Conforme imagem que circula nas redes sociais, um famoso padre que dizia
estar amargurado por enfrentar situação extremamente delicada, resolveu revelar,
em definitivo, o seu tormento, ao apresentar aos seus admiradores, a sua amada,
que aparece ao lado dele.
Essa bonita história de amor de inteligente padre pode ajudar a explicar
um pouco a injustificável insensibilidade da Igreja Católica, no que se refere
à obrigatoriedade do celibato.
Trata-se, à toda evidência, de
atitude visivelmente irracional, porquanto isso não condiz com os princípios
humanitários, diante da notória forma injustificável de segregação imposta aos
homens logo pela igreja de Deus, ao exigir deles a condição de solteirice, para
o sempre da vida, em nítida desconformidade com a ordem da natureza, em que, ao
homem, foi dado o direito de se associar com a mulher e isso é princípio
abençoado por Deus, como regra geral, em que não existe exceção, por ser algo
consagrado pelo Evangelho de Jesus Cristo.
A obrigatoriedade do celibato ofende, de forma indelicada, os
ensinamentos de Deus, que disse, em Gênesis 1,28, "Crescei e
multiplicai-vos, enchei a terra".
Também é bíblico que Deus teria abençoado a Noé e seus filhos, dizendo:
"Sede fecundos, disse-lhes Ele: multiplicai-vos e enchei a terra.".
Isso mostra que Deus sempre amou o homem e queria e quer que ele se
multiplique e povoe a Terra criada por Ele.
Quando a igreja resolve estabelecer o celibato, ela nega claramente a
palavra de Deus e o que é pior, sem absolutamente nada que justifique medida
tão absurda e draconiana, porque realmente não há qualquer impedimento que o
homem casado não possa ser padre nem exercer as atividades inerentes à missão
religiosa.
Na minha concepção, o padre tem a importante missão de difundir e
disseminar os ensinamentos do Evangelho de Jesus Cristo, segundo a sua
doutrinação especial assim recebida para a habilidade nessa espinhosa missão
religiosa de cuidar da alma, da espiritualidade do homem.
Essa importante missão se confunde e tem as mesmas conotações dos demais
profissionais que cuidam especialmente do homem, a exemplo do médico e de todos
os outros que se dedicam à missão confiada por Deus para servir ao seu
semelhante.
Em lugar algum há óbice que impeça o profissional casado encontrar
alguma dificuldade para exercer com a maior proficiência o seu trabalho.
Ou seja, não importa se a pessoa é solteira ou casada para exercer
qualquer atividade, mesmo a religiosa, a exemplo do pastor, que se casa e tem
filhos, exatamente em harmonia com a lição divina de crescei e multiplicai.
Acredita-se até que o celibato tenha tido alguma necessidade da sua obrigatoriedade,
como algo que realmente justificasse a sua existência, segundo as peculiaridades
da época, mas, na atualidade, com a evolução da humanidade, em todos os
sentidos, o que realmente poderia suscitá-la, senão a insensibilidade e a falta
de boa vontade para se enxergar o arcaísmo prejudicial à modernidade da Igreja
Católica?
Enfim, a Igreja Católica precisa se atualizar, se modernizar,
acompanhando a evolução da humanidade, que já conseguiu sepultar muitos
preconceitos e discriminações, em reconhecimento das boas causas em benefício
da humanidade.
Apelam-se por que a Igreja Católica, para o seu próprio bem e também o
da humanidade, permita que os padres possam se casar e terem vida normal, igual
a das demais pessoas, porque eles também são filhos de Deus, que estabeleceu o
sagrado ensinamento de "crescei e multiplicai", direito natural este
que ainda é proibido exclusivamente pelo recriminável e absurdo dogmatismo
religioso.
Brasília, em 7 de fevereiro de 2025
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