domingo, 24 de novembro de 2019

Perturbadora chaga

Ainda com referência às tragédias nas estradas de Uiraúna, Paraíba, peço a Deus que realmente haja conscientização do povo desse município, em busca da tão almejada segurança para os seus usuários, lamentando profundamente que o caos e a tristeza tenham prevalecido até aqui, diante da completa e injustificável passividade, ressalvada a existência de algo, que não é do meu conhecimento, que possa justificar plenamente tamanho descaso à vida, pelo que se presencia até o presente momento, temendo, obviamente pelo futuro, diante de sérios riscos, se nada for feito nesse sentido.
Com toda sinceridade e sem demagogia, o que mais magoa o meu coração é não puder agir diretamente, na cobrança de providências efetivas por parte de quem tem a incumbência de propiciar a segurança nas estradas, por não se dignar ao menos com a ressonância da sua existência, ante os meus veementes e bravos apelos, em forma de seguidas crônicas, cada qual mais contundentes, apelativas e objetivas quanto à denúncia sobre cristalina e imensurável calamidade pública.
Há sim, nesse caso, claríssima demonstração de estrondosa insensibilidade diante da perda de vidas humanas, em especial, e, para espanto geral, nenhuma voz se levanta entre a multidão perplexa com os horrores, para se solidarizar e lutar em prol dessa causa que é de cada pessoa que se imagina ter amor no coração e o mínimo de sensibilidade humanitária.
Ao contrário, não adiante nem insistir por providências, por socorro, por segurança nas estradas, porque prevalece soberano e estridente silêncio, de mudez cruel e insuportável até mesmo nos túmulos das catedrais, como angustiante resposta, dando a entender que existe verdadeiro e generalizado torpor da sociedade passiva, acomodada e feliz, a dizer silenciosa e implicitamente que ninguém precisa se preocupar com a desgraça do seu semelhante, que deixou de se cuidar, porque é exatamente o que vêm mostrando os fatos, muito escancaradamente.
Já até pedi desculpas por ter ido tão longe com minhas escritas claras e objetivas, procurando, por todos os meios e formas de argumentos, sensibilizar a consciência das pessoas para se interessarem por causa que considero prioritária e urgente, diante da minha compreensão sobre a importância da vida humana.
Sem sombra de dúvidas, a vida humana merece total sacrifício para a sua preservação, principalmente quando isso é sim visivelmente possível, a depender tão somente de interesse e boa vontade para solucionar as causas motivadoras dos sinistros, que vêm ocorrendo com a existência de animais na via de tráfego, o que vale dizer que, sem eles, não há abalroamento nem perda de vidas, pelo menos na frequência tal como vem ocorrendo.
Ou seja, , em princípio, a simples criação de animais em cercado contribui sensivelmente para se evitarem perdas de vidas e danos materiais e isso é não sacrifício, mas sim obrigação por parte da sociedade.
Enfim, qual seria a dificuldade para se tomar medida tão simplória, com custos insignificantes para os permanentes controle e fiscalização, além da aquisição de equipamentos necessários para o recolhimento de animais que permanecerem perambulando nas vias trafegáveis, causando mortes.
É óbvio que, a partir do momento em que se recolhe o animal bovino ou equino, implicando a automática obrigação do pagamento de multa para a sua liberação, todo mundo vai correr para prendê-lo, sob pena de perdê-lo se não houver interesse na sua recuperação ou ainda no caso de reincidência?
Tenho a consciência das mais tranquilas, por ter participado desse importante movimento, procurando motivar a sensibilização do povo de Uiraúna sobre questão das mais relevantes, em termos sociais, mas de aproveitáveis mesmo são os registros, com palavras, muitas delas até duras e agressivas, evidentemente sem intenção de ferir a sensibilidade de ninguém, porque elas foram ditas como justificativa para os imprescindíveis apelos, em relação à situação extremamente preocupante, porque essa perturbadora chaga permanece em aberto, com enorme risco de haver novos sinistros, queira Deus, sem maiores gravidades.
Mais uma vez, lanço veemente apelo por que essa chama permaneça acesa, como forma de não haver esquecimento para assunto da maior importância humanitária, tendo em vista que a perda de uma vida é algo imensurável, em se tratando, normalmente, de pessoa ainda na flor da sua vida, que deixa para trás tantos sonhos que seriam realizados ao longo da vida que jamais pode ser interrompida por mera causalidade, porque isso pode ser evitada, a depender apenas da boa vontade dos homens
Brasil: apenas o ame!
          Brasília, em 24 de novembro de 2019

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