Circula mensagem, nas
redes sociais, afirmando que o ex-presidente da República petista teria criado,
no seu governo, os programas ProUne, SAMU, Bolsa Família, cotas sociais, Enem,
FIES, PAC, Fome Zero, Minha casa, minha vida, Luz para todos, PETI, Brasil
Alfabetizado, UPA e Primeiro Emprego.
Logo abaixo do
aludido texto, vem a seguinte frase: “A regra é clara. Pessoa inteligente
vota em Lula. Falar mal deste homem é fácil, difícil é fazer melhor do que ele.”.
Um
atento e cuidadoso internauta, alegando que fez pesquisa sobre os temas acima,
descobriu a seguinte verdade: a) o Fies foi aproveitado do programa de
financiamento estudantil por nome de crédito educativo, criado no regime
militar e remodelado pelo presidente tucano e novamente remodelado pelo
petista; b) o Bolsa Família apenas foi mudado de nome pelo governo petista,
porque lei de julho de 2001 unificou os programas da época, como Bolsa
Educação, Bolsa Alimentação, Vale Gás, mas o petista passou a ideia de que ele
o havia criado, sem citar que esses programas assistenciais eram criticados por
ele, antes do seu governo, como sendo programas eleitoreiros, como forma de
assistencialismo com viés para se angariar votos das classes menos favorecidas; c)
o Luz para todos também não foi criado pelo petista, que somente mudou o nome
do programa criado pelo governo tucano, chamado de Luz no Campo; d) o governo
petista não criou 16 universidades, mas sim apenas 4 e trocou o nome de outras
2, a exemplo da Escola de Farmácia de Odontologia de Alfenas, que passou a ser
chamada Universidade Federal de Alfenas; e) de acordo com o IPEA, o governo
petista não teria tirado 36 milhões de pessoas da miséria, porque o número de
pessoas que viviam na pobreza extrema vinha caindo bem antes do governo dele,
quando o número correto de pessoas na miséria era 14 milhões, em 2002, que
caiu, em 2012, para 6 milhões.
Quem quiser duvidar
ou contestar a verdade ou questionar os fatos pertinentes a ela, basta
pesquisar para conhecê-la, porque é preciso que parem com enganações e
manipulações sobre a verdade dos fatos, que se assentam em tentativa de iludir
as pessoas ingênuas e desinformadas, que não merecem viver nesse cruel mundo de
mentiras sobre mentiras, como se isso contribuísse para aumentar a
credibilidade de político que se autodestruiu com a institucionalização de
esquemas criminosos de corrupção e terminou sendo tragado pelas gigantescas
ondas das propinas vindas de várias empreiteiras, conforme a confirmação do
resultado ultrajante das investigações levadas a efeito pela Operação
Lava-Jato, à vista de duas condenações à prisão, demandadas pela Justiça, exatamente
ante às insatisfatórias defesas por ele apresentadas.
O que leva essas
pessoas, nitidamente fanatizadas, enaltecerem algumas qualidades do governo
petista, que realmente beneficiaram brasileiros, mas apenas deveriam ser feitas
no âmbito do governo que foi eleito exatamente para realizar algo de bom e
útil, em termos sociais, mas se acovardam em acobertar a sujeira desse mesmo
governo, que instituiu poderosos esquemas de corrupção para desviar dinheiros
públicos para projetos políticos e outras finalidades ilícitas?
O que se passa na
cabeça dessas pessoas que preferem se autoiludirem e o pior é que muitas delas
são criaturas normais, instruídas e absolutamente cônscias, que demonstram
saber perfeitamente o que seja correto, em benefício do próprio ego, mas fecha
os olhos para aquilo que é errado, igualmente para satisfazer talvez sentimento
ideológico, que parece ser muito mais valioso para os seus princípios
humanitários, quando tudo isso não passa de depravação da própria consciência
como gente, porque não custava entender que desmoralização de conduta não
combina com princípios éticos, que são próprios do ser
humano?
Enfim, resta aplaudir
a oportuna e lúcida explanação feita por esse atento internauta, que presta
importante contribuição à inconteste verdade sobre os fatos da vida, ao mostrar
vários equívocos de quem somente quer enxergar o que seria o lado bom da vida,
mostrando algo que nem teria sido da lavra do governo petista, mas, por outro
lado, é deixado de ser citado, de propósito, a parte podre, trágica
e perversa da história negra e nefasta do Brasil, representada pelos
abomináveis escândalos do mensalão e do petrolão, ocorridos justamente no
governo considerado extraordinário por essa gente.
Há brasileiros que
somente vêm aquilo que lhes interessa, enquanto os fato maléficos não passam de
tentativa de se prejudicar pessoa que só teria feito algo de bom na sua
estreita visão de considerar algumas realizações que não passam de mera
obrigação governamental, não sopesando, em contrapartida, os seus defeitos,
porque isso não interessa a nenhum projeto político, em razão de atrapalhar, em
muito, os objetivos inerentes à reconquista do poder.
Não
se pode negar que o ex-presidente petista teria feito governo dedicado, como
prioridade, para a área social, porque esse fato é inegável, embora nada de
excepcional da normalidade administrativa inerente ao governo em si.
Agora, também é fato
indiscutível que o objetivo primordial do petista foi justamente dominar as
classes política e social, com seus programas assistencialistas e compra da
consciência de parlamentares, com prioridade nas áreas social e política e isso
é mais do que evidente, só não ver quem é cego pelos efeitos nefastos da pura
ideologia, que não permite enxergar nada diferente disso, tanto que o seu único
plano de governo era a manutenção no poder e ninguém com essa cegueira
ideológica consegue ver dessa maneira.
Falam-se muito nos
feitos sociais do petista, também esquecendo que somente as questões sociais
foram realizadas com prioridade no seu governo, ficando relegados, de forma
estratégica, outros importantes programas, em especial os que se referem às
reformas das estruturas do Estado, que funcionavam em completo estado de
obsolescência, a ponto de se permitir a existência, em pleno século XXI, do
precário, arcaico e prejudicial fisiologismo, que tinha por fundamento a
partilha ou o loteamento da administração pública entre os partidos aliados na
famigerada coalizão de governabilidade.
Na prática, essa
distribuição de órgãos e entidades era o mesmo que entregá-los, de porteira
fecha, aos verdadeiros donos dos respectivos ministérios e empresas estatais,
onde prevalecia o seu aparelhamento com seus grupos políticos, de modo a que se
praticavam apenas políticas do interesse das agremiações, em dissonância com as
reais causas nacionais e dos brasileiros, permitindo que houvesse a pior
prestação dos serviços públicos à população da competência constitucional do
Estado, mas, repita-se, a cegueira ideológica não permitia se enxergar
absolutamente nada disso.
Importa lembrar, para
quem tanto exalta os feitos do petista, em especial na área social, que nenhum
governo, por mais medíocre que seja, precisa fazer alguma obra ou serviço em
benefício da sociedade, o que vale dizer que o pouco ou o muito que for feito
por ele estava perfeitamente dentro da sua obrigação de governar o país, com
competência, eficiência e responsabilidade, tendo o dever de gerar resultados
sociais e outros em prol da população, à vista da existência de recursos
públicos disponíveis em orçamentos que precisam ter destinação e, no caso do
petista, ele achou por bem estabelecer prioridades nas áreas sociais,
exatamente em consonância com seus objetivos de conquistar a simpatia do
eleitorado e, de certa forma, conseguiu o seu intento, precisamente fazendo uso
de recursos públicos, sem que as pessoas menos informadas e capazes de perceber
o pulo do gato, no que diz respeito aos seus reais objetivos políticos.
Fato é que, em
determinada região do Brasil, esse fenômeno prevaleceu com muito mais
potencialidade, por ter sido gasto muito mais recursos no programa Bolsa
Família, cuja população entendeu exatamente na forma preconizada pelo esperto
político, que soube explorar a fraqueza da população carente de assistência do
Estado e não de governo, mas isso foi transformado em viés eleitoreiro,
conforme mostram os resultados das eleições presidenciais, em que determinado
partido tem a preferência do eleitorado, a despeito de que o atual governo, que
é declaradamente de direita, mantém em plena atividade o referido programa e
ainda concedeu o 13º salário sobre ele, algo que os governos petistas nem cogitaram,
por tanto tempo de gestão, mas a atual administração, com menos de um ano na
chefia do país, cuidou de melhorar esse benefício, o que vale dizer que
qualquer governo, por mais incompetente que seja, jamais pode deixar de pagar o
Bolsa Família, por se tratar de assistência às famílias carentes de assistência
financeira do Estado.
Essa
é verdade incontestável, o que se lamenta, diante da potencialização do Bolsa
Família, por determinado partido, que há região do Brasil onde não se acredita
que o “todo-poderoso” teria se envolvido com os escândalos referentes aos
famigerados mensalão e petrolão, onde ficaram comprovadas, por meio de
investigações e julgamentos pela Justiça, as maiores roubalheiras a cofres
públicos da história da Republica brasileira, tendo como epicentro exatamente o
governo do petista, que não teve a dignidade para assumir as ladroagens e ainda
tenta induzir a população fanatizada a acreditar que tudo não passa de obras
criadas precisamente para destruir a reputação e a imagem do homem público mais
“honesto” e “inocente” da face da Terra.
Na prática, as
paixões, talvez por motivo ideológico, conseguem levar as pessoas a acreditar
que político da estirpe do petista jamais teria condições de se envolver com
falcatruas referentes a desvio de dinheiros públicos, entre outras ilicitudes,
como o financiamento de campanhas eleitorais milionárias que foram mantidas com
dinheiro sujo e, por isso mesmo, irregulares diante do uso indevido de recursos
arrecadados por meios estranhos à legalidade, ou seja, com a intercessão do
caixa 2, que é ilegal e imoral.
É evidente que nada
disso tem sido levando em consideração pelos apaixonados e fanáticos da
ideologia da esquerda, diante da costumeira cegueira, que dificulta vislumbrar
a verdade sobre os fatos, preferindo elogiar as ações que são muito condizentes
com os atos considerados extraordinários, quando, em resumo, eles não passaram
de mera obrigação de governante, que seriam feitos por qualquer um, mesmo que
não se mostrasse com tanta ambição e sede ao poder.
Ou seja, o que o
governo petista não pode é ser considerado, em absoluto, nada acima da
normalidade, principalmente porque a sua façanha com prioridade ao social, que
é importante, só contribuiu para dificultar a realização das grandes obras de
impacto, que deixaram de ser construídas, salvo a iniciativa da transposição
das águas do Rio São Francisco para o Nordeste, que continuam em execução,
depois de mais de dez anos do seu início, com garantia de conclusão em dois
anos, além de já terem sido gastos mais de dez bilhões, quando a previsão
inicial era de dois bilhões, para obra de valia apenas parcial e de saneamento
paliativa, por não resolver, por completo, a desgraça da seca do Nordeste.
No mais, como já foi
dito, a administração pública, no governo petista foi exemplo de precariedade,
porque sempre resistiu às reformas estruturais necessárias, do próprio Estado,
além da previdenciária, administrativa, trabalhista, tributária, política,
eleitoral, judiciária, entre outras que eram essenciais ao desenvolvimento
socioeconômico do Brasil, mas jamais sequer esboçadas como viáveis naquela
gestão.
Diante desses fatos
da vida, da veneração enlouquecida e injustificável a homem público que nada
fez, em substancial, no seu governo, senão em cumprir o seu dever como legítimo
gestor público, que também não fez nenhuma obra pública de impacto, para marcar
o seu governo, nem teve coragem para promover reformas estruturais do Estado, a
despeito da sua decadência de funcionabilidade, e o que ele fez, nada de
anormal, para ficar sendo lembrado e exaltado, para o resto da vida, sob a
alegação de que “(...) difícil é fazer melhor do que ele”, como
se realmente houvesse algo a justificar isso, é muito fácil de se acreditar o
tanto que faz falta, no Brasil, homem público com real capacidade
administrativa, em termos de competência, eficiência e responsabilidade.
Da mesma forma, com
base também nesses mesmos componentes, é fácil de se intuir que muitas pessoas
têm enorme dificuldade para se perceber que o homem público, diante das
exigências sobre a observância dos saudáveis princípios da moralidade,
dignidade, honestidade, entre outros, não pode se envolver com suspeitas de
atos irregulares, sob pena de ser banido das atividades públicas, enquanto
houver a sua implicação perante a Justiça, não sendo razoável que ele seja ou
pretenda ser representante do povo, porque o exercício dessa atividade pende da
imaculabilidade, que é própria dos verdadeiros homens públicos.
Nesse caso, pouco
importa qual tenha sido o nível ou a excepcionalidade da sua gestão, porque é
certo que ninguém pode exercer atividade política estando respondendo a
processos na Justiça, como réu, nem já ter sido condenado à prisão, pela
prática de atos desabonadores da moralidade, porque isso significa desvio de
conduta caracterizado como incurso na Lei da Ficha Limpa, que tem o sinete da
maculabilidade que destoa dos princípios republicano e democrático, em
contrariedade à regularidade pretendida na vida pública.
Urge que as pessoas
se conscientizem de que os homens públicos precisam se desligar das atividades
políticas enquanto estiveram implicados com a Justiça, quer respondendo a ação
penal, quer já tendo sido condenado à prisão, por força da constatação de
desvio de conduta, devendo somente voltar à vida pública depois de comprovar,
em definitivo, a sua inocência com relação aos fatos denunciados, porque é
exatamente assim que se procede nos países com o mínimo de civilidade e
dignidade do seu povo, que bane com veemente desprezo as pessoas que se tornam
indignas de representar a sociedade honesta.
Nesse particular,
alguns brasileiros ainda se encontram na idade do paleolítico, por demonstrarem
prestígio a políticos decadentes, em termos de moralidade, como se isso não
fosse também clara evidência de igual forma de indignidade e insensibilidade
por parte de quem oferece apoio aos atos dos fora da lei, dos fichas sujas,
exatamente por se tornarem cúmplices com os atos deles.
No caso do petista,
há de se ressaltar que, por força da condenação à prisão, na segunda instância,
ele perdeu os direitos políticos, por oito anos, estando em pleno vigor tal
medida, o que vale dizer que ele devia se dignar a se afastar das atividades
políticas, o que já teria sido feito compulsoriamente se houvesse seriedade no
cumprimento das penas no país tupiniquim, porque, nessas condições, o condenado
não pode se envolver em atos de cunho político, já que seus direitos políticos
estão cassados, o que significa mais uma cumplicidade por parte daqueles que o
apoiam em atividades visivelmente ilícitas.
É preciso que as
pessoas de bem, que conhecem os reais princípios da integridade moral, não se
deixem influenciar, à luz do sentimento ideológico, que precisa ser preservado,
a despeito do desvio de conduta de quem quer que seja, para se solidarizar com
condenado pela Justiça, enquanto não houver o definitivo saneamento da sua
situação, porque a questão da moralidade está acima do sentimento da simpatia
política, por se tratar de princípios e conduta de retilineidade de caráter que
precisa imperar na vida pública.
É simplesmente
lamentável que ainda tenha gente que somente consegue enxergar um punhado de
ações que resultaram em apenas algo estratégica sem muita expressão, porque
nenhum governante é eleito para não fazer absolutamente nada, diante dos recursos
que são colocados à sua disposição, mas é preciso bater palmas para aqueles que
realmente se preocupam com as políticas pluralistas, com abrangência em todos
os interesses e as áreas da nacionalidade, de modo que possa haver
desenvolvimento integrado, em termos macros, sem precisar de reconhecimento
algum, porque qualquer governo precisa trabalhar sim em benefício dos
brasileiros, sem fanatismo nem paixão, procurando apenas cumprir o seu dever
como estadista.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 26 de novembro
de 201
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