Em mensagem que circula nas redes sociais, uma pessoa se esforça, sob o
argumento de que uma empresária é irmão de militar que traiu a dignidade de brasileiros,
mandando-os injustamente à prisão, para pedir o bloqueio às lojas de
propriedade dela, alegando, de forma equivocada, que “o Brasil precisa saber
da verdade”.
Sim, é preciso que “o Brasil precisa saber acerca da verdade”,
principalmente qual a real participação da jornalista irmã do desgraçado
general que foi o principal causador da prisão injustificável, cruel e desumana
de mais de mil brasileiros inocentes e indefesos.
Isso para justificar, com a devida justiça, a devida justiça exigida e
defendida pelos parlamentares que pronunciam lamentando o triste ocorrido, e,
de resto, dos brasileiros honrados, sobre a indevida e cruel penalidade de
bloqueio às lojas da irmã do carrasco militar, só porque ela é irmã dele?
E quanto aos demais familiares do general, eles também não deveriam ser
penalizados, com medidas duramente exemplares?
Convém que as pessoas entendam que deva ser julgado exclusivamente quem
praticou diretamente o crime e ainda quem com ele teve efetiva participação,
porque assim diz a lei penal brasileira.
No caso específico, conviria que a pessoa que sugere o boicote às lojas
da irmã do militar tivesse a grandeza de também indicar a razão disso, dizendo
o que ela teria feito de delituoso, para justificar a punição pretendida,
porque inexiste, felizmente, leis no país com poder para se incluir familiares
de criminoso no rol passível de penalidade, uma vez que não há a mínima conexão
com a realidade do crime acontecido.
Lamentavelmente, na ânsia de se querer fazer justiça com as próprias
mãos, as pessoas perdem o senso da sensatez e da razoabilidade e até mesmo da
justiça, como nesse caso, em que o bandido do general sequer foi punido por
crime gravíssimo por ele praticado contra a humanidade, mas alguém pretende que
seja punida, com severidade incomum, a irmã do real criminoso.
Esse fato só demonstra sentimento de irracional e indevida vingança
completamente despropositada, porque desprovida de conectividade com o caso
efetivamente acontecido.
Sim, convém que o Brasil saiba sobre a verdade da triste realidade, de
modo que se busque a efetiva punição somente dos verdadeiros culpados, evitando
tentar se penalizar pessoas inocentes, que não liame com os fatos.
Apelam-se por que as pessoas tenham o cuidado para não contribuir com a
prática de injustiça, a exemplo do que não se deva compartilhar matéria como a
de que trata o presente vídeo, para o bem tanto de si como da humanidade.
Brasília, em 14 de fevereiro de 2025
Nenhum comentário:
Postar um comentário