Diante da situação caótica e insuportável na
Venezuela, o som estridente de panelas irrompeu em várias regiões de Caracas,
em protesto contra os consecutivos apagões, desde 7 de março, além da falta de
água, que se juntam à precariedade da escassez de alimentos e remédios, entre outras
desgraças, em termos de sobrevivência.
Um cidadão venezuelano, que participou do protesto,
disse que "Novamente um apagão
nacional está afetando nossa qualidade de vida. Não temos água, não temos luz, não temos internet, não temos telefones,
estamos sem comunicação. Chegamos à pior situação que podíamos imaginar".
O
autoproclamado presidente interino da Venezuela pediu aos opositores do ditador
que saíssem às ruas todas as vezes que houvesse falhas no abastecimento de energia
elétrica e de água, que tem sido frequente, nos últimos dias, complicando ainda
mais a vida da população.
Um
habitante de Los Puertos de Altagracia, próximo à capital Maracaibo, disse que os
racionamentos de energia elétrica e água já duram uma década, tendo afirmado
que, agora, "Estamos há seis noites
sem luz, estamos na era das cavernas".
Uma
manifestante alertou para a gravidade do colapso humanitário na Venezuela, afirmando
"Que a comunidade internacional se
dedique a nós, porque estamos morrendo, as pessoas estão morrendo nos hospitais".
Outro
venezuelano disse que "Estão
abandonando as crianças nas ruas porque não há alimentos, por favor, nos ajudem".
Segundo
dados das Nações Unidas, “quase um quarto
dos venezuelanos precisa de ajuda humanitária”.
Na
notória impossibilidade de atendimento às justas reivindicações da aflita e
desesperada população, grupos formados por civis armados pelo governo, conhecidos
como “coletivos”, estão reprimindo os
protestos, na base da violência, devidamente autorizada pelo próprio desumano ditador,
na tentativa de conter os manifestantes, fato que contribui para aumentar a conturbação
da ordem pública .
Um
cidadão de Cotiza, região de Caracas, disse que "Há forte repressão de coletivos encapuzados com armas disparando contra
a população".
Sem admitir a desastrada e trágica gestão, o regime
ditatorial apenas insiste na desacreditada e insustentável versão de que “o blecaute ocorre em decorrência de uma
sabotagem. Obstrução criminosa.”.
O governo ditatorial ressaltou que "(O regime)
denuncia a infame e brutal perpetração de
dois ataques programados e sincronizados contra o sistema elétrico nacional
para obstruir de forma criminosa e homicida os imensos esforços do governo
(...) para estabilizar o serviço de
energia elétrica".
Ainda sem alternativa para o saneamento das crises
de energia e de água, o regime bolivariano decidiu decretar a redução da
jornada de trabalho e a suspensão das aulas, em razão das dificuldades para a
solução dos apagões, sob a alegação da necessidade de se conseguir consistência na prestação do serviço elétrico.”.
O
que se percebe, na realidade, é que os tristes acontecimentos na gestão pública
da Venezuela já ultrapassaram os limites da razoabilidade e da civilidade, em
que o governo completamente incompetente, irresponsável e desumano submete a
população de um país à deplorável situação de extremas dificuldades relacionadas
com a escassez ou a falta de alimentos, remédios, água, energia elétrica,
comunicações e tudo o mais imprescindível à sobrevivência humana, conforme a realidade
nua e crua mostrada pela reportagem em apreço.
É
simplesmente de cortar coração que tamanha perversidade contra a população,
extremamente impotente e fragilizada diante desse massacre humanitário, não
seja capaz de causar o mínimo remorso aos militares igualmente desumanos e
insensíveis daquele país, por ainda, inexplicável e injustificadamente, hipotecarem
explícita solidariedade a governo monstruoso, cruel e desumano, que patrocina imensuráveis
truculência e maldade contra o povo, permitindo que a crise se aprofunde cada
vez mais com a continuidade de governo tirânico, maldoso e bárbaro,
insensivelmente horroroso diante de calamidade humanitária.
O
entendimento que se tem, diante dessa situação calamitosa impingida aos venezuelanos,
que sofrem na pele os horrores desse estado de calamidade pública e humanitária,
visivelmente horroroso, é que os militares e, de resto, a classe dominante não
estão sendo afetados pela falta de luz, água, remédio, alimento e demais
produtos essenciais à sobrevivência humana, visto que é a única maneira de se
tornar cúmplice com as barbaridade e crueldade que vêm debilitando e destruindo
a capacidade de resistência e sobrevida dos venezuelanos, em verdadeira
atrocidade absolutamente incapaz de atingir o coração do semelhante, fato que
ajuda a se entender que os princípios humanitários são absolutamente
insignificantes diante da sanha vil das conveniências pessoais.
Causa
perplexidade também o comportamento insano, insensível e desumano dos
defensores da esquerda de todo mundo, evidentemente inclusive do Brasil, que,
mesmo diante dessa vergonhosa, desumana e brutal destruição social, ainda se
entusiasmam, em visível e exponencial sentimento ideológico, em prestar
solidariedade a brutamontes que tem a única capacidade de transformar uma nação
em verdadeiras catástrofes social, econômica, política, moral, administrativa,
democrática, entre outras tragédias sem precedentes na história mundial recente.
A
par de que os valores fundamentais do ser humano, há muito tempo, perderam
sentido na Venezuela, conquanto os direitos humanos e os princípios
democráticos são inexistentes ali, por apenas ainda prevalecer a defesa da desumana,
insensata e monstruosa ideologia socialista, encravada na famigerada Revolução
Bolivariana, que somente conseguiu a destruição de uma nação, que se encontra em
completa ruína, em todos os sentidos.
É
imperioso que se delimite, por questão de razoabilidade, o verdadeiro
sentimento da ideologia, de direita, esquerda ou o que possa ser mais palatável
para o indivíduo, que tem por essência natural a defesa de ideias e princípios
como forma de pensamento normal do ser humano e que seja favorável à construção
edificante de sociedade pluralista, em que, com base nos seus fundamentos,
resulte benefício para a humanidade, daquele que simplesmente confunde,
atropela e sepulta essa saudável percepção de qualidades intrínsecas do ser
humano, em especial, de compreensão e sensibilidade sobre o sofrimento de seu semelhante,
que perde valor diante da equivocada interpretação sentimental da ideologia,
reduzida ao seu bel-prazer.
O
que acontece atualmente na Venezuela é exemplo vivo e clássico do que se afirma
anteriormente, em que se verifica que um monstro lidera uma nação destroçada,
mas mesmo assim ainda têm admiradores, defensores, enfim, fãs, que querem que
ele continue no governo martirizando o povo, em razão de se tratar,
tristemente, de representante político da esquerda, que precisa se manter no
governo, em que pese a irreparável tragédia atribuída à sua horrorosa e maléfica
gestão.
Urge
que a humanidade mundial, perplexa com o estado de extrema precariedade e
destruição dos venezuelanos, em razão do tratamento desumano, cruel, insensato e
irresponsável por parte do governo ditatorial, se solidarize em veementes
protestos de repúdio, denunciando os maus-tratos dispensados ao povo da
Venezuela, a par de exigir que os organismos que cuidam dos direitos e da
dignidade humanos resolvam agir, enfim, com o máximo de urgência, no sentido de
que a população daquele país tenha tratamento condizente com os princípios
humanitários, notadamente no que diz respeito às assistências satisfatórias às
suas necessidades essenciais e fundamentais de sobrevivência.
Brasil:
apenas o ame!
Brasília, em 1º de abril de 2019
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