Conforme noticiam os meios
de comunicação, com insistência e merecido destaque, a situação da seca no
Nordeste se agrave perigosamente e já atingiu os limites de tolerância da vida
animal, porque ninguém consegue sobreviver sem o precioso líquido e a sua
escassez se torna ainda mais preocupante quando passa a depender da exclusiva
boa vontade e das medidas emanadas pelo governo, para prover os meios
necessários ao abastecimento de água. Enquanto isso não acontece, a população
padece e é obrigada a pagar preços extorsivos para a obtenção d'água para beber
e demais necessidades, quando isso é
possível. Nesses momentos aflitivos, de maior apreensão motivada pela falta do
apoio de quem tem a obrigação de amparar o povo com a ajuda, tanto material
quanto financeira, é que se percebe claramente a inaceitável e incompreensível
omissão do governo e dos políticos da região, em contrariedade às expectativas
deixadas por ocasião das campanhas eleitorais, quando as promessas de bondade e
de assistência ao povo fluem com a maior naturalidade. Lamentavelmente, os
nordestinos, na sua mais pura ingenuidade, sempre acreditam na hipócrita
demagogia dos candidatos e nas suas vãs promessas e depositam maciçamente seus
votos nos nomes desses maus políticos, que, depois de se elegerem, simplesmente
somem daquela região quando a situação se complica, a exemplo do que está acontecendo
agora com a inclemente seca e a consequente falta d’água e de alimentos, para
as pessoas e demais animais. Não há desconhecer que algumas regiões nordestinas
já tiveram pronta ajuda governamental, porém existem outros locais, especialmente
no interior da Paraíba, em que a população vem gritando aos quatro cantos por
assistência, mas, infelizmente, o seu desespero não é ouvido e muito menos há atendimento
para as suas reclamações, evidenciando, com isso, tremenda injustiça, tendo em
vista de que o socorro tem sido preciso e eficiente para determinadas regiões e
bastante deficiente para outras, como se existissem vários brasis, com
diferentes peculiaridades e necessidades, em se tratando do inadiável
suprimento do líquido da vida e também de alimentos, de medicamentos e de
outros suprimentos indispensáveis à digna sobrevivência. Urge que os políticos
e governantes deixem de ser enganadores e aproveitadores, pelo menos neste
momento aflitivo de calamidade pública que assola o Nordeste; tenham a real
consciência sobre a sua responsabilidade na resolução desse problema de notória
relevância, por envolver a sobrevivência de pessoas e de animais de criação e
selvagens; e mostrem imediatamente a sua eficiência com o seu comparecimento às
regiões atingidas pela seca e desesperança diante da falta de assistência, levando
os recursos materiais e financeiros imprescindíveis ao atendimento à população
carente, que apenas implora para ter o sagrado direito de merecer a justa
assistência do Estado, que tem a obrigação constitucional de prestá-la aos
brasileiros, como forma de evitar maior sofrimento daquele bravo povo do
Nordeste. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 07 de maio de 2012
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