Em postagem na internet, é mostrada a imagem de um boi sendo arrastado,
na terra, pelo rabo por famoso vaqueiro, que é aplaudido pela plateia presente
ao espetáculo.
Com todo respeito às pessoas que defendem a vaquejada, por ser considerada
importante instituição da cultura nordestina, que tem a finalidade de se manter
bonita tradição regional, por fazer parte dos costumes seculares dos nordestinos.
Isso é pura verdade, que as pessoas simplesmente se acostumaram com as
atrações protagonizadas pelos “heróis” vaqueiros, que têm habilidade para
derrubar o boi e receber os aplausos pela façanha, à vista do carinho da animada torcida, que deseja o sucesso deles, fato
que é absolutamente natural, nessa forma de espetáculo, em que essa é a
finalidade de se pôr na terra o animal bovino.
Muitas das vezes, o infeliz animal é lesionado, com a quebra do rabo, da
perna, do chifre ou de outra maneira prejudicial à sua integridade física, em
forma evidente de judiação e maus-tratos e até de sacrifício, quando a lesão é
mais grave.
Isso é considerado normal e sem a menor consequência para a organização
do espetáculo e os apaixonados presentes, que apenas se interessam mesmo por satisfazer
os seus caprichos de prazer, que se divertem, mesmo com o sofrimentos de
animais, conforme mostra a fotografia em referência, em que o boi é arrastado
pelo rabo, em episódio de extrema crueldade para o animal.
À toda evidência, não faz o menor sentido que os animais sejam judiados
tão somente para propiciar divertimento para as pessoas, que poderiam imaginar
que a humanidade evoluiu de forma significativa, inclusive existindo
multiplicidade de divertimentos modernos e atrativos, que nem precisaria
sacrificar os animais.
Na verdade, no passado longínquo, a vaquejada teve sim a sua importância,
obviamente quando inexistiam os divertimentos da atualidade, muitos dos quais
com o emprego de técnicas avançadas, que podem muito bem justificar a dispensa
da vaquejada.
À toda evidência, essa forma de espetáculo que já prestou a sua importante
serventia, em razão da inexistência, à época, de outras formas de divertimento,
o que é diferente da atualidade, em que o bom senso e a sensatez aconselham o
respeito à integridade dos animais, porque eles são irracionais, mas sentem a
dor do sofrimento, quando têm algo machucado ou quebrado no seu corpo.
Enfim, é preciso se reconhecer a importância do divertimento para as
pessoas, mas também convém que também seja respeitado o direito primário à
integridade física dos animais, que são bastante judiados nestes insensatos
espetáculos.
Convém que, na atualidade, as vaquejadas somente se sustentam, em que
pese a pomposa tentativa da alegação cultural, como atrativo mantido pelo
retorno do lucro, porque ninguém patrocina essa atividade sem a devida finalidade
econômica.
Ou seja, ninguém se atreve a organizar vaquejada tão somente em nome da
cultura, sem visar o lucro, que é obtido com o sacrifício dos animais, cuja
maldade sequer é notada, porque o que importa mesmo é a plena satisfação do prazer
humano, apenas com o divertimento e o lucro.
Apelam-se por que as pessoas, mesmo sendo amantes das vaquejadas, porque
elas fazem parte da sua cultura, se conscientizem sobre a importância também
dos animais indefesos, quando eles são normalmente lesionados fisicamente nesses
desumanos espetáculos, cujo divertimento pode ser substituído por outras formas
de diversão, à vista de elas já terem proporcionado o seu papel na rica
tradição nordestina.
Brasília, em 4 de fevereiro de 2025
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