quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Prevenção contra o AVC

 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) tem sido uma das principais causas de morte não só no mundo como também no Brasil, que convive com essa chaga com a maior naturalidade, evidentemente sem programas especiais cuidando, tratando e alertando para a gravidade dessa terrível doença.

Na atualidade, o AVC lidera as doenças cardiovasculares, a exemplo do infarto, que é outra desgraça causadora de milhares de mortes, no país, que contabiliza, em média anual, mais de 70 mil brasileiros mortos, por incidência letal dessa doença, conforme registros oficiais, constantes de atestados de óbito.

Isso porque a probabilidade de alguém ser afetado pela doença é enorme,  segundo as estatísticas, que mostram que uma em cada quatro pessoas ao redor do mundo terá um AVC ao longo da vida, conforme estimativas da Sociedade Brasileira de AVC.

Esses números ressaltam a urgência em reforçar não somente outubro como o mês oficial de conscientização e prevenção do Acidente Vascular Cerebral, mas também de todos os meses do ano, como forma de se lembrar que a prevenção ainda é a melhor maneira de salvamento de vidas.

O Dia Mundial do AVC, que é celebrado em 29 de outubro, precisa ser destacado como importante papel da prevenção e de se promoverem hábitos saudáveis, com enfoque especial para a prática de atividades físicas e esportivas como ferramentas para reduzir o risco da doença.

Esse enfoque sobre a prática de hábitos saudáveis lembra a imperiosa necessidade de se promover benefícios para a saúde de maneira geral, como forma de se contribuir não apenas para o bem-estar do cérebro, mas também de todo o organismo humano.

Pois bem, é sabido que o AVC ocorre quando há interrupção no fluxo de sangue para alguma região do cérebro, causando a morte de células cerebrais e o comprometimento de várias funções do organismo, cujo quadro é classificado como AVC isquêmico, classificado por bloqueio no fluxo sanguíneo, e o AVC hemorrágico, que acontece quando o vaso sanguíneo se rompe dentro do cérebro, os quais podem resultar em graves sequelas e exigem atenção médica imediata, visando a minimizar os danos cerebrais.

Embora possa ser notória a seriedade da doença, há a boa notícia de que muitos fatores de risco são modificáveis e passíveis de controle, por meio de medicamentos e medidas apropriadas.

Os principais fatores de riscos que podem contribuir para potencializar a incidência do AVC são o sedentarismo, a alimentação desequilibrada, o consumo excessivo de álcool, o tabagismo, a hipertensão e o diabetes.

Convém se atentar que mudanças simples podem ajudar a se evitar o risco do desenvolvimento de AVC, como boa rotina de atividades físicas, alimentação balanceada e o controle do peso, que são cuidados ao alcance das pessoas. 

De acordo com estudos científicos, a prática regular de atividades físicas constitui método bastante eficaz para a prevenção do AVC, uma vez que os exercícios ajudam a controlar a pressão arterial, a glicose e os níveis de colesterol, além de reduzir o estresse, que é outro fator de risco relevante para doenças cardiovasculares.

De maneira geral, é recomendável que se pratiquem ao menos 150 minutos de atividade física por semana, na forma de caminhada, corrida leve, ciclismo e atividades aeróbicas, sempre ajustáveis às condições físicas da idade.

As sociedades médicas e de saúde ressaltam a importância dos cuidados preventivos, no dia a dia, porque eles podem realmente contribuir para salvar vidas.

A verdade é que, com abordagem preventiva, que não exige esforço algum, é possível se contribuir para proteção da própria saúde e, o mais importante, a diminuição tanto das sequelas quanto das taxas de mortalidade relacionadas à doença.

O certo é que o AVC não escolhe idade, gênero ou classe social, uma vez que ele afeta qualquer pessoa, sem menos se esperar, principalmente quando não se tem o hábito dos cuidados necessários a se evitar a doença.

Dessa forma, são imperiosas a conscientização e a prevenção contra a doença, principalmente quanto ao conhecimento sobre os sinais de alerta, que se manifestam na fraqueza em um dos lados do corpo, na dificuldade para falar e na perda de visão, alertando para a imediata busca de ajuda médico-hospitalar.

Alerta-se que, diante dos riscos, quanto mais rápidos forem os cuidados adotados, maior será as chances de se limitar as consequências do AVC, porque os primeiros minutos e horas são críticos para se minimizar os danos cerebrais, considerando que o tratamento rápido pode salvar vidas e reduzir a gravidade das sequelas da doença.

No caso da doença relacionada com o AVC, o Dia Mundial deveria existir diariamente, como forma de se lembrar, obviamente, todo dia, a necessidade de se promover a prevenção por meio dos cuidados elencados acima, além do incentivo às pessoas se interessarem ao compartilhamento de importantes informações, em forma de conscientização, também sobre os sinais, os sintomas e os tratamentos imediatos da doença, como medidas capazes de salvamento de vidas.

Diante da gravidade do AVC, conviria que existissem sistemáticas campanhas oficiais, com alertas sobre a gravidade da doença e os cuidados passíveis de se evitar a sua incidência, de modo que a população poderia ajudar a minimizar tantas mortes causadas por mal que pode ser controlado pelas pessoas.

Enfim, o compartilhamento dessas importantes informações pode contribuir para a conscientização de maior número de pessoas sobre o AVC, que pode funcionar como ato generoso de salvação de vidas humanas.

Brasília, em 13 de fevereiro de 2025

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