segunda-feira, 1 de abril de 2019

Tristeza humanitária


Diante da situação caótica e insuportável na Venezuela, o som estridente de panelas irrompeu em várias regiões de Caracas, em protesto contra os consecutivos apagões, desde 7 de março, além da falta de água, que se juntam à precariedade da escassez de alimentos e remédios, entre outras desgraças, em termos de sobrevivência.
Um cidadão venezuelano, que participou do protesto, disse que "Novamente um apagão nacional está afetando nossa qualidade de vida. Não temos água, não temos luz, não temos internet, não temos telefones, estamos sem comunicação. Chegamos à pior situação que podíamos imaginar".
O autoproclamado presidente interino da Venezuela pediu aos opositores do ditador que saíssem às ruas todas as vezes que houvesse falhas no abastecimento de energia elétrica e de água, que tem sido frequente, nos últimos dias, complicando ainda mais a vida da população.
Um habitante de Los Puertos de Altagracia, próximo à capital Maracaibo, disse que os racionamentos de energia elétrica e água já duram uma década, tendo afirmado que, agora, "Estamos há seis noites sem luz, estamos na era das cavernas".
Uma manifestante alertou para a gravidade do colapso humanitário na Venezuela, afirmando "Que a comunidade internacional se dedique a nós, porque estamos morrendo, as pessoas estão morrendo nos hospitais".
Outro venezuelano disse que "Estão abandonando as crianças nas ruas porque não há alimentos, por favor, nos ajudem".
          Segundo dados das Nações Unidas, “quase um quarto dos venezuelanos precisa de ajuda humanitária”.
Na notória impossibilidade de atendimento às justas reivindicações da aflita e desesperada população, grupos formados por civis armados pelo governo, conhecidos como “coletivos”, estão  reprimindo os protestos, na base da violência, devidamente autorizada pelo próprio desumano ditador, na tentativa de conter os manifestantes, fato que contribui para aumentar a conturbação da ordem pública .
Um cidadão de Cotiza, região de Caracas, disse que "Há forte repressão de coletivos encapuzados com armas disparando contra a população".
Sem admitir a desastrada e trágica gestão, o regime ditatorial apenas insiste na desacreditada e insustentável versão de que “o blecaute ocorre em decorrência de uma sabotagem. Obstrução criminosa.”.
O governo ditatorial ressaltou que "(O regime) denuncia a infame e brutal perpetração de dois ataques programados e sincronizados contra o sistema elétrico nacional para obstruir de forma criminosa e homicida os imensos esforços do governo (...) para estabilizar o serviço de energia elétrica".
Ainda sem alternativa para o saneamento das crises de energia e de água, o regime bolivariano decidiu decretar a redução da jornada de trabalho e a suspensão das aulas, em razão das dificuldades para a solução dos apagões, sob a alegação da necessidade de se conseguir consistência na prestação do serviço elétrico.”.
O que se percebe, na realidade, é que os tristes acontecimentos na gestão pública da Venezuela já ultrapassaram os limites da razoabilidade e da civilidade, em que o governo completamente incompetente, irresponsável e desumano submete a população de um país à deplorável situação de extremas dificuldades relacionadas com a escassez ou a falta de alimentos, remédios, água, energia elétrica, comunicações e tudo o mais imprescindível à sobrevivência humana, conforme a realidade nua e crua mostrada pela reportagem em apreço.
É simplesmente de cortar coração que tamanha perversidade contra a população, extremamente impotente e fragilizada diante desse massacre humanitário, não seja capaz de causar o mínimo remorso aos militares igualmente desumanos e insensíveis daquele país, por ainda, inexplicável e injustificadamente, hipotecarem explícita solidariedade a governo monstruoso, cruel e desumano, que patrocina imensuráveis truculência e maldade contra o povo, permitindo que a crise se aprofunde cada vez mais com a continuidade de governo tirânico, maldoso e bárbaro, insensivelmente horroroso diante de calamidade humanitária.
O entendimento que se tem, diante dessa situação calamitosa impingida aos venezuelanos, que sofrem na pele os horrores desse estado de calamidade pública e humanitária, visivelmente horroroso, é que os militares e, de resto, a classe dominante não estão sendo afetados pela falta de luz, água, remédio, alimento e demais produtos essenciais à sobrevivência humana, visto que é a única maneira de se tornar cúmplice com as barbaridade e crueldade que vêm debilitando e destruindo a capacidade de resistência e sobrevida dos venezuelanos, em verdadeira atrocidade absolutamente incapaz de atingir o coração do semelhante, fato que ajuda a se entender que os princípios humanitários são absolutamente insignificantes diante da sanha vil das conveniências pessoais.
Causa perplexidade também o comportamento insano, insensível e desumano dos defensores da esquerda de todo mundo, evidentemente inclusive do Brasil, que, mesmo diante dessa vergonhosa, desumana e brutal destruição social, ainda se entusiasmam, em visível e exponencial sentimento ideológico, em prestar solidariedade a brutamontes que tem a única capacidade de transformar uma nação em verdadeiras catástrofes social, econômica, política, moral, administrativa, democrática, entre outras tragédias sem precedentes na história mundial recente.
A par de que os valores fundamentais do ser humano, há muito tempo, perderam sentido na Venezuela, conquanto os direitos humanos e os princípios democráticos são inexistentes ali, por apenas ainda prevalecer a defesa da desumana, insensata e monstruosa ideologia socialista, encravada na famigerada Revolução Bolivariana, que somente conseguiu a destruição de uma nação, que se encontra em completa ruína, em todos os sentidos.
É imperioso que se delimite, por questão de razoabilidade, o verdadeiro sentimento da ideologia, de direita, esquerda ou o que possa ser mais palatável para o indivíduo, que tem por essência natural a defesa de ideias e princípios como forma de pensamento normal do ser humano e que seja favorável à construção edificante de sociedade pluralista, em que, com base nos seus fundamentos, resulte benefício para a humanidade, daquele que simplesmente confunde, atropela e sepulta essa saudável percepção de qualidades intrínsecas do ser humano, em especial, de compreensão e sensibilidade sobre o sofrimento de seu semelhante, que perde valor diante da equivocada interpretação sentimental da ideologia, reduzida ao seu bel-prazer.
O que acontece atualmente na Venezuela é exemplo vivo e clássico do que se afirma anteriormente, em que se verifica que um monstro lidera uma nação destroçada, mas mesmo assim ainda têm admiradores, defensores, enfim, fãs, que querem que ele continue no governo martirizando o povo, em razão de se tratar, tristemente, de representante político da esquerda, que precisa se manter no governo, em que pese a irreparável tragédia atribuída à sua horrorosa e maléfica gestão.  
Urge que a humanidade mundial, perplexa com o estado de extrema precariedade e destruição dos venezuelanos, em razão do tratamento desumano, cruel, insensato e irresponsável por parte do governo ditatorial, se solidarize em veementes protestos de repúdio, denunciando os maus-tratos dispensados ao povo da Venezuela, a par de exigir que os organismos que cuidam dos direitos e da dignidade humanos resolvam agir, enfim, com o máximo de urgência, no sentido de que a população daquele país tenha tratamento condizente com os princípios humanitários, notadamente no que diz respeito às assistências satisfatórias às suas necessidades essenciais e fundamentais de sobrevivência.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 1º de abril de 2019

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