domingo, 4 de dezembro de 2011

Inoperância da oposição

A atual crise política brasileira, agravada pela falta de reformas, acena para incertezas do futuro do país, mormente pela dificuldade de renovação das lideranças dos quadros partidários de oposição, que não consegue se reciclar para oferecer à sociedade nomes novos, diferentes dessa composição alheia à realidade do que acontece no Brasil, cujas ideologias estão desatualizadas, retrógradas e incapazes de contribuir para motivar a devida empolgação contra as práticas implantada por esse governo, que sabiamente disseminou programas assistencialistas e eleitoreiras às classes de menor poder aquisitivo, medida essa que, além de impactar a produção do país, simplesmente proporciona aos beneficiários verdadeira acomodação com essa esdrúxula situação de ajuda, bancada às custas dos brasileiros que produzem e são obrigados a arcar com essa indecência. O certo é que os políticos de oposição não têm conseguido acrescentar nada de novidade na sua surrada cartilha de conformismo e de aceitação da sua passividade contra a enxurrada de desacertos e de deficiências do governo, como a deslavada pilhagem dos cofres públicos, nunca antes vista na história do país; a enorme e exacerbada violência, com índices altíssimos de mortes, vítimas de homicídios ou acidentes de trânsito; o péssimo ensino público, atrasado e de fraca qualidade, com quase 10% da população brasileira constituída de analfabetos, dificultando ascensão social e melhoria de vida do povo; a carência generalizada na saúde pública, onde a insatisfação no atendimento contribui para que a população adoeça ainda mais; a precariedade do saneamento básico; a formação de coalizão interessada em fins contrários aos interesses da sociedade; a ineficiência da máquina pública, apenas voltada para o atendimento de aliados políticos; a pesada carga tributária, dificultando o progresso do país; os elevadíssimos juros, limitando o crédito; enfim, são tantas mazelas que exigem atuação ativa, efetiva e competente da oposição, que, na prática só existe no nome, à vista da sua plena omissão. Com seu pífio desempenho, a oposição presta grande contribuição à desenvoltura desastrosa do governo, que, ao contrário do que determinam a constituição e as leis do país, não é fiscalizado e cobrado pelos seus atos atrapalhados e incompetentes de gestão dos recursos públicos. Por via de consequência, os partidos de oposição são impotentes e despreparados e sua postulação à ascensão ao poder não deverá passar de sonho, ante as mínimas chances de vitória, exatamente pela incapacidade para impedir os ousados avanços petistas em todo país, com política assistencialista eleitoreira e campanhas publicitárias mostrando apenas o que interessa para o povão, que não são contestadas. A sociedade anseia por que a oposição desperte da letargia da omissão, da ineficácia, enquanto há tempo suficiente para reviravoltas e passe a atuar com efetividade de ações capazes de combater o gerenciamento precário e deficiente desse governo, que tem sido insensível aos graves problemas que travam o desenvolvimento social do país. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 04 de dezembro de 2011

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