terça-feira, 8 de maio de 2012

Socorro urgente

Conforme noticiam os meios de comunicação, com insistência e merecido destaque, a situação da seca no Nordeste se agrave perigosamente e já atingiu os limites de tolerância da vida animal, porque ninguém consegue sobreviver sem o precioso líquido e a sua escassez se torna ainda mais preocupante quando passa a depender da exclusiva boa vontade e das medidas emanadas pelo governo, para prover os meios necessários ao abastecimento de água. Enquanto isso não acontece, a população padece e é obrigada a pagar preços extorsivos para a obtenção d'água para beber e  demais necessidades, quando isso é possível. Nesses momentos aflitivos, de maior apreensão motivada pela falta do apoio de quem tem a obrigação de amparar o povo com a ajuda, tanto material quanto financeira, é que se percebe claramente a inaceitável e incompreensível omissão do governo e dos políticos da região, em contrariedade às expectativas deixadas por ocasião das campanhas eleitorais, quando as promessas de bondade e de assistência ao povo fluem com a maior naturalidade. Lamentavelmente, os nordestinos, na sua mais pura ingenuidade, sempre acreditam na hipócrita demagogia dos candidatos e nas suas vãs promessas e depositam maciçamente seus votos nos nomes desses maus políticos, que, depois de se elegerem, simplesmente somem daquela região quando a situação se complica, a exemplo do que está acontecendo agora com a inclemente seca e a consequente falta d’água e de alimentos, para as pessoas e demais animais. Não há desconhecer que algumas regiões nordestinas já tiveram pronta ajuda governamental, porém existem outros locais, especialmente no interior da Paraíba, em que a população vem gritando aos quatro cantos por assistência, mas, infelizmente, o seu desespero não é ouvido e muito menos há atendimento para as suas reclamações, evidenciando, com isso, tremenda injustiça, tendo em vista de que o socorro tem sido preciso e eficiente para determinadas regiões e bastante deficiente para outras, como se existissem vários brasis, com diferentes peculiaridades e necessidades, em se tratando do inadiável suprimento do líquido da vida e também de alimentos, de medicamentos e de outros suprimentos indispensáveis à digna sobrevivência. Urge que os políticos e governantes deixem de ser enganadores e aproveitadores, pelo menos neste momento aflitivo de calamidade pública que assola o Nordeste; tenham a real consciência sobre a sua responsabilidade na resolução desse problema de notória relevância, por envolver a sobrevivência de pessoas e de animais de criação e selvagens; e mostrem imediatamente a sua eficiência com o seu comparecimento às regiões atingidas pela seca e desesperança diante da falta de assistência, levando os recursos materiais e financeiros imprescindíveis ao atendimento à população carente, que apenas implora para ter o sagrado direito de merecer a justa assistência do Estado, que tem a obrigação constitucional de prestá-la aos brasileiros, como forma de evitar maior sofrimento daquele bravo povo do Nordeste. Acorda, Brasil!
                                                 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 07 de maio de 2012

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