sábado, 14 de abril de 2012

Pensamento retrógrado

O jornal americano Washington Times publicou editorial definindo o seu pensamento sobre a linha de atuação da mandatária brasileira, aproveitando a sua visita à capital dos EUA, nestes termos: "A Sra. Rousseff é um exemplo da dura esquerda antiamericana, que está se unindo aos países emergentes, para testar o poderio dos EUA. Uma das principais metas da missão dela em Washington é obter a aprovação do presidente Barak Obama, no que se refere à ambição brasileira em participar do Conselho de Segurança da ONU. O apoio americano para tal seria autodestrutivo, pois o Brasil votaria contra os interesses americanos no mundo. A Sra. Rousseff, sendo ex-guerrilheira comunista, apoia fortemente governos ditatoriais e antiamericanos, como Cuba dos irmãos Castro e a Venezuela de Hugo Chavez. Ela também apoia os esforços do governo iraniano para a aquisição de armas nucleares, ao mesmo tempo que lidera um grupo de países que pressionam os EUA no sentido do desarmamento nuclear. Se o planeta está dividido entre aqueles que estão ao nosso favor e aqueles que estão contra nós, a Sra. Rousseff está do lado errado!". Não há a menor dúvida de que esse editorial é bastante duro, porém parece refletir a realidade nua e crua dos fatos, porque mostra exatamente a forma como a presidente se comporta no contexto das relações do Brasil com o resto do mundo. Por seu turno, o editorial não causou qualquer reação do governo, tanto que não mereceu do Itamaraty nem de ninguém do Planalto, como era de se esperar em casos que tais, a devida resposta à altura dos seus termos. Na realidade, a posição da mandatária brasileira revela a sua vocação pessoal e partidária para simpatizar e se solidarizar com regimes totalitários, em sintonia com princípios contrários aos sentimentos humanitários cultuados pela absoluta maioria do povo brasileiro. Não deixa de ser estranho e incompreensível que um país com notável índole democrática do seu povo abdique do alinhamento, resguardada a sua independência e soberania, a país do primeiro mundo de reconhecida e aprimorada democracia, cujo nível de desenvolvimento científico e tecnológico seria certamente de grande benefício para a sociedade e o crescimento desta nação. Ao contrário, não deixa de ser censurável, por denegrir a imagem do país e do seu povo, a nítida preferência, de forma inexplicável, da presidente por se associar ao pensamento de ditadores retrógrados, cultores dos princípios antidemocráticos e contrários à liberdade e ao livre exercício dos demais direitos humanos, que apenas têm contribuído para a condução de seus países ao subdesenvolvimento, ao atraso, à ignorância, ao isolamento e à total falta de conhecimentos. A sociedade brasileira anseia por que os governantes sejam inteligentes e capazes de acompanhar a evolução da humanidade e das grandes nações mundiais, fazendo clara e incondicional opção pelo alinhamento aos países de regimes democráticos sólidos, de modo que isso possa contribuir para o tão almejado desenvolvimento social desta nação. Acorda, Brasil!   

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 14 de abril de 2012

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