A aludida
mensagem aponta elenco de apenas alguns assuntos, porque muitos outros não
constaram no texto, que não aconteceriam no atual governo, segundo promessas de
campanha, mas já foram efetivados, em total quebra de compromisso da palavra do
candidato, que, queira ou não, ela sintetiza programa ou plataforma para o
governo, no caso de eleito.
Quando o
governante se elege tendo por base a sua palavra e a ignora depois de
empossado, isso se chama crime eleitoral, conhecido por verdadeiro calote, ou
simplesmente enganação aos eleitores, quando se diz, antes, que não executará determinado
assunto no seu governo, mas essa promessa é ignorada descaradamente sem o menor
respeito aos eleitores.
É evidente que essa demonstração da quebra de
compromisso nem deveria ser motivo de perplexidade, uma vez que os brasileiros
que apoiaram o governo já conheciam a sua índole, depois que foram ditos que
muitos fatos irregulares, no passado, não tinham existidos, mas as provas
documentais confirmaram as acusações, que não foram aceitas as pertinentes contestações,
por insipidez de elementos em contrário.
Diante da
falta da palavra, em claro desprezo aos princípios inerentes aos valores não
somente políticos, mas em especial de civilidade, convém se estranhar o
silêncio das pessoas que o apoiaram com o voto, que se conformam com essa
maneira absurda de quebra de compromisso, posto que elas se tornam cúmplices
com atos contrários à previsão de campanha eleitoral.
Trata-se
de precedente gravíssimo, a se permitir a qualquer candidato apresentar o seu
programa de trabalho e simplesmente, depois de eleito, fazer exatamente o
contrário, como mostra o absurdo de se dizer algo em contrário e depois o
ignorar, fato este que, no país tupiniquim, se pode mentir, prometendo não fazer
determinados assuntos, mas os executando a seu bel-prazer depois, como se não
devesse respeito à sua palavra de campanha.
Enfim, os
verdadeiros brasileiros assumem o dever cívico e patriótico de protestar, com
veemência, contra o visível desprezo, não só por parte do governo, mas também
de seus apoiadores, por quebra dos compromissos de campanha eleitoral, que se
tornam, a princípio, manifestações de honra política perante os brasileiros e o
Brasil, à vista da seriedade aos princípios democráticos e republicanos.
Brasília,
em 17 de fevereiro de 2025
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