segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Calote eleitoral

 

De acordo com texto postado na internet, alguém descreveu alguns assuntos que foram executados pelo atual governo, que estavam entre os compromissos listrados pelo candidato que garantiu não fazer na sua administração.

A aludida mensagem aponta elenco de apenas alguns assuntos, porque muitos outros não constaram no texto, que não aconteceriam no atual governo, segundo promessas de campanha, mas já foram efetivados, em total quebra de compromisso da palavra do candidato, que, queira ou não, ela sintetiza programa ou plataforma para o governo, no caso de eleito.

Quando o governante se elege tendo por base a sua palavra e a ignora depois de empossado, isso se chama crime eleitoral, conhecido por verdadeiro calote, ou simplesmente enganação aos eleitores, quando se diz, antes, que não executará determinado assunto no seu governo, mas essa promessa é ignorada descaradamente sem o menor respeito aos eleitores.

 É evidente que essa demonstração da quebra de compromisso nem deveria ser motivo de perplexidade, uma vez que os brasileiros que apoiaram o governo já conheciam a sua índole, depois que foram ditos que muitos fatos irregulares, no passado, não tinham existidos, mas as provas documentais confirmaram as acusações, que não foram aceitas as pertinentes contestações, por insipidez de elementos em contrário.

Diante da falta da palavra, em claro desprezo aos princípios inerentes aos valores não somente políticos, mas em especial de civilidade, convém se estranhar o silêncio das pessoas que o apoiaram com o voto, que se conformam com essa maneira absurda de quebra de compromisso, posto que elas se tornam cúmplices com atos contrários à previsão de campanha eleitoral.

Trata-se de precedente gravíssimo, a se permitir a qualquer candidato apresentar o seu programa de trabalho e simplesmente, depois de eleito, fazer exatamente o contrário, como mostra o absurdo de se dizer algo em contrário e depois o ignorar, fato este que, no país tupiniquim, se pode mentir, prometendo não fazer determinados assuntos, mas os executando a seu bel-prazer depois, como se não devesse respeito à sua palavra de campanha.

Enfim, os verdadeiros brasileiros assumem o dever cívico e patriótico de protestar, com veemência, contra o visível desprezo, não só por parte do governo, mas também de seus apoiadores, por quebra dos compromissos de campanha eleitoral, que se tornam, a princípio, manifestações de honra política perante os brasileiros e o Brasil, à vista da seriedade aos princípios democráticos e republicanos.

Brasília, em 17 de fevereiro de 2025

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