Por ter sido presa por militares em São Paulo, com
passagem por quartel da Polícia Especial do Exército, na Tijuca/Rio de Janeiro,
a presidente da República será indenizada no valor de R$ 20 mil, pelas torturas
sofridas, além de ser uma das 120 pessoas homenageadas em cerimônia prestada
pelo governo do Rio, para o anúncio das indenizações, em cuja ocasião ela
receberá pedido de desculpa do Estado, em face da tortura. Por sua decisão, o
valor em causa será doado ao grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro,
entidade é formada por ex-presos políticos e parentes de vítimas do regime. Essa
história de indenização se encaixa como uma luva para os aproveitadores
dos recursos públicos e não deixa de ser mais um vergonhoso e ignominioso ato que
não tem qualquer pertinência e muito menos de plausibilidade, por faltar o
mínimo de razão ou justificativa para esse propósito, tendo em vista que as
pessoas presas e possivelmente torturadas foram aquelas que se insurgiram
contra o regime e participaram, de forma voluntária e altruísta a seu modo, em
defesa de sua ideologia, normalmente comunista-marxista, de grupos terroristas,
com a exclusiva finalidade de contraposição à chamada ditadura, como no caso da
cidadã em referência. A propósito, segundo relatam os historiadores e a
imprensa, os revolucionários cubanos mandaram para o paredão milhares de serem humanos que se opuseram ao regime dos irmãos Castristas, ou
seja, em bom e claro português, todos os opositores à revolução cubana foram
sumária e definitivamente eliminados das belas praias caribenhas, enquanto, no Brasil,
país continental, comparativamente àquela ilhota, houve o desaparecimento de
379 brasileiros que não concordaram com o regime de exceção e se submetam às consequências desastrosas. É evidente
que essa ínfima quantidade de perdas humanas não é motivo para vanglória,
porque o ideal é que não tivesse havido nenhuma morte, mas, à vista da extensão
territorial, em idênticas circunstâncias, caso o Brasil tivesse utilizado o
mesmo mecanismo dos trogloditas cubanos, hoje os brasileiros não estariam sendo
obrigados a participar, com seus tributos, dessa absurda e indevida bolsa-ditadura
e o pior é que não se pode fazer nada para evitar tal indignidade, por
absoluta falta de justificativa, porquanto os militares certamente agiram em
defesa das instituições do Estado e da sociedade e os “coitados” dos beneficiários das indecorosas indenizações
jamais podem ser considerados anjinhos inocentes, quando eles próprios se orgulham
de terem participado de atos de terrorismo, como assassinatos, sequestros com
torturas, explosão de bombas, assaltos e tantos outros procedimentos de afronta
à tranquilidade e à dignidade dos brasileiros. Na verdade, por questão de justiça
e de sã consciência, não tem como classificar esses terroristas, que lutaram
pela implantação de regime comunista no Brasil, de injustiçados, porque eles agiram
por livre e espontânea vontade, em defesa das suas convicções ideológicas, sabendo
perfeitamente do risco que corriam, não tendo, à toda evidência, direito a
indenização de coisa alguma, por não haver justiça nisso. Em contraposição, até se justificaria, em decorrência de ato de
bravura, em defesa das causas nacionais, o pagamento, com
recursos públicos, de indenização, pensão ou outra forma estipendiária, mas por
inteiro mérito, como forma de compensar real sacrifício pelo país. Agora, não
deixa de ser vergonhoso e indecente alguém com maturidade intelectual reconhecida
se dignar à percepção de inconcebível e tão questionável estipêndio, sem causa
que o justifique. A sociedade anseia por que os cidadãos se conscientizem sobre
a real necessidade de proceder com a devida nobreza de caráter, elegância e
autoridade moral, não aceitando o recebimento de qualquer indenização com a
finalidade de compensar sacrifícios meramente pessoais, sabidamente contrários
aos interesses da pátria. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 19 de maio de 2012
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