A
Igreja Católica, na França, pretende indenizar financeiramente as vítimas de
pedofilia, praticada por integrantes da instituição, segundo informação confirmada
pelo porta-voz da Conferência dos Bispos daquele país.
De
acordo com o citado porta-voz, "A decisão principal já foi tomada",
cuja medida será materializada por "gesto de reconhecimento financeiro",
que terá abrangência, em breve, às vítimas de pedofilia dentro da Igreja Católica,
no âmbito da França.
O
porta-voz disse que a forma como essa indenização será realizada deve ser
submetida à votação dos bispos franceses, em assembleia com essa finalidade.
O
movimento foi denominado, segundo o porta-voz, de "alocação de
reconhecimento do sofrimento das vítimas", cuja iniciativa prevê
colocar em prática dispositivo inédito, mesmo que as vítimas já tenham sido
indenizadas por decisão judicial ou em casos em que o crime tenha prescrevido.
O
porta-voz disse que o montante dos recursos para as indenizações será obtido por
meio de doações de fiéis, na forma da constituição de fundo específico.
Já
há levantamento de aproximadamente 200 vítimas que poderão ser beneficiadas com
a medida, mas há a expectativa de que esse número deve aumentar, porque os trabalhos
pertinentes ainda não foram concluídos.
Não
há a menor dúvida de que se trata de medida de pura justiça, em reconhecer parte
importante dos erros da Igreja Católica, mas medida nesse sentido deveria sim
ter sido adotada na sua sede, no Vaticano, para que a sua abrangência se
tornasse universal, fazendo a devida justiça, de maneira uniforme, para que a
reparação, com essa intenção, abranja todas as vítimas que foram abusadas por
esses monstros de batina ou de outra forma, que usaram o nome de Deus em vão e
foram extremamente cruéis no exercício do seu ofício de evangelização.
Não
há negar que há tempos a igreja acobertou, de forma absolutamente injustificável,
esse horroroso crime de pedofilia, tendo sido imperdoavelmente omissa diante desse
grave e desumano problema, que chegou à alarmante situação exatamente porque a
igreja preferiu se silenciar, passando-se por mouca e cega, sem ouvir nem ver
os reclamos das vítimas, em todo o mundo, e ainda da sociedade, que sempre
reconheceu abusos dentro da instituição, que sempre foram abafados para protegê-la
de escândalo, que se tornaram a sua principal chaga de desumanidade, por ter
sido insensível às crueldades.
A
verdade é que os crimes sexuais existem em todas as religiões, não somente na
Igreja Católica, por se tratar de pecado grave de natureza humana, que poderia
ter sido, ao menos, minimizado por meio da adoção de medidas duras e severas no
seu combate, não somente depois de tanto tempo da sua ocorrência e apenas em
determinada localidade, na França, mas sim no âmbito de toda igreja, não permitindo
que as denúncias deixassem de ser investigadas e, se for o caso, punidos os
culpados identificados.
A
pedofilia na Igreja Católica é tão maléfica quanto à doutrinação política
existente no seu seio, em forma de movimentos intensivos de socialização, que se
misturam com a corrente de evangelização, que não deveria ser deturpada com
ideologia política, considerando a finalidade institucional de cada uma de suas
filosofias, cuja unificação somente acarreta prejuízo aos autênticos fiéis da igreja
de Pedro, que precisa retomar, com urgência, à sua verdadeira e autêntica linda
só de evangelização da palavra de Jesus Cristo, deixando que os políticos cuidem
dessa outra parte, que é muito importante, mas dissociada da Igreja Católica.
Como
se acreditar em um ser superior quando a sua instituição se desorganiza, se
deteriora em malfeitos demandados por membros inescrupulosos, que praticam maldades
exatamente com o acobertamento de quem tem o dever de promover a sua
purificação, como vinha acontecendo há tão pouco tempo?
É
preciso que o despertar da moralização da Igreja Católica aconteça não somente
por localidades, mas sim onde tiver um templo com o sinete representativo da
casa erigida em nome de Jesus Cristo, para que os valores e os princípios do
cristianismo sejam glorificados em nome da pureza e da divindade, em benefício
das pessoas que acreditam em bondoso ser superior e justo
A
verdade é que a religião é forma segura de alimento do espírito e o homem precisa
ter a certeza de que os seus fundamentos estão sendo preservados em estruturas
absolutamente imunes à perversidade da dignidade do homem.
Não
há a menor dúvida de que a moralização da Igreja Católica faz parte da elevação
dos valores e dos princípios divinos, tão essenciais à crença humana, que se fortalece
quando a instituição demonstra seriedade e prima pela preservação do respeito à
evangelização dos fundamentos instituídos por Jesus Cristo.
Brasília, em 17 de novembro de 2019
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