O ex-presidente da
República, agora se fazendo de vítima e alimentando a batalha do
disse-me-disse, lançou algumas das suas famosas “pérolas” tupiniquins, ao
afirmar que "tem que tomar cuidado",
em relação "a uma minoria que não
gosta de mim" e concluiu: "Vou
falar de pé, porque senão podem dizer que eu estou doente. Pra evitar esses
pequenos dissabores [...] Você sabe que tem muita gente que gosta de mim, mas
tem algumas que não gostam. Eu tenho que tomar cuidado contra essas. São
minoria, mas estão aí, né, no pedaço". Essas colocações do petista não
poderiam ser mais coerentes com a sua personalidade, que sempre foi verdadeiro estrategista
e maior especialista na arte de virar jogo a seu favor, desde o surgimento do
escândalo do famigerado mensalão, quando jurou de mãos juntas para os bestas
dos brasileiros que nada sabia e nunca teve conhecimento dos fatos, negando, de
forma peremptória, a sua existência. Desta feita, sem ter coragem de aparecer
em público para encarar a sociedade, logo após causar estrondoso tumulto nos
bastidores do exame desse processo de corrupção, ele se coloca novamente como
vítima e coitadinho, contrariando, à luz dos fatos ocorridos, a real versão da
chantagem moral e intimista ao ministro, com a finalidade de adiar o importante
julgamento que a sociedade brasileira anseia há bastante tempo, na esperança de
que a Justiça seja finalmente operada, para mostrar ao Brasil o estrago que
esse ex-presidente falastrão e seus asseclas são capazes de fazer com o
desprotegido patrimônio nacional, em proveito corporativo da “cumpunheirada”,
tendo por exclusivo objetivo a sanha da perenidade no poder, em claro desprezo
ao interesse público. Não obstante, o petista não foi totalmente injusto ao
dizer existem algumas pessoas que não gostam dele, porque, seguramente, ele
sabe que no país também existem pessoas de caráter, honestas, dignas, inteligentes,
íntegras, capazes e acima de tudo que não compactuam com desonestidade, falta
de caráter e muito menos com aqueles que defendem práticas indecentes do tipo mensalão,
sanguessunga e outros procedimentos lesivos aos cofres públicos, destinados a
poucos aproveitadores profissionais. O povo brasileiro não suporta mais
conviver com políticos odiosos, chantagistas, prepotentes, vingativos e
despreparados para o exercício de cargos públicos, que ainda pensam que são os
mais amados e dignos de respeito. A sociedade brasileira tem que se
conscientizar, com urgência, sobre a premente necessidade de exigir que o cidadão
público tenha a obrigação de primar pela observância aos princípios basilares da
decência, honestidade, ética e moralidade, como condições imprescindíveis para representar
com dignidade o povo brasileiro. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 30 de maio de 2012
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