo por inspiração a nefasta revolução cubana.
Por fim, pensando muito bem, o surgimento desse filme pode ajudar, em
muito, à urgente conscientização dos brasileiros sobre a importância do
respeito aos plenos direitos humanos e às salutares liberdades individuais e
democráticas, em que se privilegiam os princípios da dignidade e da civilidade,
como valorização do ser humano.
Brasília, em 8 de janeiro de 2025
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