terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Vaquejada

 

Em postagem na internet, é mostrada a imagem de um boi sendo arrastado, na terra, pelo rabo por famoso vaqueiro, que é aplaudido pela plateia presente ao espetáculo.

Com todo respeito às pessoas que defendem a vaquejada, por ser considerada importante instituição da cultura nordestina, que tem a finalidade de se manter bonita tradição regional, por fazer parte dos costumes seculares dos nordestinos.

Isso é pura verdade, que as pessoas simplesmente se acostumaram com as atrações protagonizadas pelos “heróis” vaqueiros, que têm habilidade para derrubar o boi e receber os aplausos pela façanha, à vista do carinho da  animada torcida, que deseja o sucesso deles, fato que é absolutamente natural, nessa forma de espetáculo, em que essa é a finalidade de se pôr na terra o animal bovino.

Muitas das vezes, o infeliz animal é lesionado, com a quebra do rabo, da perna, do chifre ou de outra maneira prejudicial à sua integridade física, em forma evidente de judiação e maus-tratos e até de sacrifício, quando a lesão é mais grave.

Isso é considerado normal e sem a menor consequência para a organização do espetáculo e os apaixonados presentes, que apenas se interessam mesmo por satisfazer os seus caprichos de prazer, que se divertem, mesmo com o sofrimentos de animais, conforme mostra a fotografia em referência, em que o boi é arrastado pelo rabo, em episódio de extrema crueldade para o animal.

À toda evidência, não faz o menor sentido que os animais sejam judiados tão somente para propiciar divertimento para as pessoas, que poderiam imaginar que a humanidade evoluiu de forma significativa, inclusive existindo multiplicidade de divertimentos modernos e atrativos, que nem precisaria sacrificar os animais.

Na verdade, no passado longínquo, a vaquejada teve sim a sua importância, obviamente quando inexistiam os divertimentos da atualidade, muitos dos quais com o emprego de técnicas avançadas, que podem muito bem justificar a dispensa da vaquejada.

À toda evidência, essa forma de espetáculo que já prestou a sua importante serventia, em razão da inexistência, à época, de outras formas de divertimento, o que é diferente da atualidade, em que o bom senso e a sensatez aconselham o respeito à integridade dos animais, porque eles são irracionais, mas sentem a dor do sofrimento, quando têm algo machucado ou quebrado no seu corpo.

Enfim, é preciso se reconhecer a importância do divertimento para as pessoas, mas também convém que também seja respeitado o direito primário à integridade física dos animais, que são bastante judiados nestes insensatos espetáculos.

Convém que, na atualidade, as vaquejadas somente se sustentam, em que pese a pomposa tentativa da alegação cultural, como atrativo mantido pelo retorno do lucro, porque ninguém patrocina essa atividade sem a devida finalidade econômica.

Ou seja, ninguém se atreve a organizar vaquejada tão somente em nome da cultura, sem visar o lucro, que é obtido com o sacrifício dos animais, cuja maldade sequer é notada, porque o que importa mesmo é a plena satisfação do prazer humano, apenas com o divertimento e o lucro.

Apelam-se por que as pessoas, mesmo sendo amantes das vaquejadas, porque elas fazem parte da sua cultura, se conscientizem sobre a importância também dos animais indefesos, quando eles são normalmente lesionados fisicamente nesses desumanos espetáculos, cujo divertimento pode ser substituído por outras formas de diversão, à vista de elas já terem proporcionado o seu papel na rica tradição nordestina.

Brasília, em 4 de fevereiro de 2025

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