O senador paraibano corregedor do Senado Federal e
presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito mista contratou para o seu
gabinete uma assistente parlamentar, com salário de R$ 3.450,00, sem a
necessidade de comprovar presença ao trabalho. Esse procedimento é popularmente
denominado "assessoramento fantasma" ou “funcionário fantasma”. Ao jornal Folha
de S. Paulo, o pai da servidora, que é jornalista do Correio da Paraíba, declarou que usava o nome da filha para receber
pagamento seu e de dois colegas pela publicação na imprensa de reportagens
favoráveis ao político. Ele disse que "Quem
faz o trabalho sou eu e meus outros dois colegas. O senador convidou a gente
para fazer o trabalho e sugeriu colocar uma pessoa e a gente divide o valor.
Poderia ser no meu nome, ou no de um dos outros dois. Só que eu não podia,
porque o Senado exigia não ter outro vínculo de trabalho. Minha filha é
estudante e sugeri que fosse no nome dela". Embora esse depoimento
seja mais claro do que a luz solar, evidenciando a patente irregularidade na
contratação de funcionário, com recursos públicos, o mentiroso parlamentar
negou as informações e disse que o resultado de investigação constatou que a
assistente parlamentar realmente comparecia ao trabalho. Segundo a reportagem do
jornal, o senador aproveitador também emprega no seu gabinete familiares de políticos
e de aliados amigos. O mais grave de tudo isso é que esse parlamentar tem
a fama de pessoa honrada, de conduta ilibada e reconhecida competência
política, sendo, na atualidade, considerado um dos pilares de honestidade do gigante
partido PMDB, o mais famoso fisiologista da história deste país. Com todos
esses atributos, o senador é sempre indicado para ocupar cargos importantes no
Senado Federal, sendo, no momento, corregedor do órgão e presidente da Comissão
Parlamentar de Inquérito mista, justamente por não constar que ele tivesse
envolvido com atos vergonhosos e indecentes como a contratação em causa, onde
fica muito claro o jeitinho brasileiro com a finalidade de se levar vantagem, à
custa do dinheiro dos bestas dos contribuintes, que reagem nessas situações de
absurdo aproveitamento da ingenuidade dos brasileiros. Não deixa de ser
lamentável que a reputação de uma autoridade pública seja desmascarada por
leviandade absolutamente evitável e ela sequer se ruboriza por sua atitude
improba, ao achar tudo normal; porém a marca desse ato é indelével e
imperdoável, devendo a população do seu Estado levar esse fato em conta, nas
próximas eleições. O povo paraibano tem o dever de exigir moralidade e
probidade do seu representante no Congresso Nacional, não permitindo que a sua
consciência cívica seja ultrajada por ele, com a prática de atos indignos e
indecorosos como a contratação de funcionária fantasma, com recursos públicos, com
a finalidade de satisfazer interesses pessoais. Acorda, Paraíba!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 22 de maio de 2012
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