segunda-feira, 15 de abril de 2019

À busca de socorro


O presidente da Venezuela acaba de completar seis anos no poder, tendo aproveitado o ensejo para promover grandes atos comemorativos, inclusive com manifestações altruístas enaltecendo a data, por meia das redes sociais, mostrando a importância do seu legado.
O ditador venezuelano afirmou que “Há seis anos, as pessoas, através do voto, ratificaram sua lealdade ao nosso comandante Chávez, ao me eleger como o primeiro presidente chavista a carregar as bandeiras da Revolução Bolivariana. Foram seis anos de união, luta, batalha e vitória. A pátria continua …”. 
No ano passado, o líder chavista conseguiu assegurar a sua permanência no poder, até 2024, depois de vencer as eleições por meio processo fraudulento, assim considerado pela oposição.
Exatamente agora, o ditador bolivariano enfrenta histórica crise de legitimidade, depois que o líder opositor e chefe do Parlamento daquele país invocou a Constituição para denunciar a “usurpação” da Presidência e se proclamou presidente interino, cuja atitude mereceu o respaldo diplomático de mais de 50 países, entre eles o Brasil e os Estados Unidos da América, além da União Europeia.
Os fatos evidenciam que, durante a gestão do ditador chavista, a Venezuela somente vem administrando as mais graves crises econômicas da sua história, o que inclui escassez de alimentos e remédios, deterioração dos serviços públicos, fechamento de milhares de empresas e a contração da economia em mais de 50%, em evidente demonstração de degradação generalizada da nação.
Nos últimos seis anos, houve o colapso da inflação, que simplesmente passou de 56% para o patamar, pasmem, de 1.700.000%, enquanto no Brasil o índice inflacionário gira em torno de 4,5%, e o salário mínimo que a maioria dos trabalhadores venezuelanos recebe caiu de US$ 200 para US$ 6, o que mantém milhões de pessoas no estado crítico da miséria, padecendo por causa dos maus-tratos do governo socialista, que não consegue alternativa para tirar o país do abismo para onde ele, de forma impiedosa, conduziu seu povo.
A Organização das Nações Unidas estima, por baixo, que um de cada quatro venezuelanos precisa de assistência humanitária e que 3,7 milhões de pessoas já fugiram do país, nos últimos anos, justamente na tentativa de procurar socorro, em termos de sobrevivência, no Brasil e na Colômbia, que foram os principais países que receberam venezuelanos.
O governo colombiano apresentou “Plano de impacto”, com custo estimado no valor de US$ 229 milhões, com a finalidade de apoiar os departamentos de fronteira com a Venezuela.
As referidas medidas emergenciais foram anunciadas pelo presidente colombiano, em reunião realizada com os governadores de alguns Estados, que foram detalhadas em pacote e divididas em três grandes áreas, a saber: fomento ao investimento, competitividade e novos empregos; atendimento humanitário e de saúde, e fortalecimento institucional.
Durante a gestão do ditador brutamontes, a Venezuela vem num crescente de crise sobre crise, notadamente no que se refere à economia, que já é considerada a pior da sua história, o que inclui severa escassez de alimentos e remédios, deterioração dos serviços públicos, fechamento de milhares de empresas e a estrondosa contração da economia, em mais de 50%, ou seja, verdadeiro desastre sem precedentes naquele país (Com informações de Carlos Garcia Rawlins/Reuters).
Causa perplexidade o ditador venezuelano ressaltar, na mais ingênua e hipócrita cara-de-pau, sem o mínimo pudor, que o resultado de seis anos de seu governo teria produzido fatos importantes, merecedores de reais comemorações, em termos de benefício para a sociedade.
Como ênfase, ele elenca os fatores de “união”: quando é mais do que notório, conforme mostram os fatos, que não existe país mais desunido na face da Terra, onde a população se encontra desunida e ainda busca saída para se afastar do sofrimento propiciado pelo desgraçado regime socialista; de “luta”: que não passa de ferrenho debater contra o sacrifício, em que o povo luta bravamente para sobreviver, em meio ao caos disseminado entre a população, que se abate no ao meio do ardente calor do inferno causado pela falta de alimentos, remédios, água, energia elétrica, entre tantos gêneros indispensáveis à vida; da “batalha”: que se encerra nos maus-tratos contra a população, justamente diante da escassez generalizada de tudo, em que as reivindicações dos movimentos sociais são repelidas à base da violência e da truculência, normalmente resultantes em maus-tratos, mutilações e mortes; da “vitória”: que tem sido contabilizada no sentido contrário, porque o povo tem sido cada vez mais sacrificado, sendo obrigado a aturar enormes sofrimentos, em razão da intolerância de toda ordem, pelo martírio intensamente alimentado por governo tirânico, insensível, irracional, cruel e desumano, de tal modo assim já reconhecido por instituições internacionais de direitos humanos.
Em suma, os elementos essenciais alegados pelo ditador, acerca de união, luta, batalha e vitória não passam de brutal desrespeito aos princípios da dignidade, do decoro, da honestidade e principalmente da verdade, porque tudo isso que foi alegado por ele corresponde exatamente ao contrário da sua materialidade, conquanto o que se constata naquele país é a completa desorganização moral, política, econômica, administrativa, entre outros conceitos de completa desagregação dos sentimentos ínsitos de cidadania e humanismo.
A humanidade não pode admitir que ditador completamente insano e insensível às agruras e ao brutal sofrimento causados aos seres humanos possa continuar existindo, governando nação ao meio da degradação generalizada, como se tudo estivesse na maior normalidade, quando o principal autor das barbaridades ainda considera seus atos horrorosos e desumanos como algo em nível de união, luta, batalha e vitória, dando a entender que atitudes desastradas e terrivelmente contrárias ao povo têm o sentido de tudo aquilo que ele alega, em evidente demonstração de sentimento de monstruosidade contra o seu semelhante.
Urge que os povos do mundo se conscientizem sobre a necessidade de repudiar, com a maior veemência possível, os horrores que estão acontecendo na Venezuela, exigindo que os governantes e os organismos internacionais de defesa dos direitos humanos se unam em busca de medidas eficientes, eficazes e efetivas, com vistas à imediata salvação dos venezuelanos, que estão padecendo no inferno do tratamento proporcionado pela tirania do governo socialista daquele país.  
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 15 de abril de 2019

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