Em crônica onde analisei a aliança do presidente do
país com o Centrão, eu disse que ele não tinha o mínimo pudor para se aliar ao
que existe de mais nefasto na política, em termos de moralidade, com a
finalidade de tentar se proteger contra o afastamento do cargo presidencial,
fato este que só demonstra a sua real insignificância, por não ter dignidade
para pessoalmente se defender perante o Legislativo, em caso de denúncia sobre
a prática de crime de responsabilidade, porque, se tivesse, ele não precisava
se inferiorizar moralmente ao se juntar a grupo político questionável.
Depois de já ter feito comentário anterior e que mereceu
meu agradecimento, uma sempre atenta conterrânea minha escreveu o seguinte texto:
“Não precisa agradecer amigo, eu quem te agradeço pelos textos que nos
enriquecem de conhecimentos. Fico grata e feliz pelas suas palavras de apoio
aos meus comentários. Gosto muito de ler e comentar seus textos, recebo muitas
críticas no privado e elogios tbm, muitos comentários apaguei devido às críticas,
não sei se o senhor notou, mas por isso não vou deixar de comentar fazer o que
gosto de escrever o que acho e que sinto. Boa tarde amigo. Jesus lhe abençoe
sempre.”.
Em
resposta à carinhosa eu digo que é sempre salutar a mensagem ou o comentário
sobre a opinião das pessoas sobre os meus textos, que leio com atenção as opiniões,
diante da sua importância como feedback, sendo que, em alguns casos, em
se tratando de opinião pessoal, sem relação com o tema neles versados, procuro
não comentar e respeitar a citação que ali consta.
Não
obstante, procuro agradecer a sempre prestimosa contribuição, em forma de apoio
ou incentivo, porque realmente ela evidencia a aceitação daquilo que eu tenha
dito sobre o assunto analisado, exatamente para suscitar discussão construtiva
sobre a matéria de que se trata.
Não
tenho notado que a comentarista, por respeito ou temor às opiniões contrárias,
apagou algum comentário seu.
Particularmente,
tenho respeito por todos os comentários feitos sobre minhas crônicas,
exatamente porque o meu propósito é o de que se possa discutir, em alto nível,
na forma e com o devido respeito, em harmonia com o princípio democrático,
todos os assuntos colocados em evidência, em especial porque eu exponho a minha
opinião, a minha verdade, que é bem diferente das verdades de cada pessoa, que
tem todo direito do livre pensar sobre os fatos da vida, tendo a melhor compreensão
que achar sobre eles, que devem ser vistos sob a sua ótica, o seu prisma ou a
maneira que lhe melhor convier.
Agora,
isso não concede a ninguém o direito de contestar as opiniões alheias por meio
de agressão pessoal e muito menos ainda se atribuir, a quem quer que seja,
atributo que não corresponda à realidade, tendo em conta exatamente a riqueza
da liberdade de expressão, que confere aos brasileiros o direito sagrado de se
manifestar sobre todos os assuntos, inclusive com crítica à administração do
Brasil, cujos dirigentes exercem cargos públicos eletivos, por força de
delegação do povo, por meio do sufrágio universal.
Os
representantes do povo, quer queira ou não, estão sujeitos às críticas e aos
elogios, conforme a aceitação ou não sobre o seu desempenho, à vista de que,
segundo a égide do princípio que sustenta o Estado Democrático de Direito,
trata-se de governo do povo que precisa estar em harmonia com a vontade do
povo, tendo sim necessidade de se manifestar sobre os atos praticados na administração
pública, que é mantida pelo contribuinte e, por isso é dever, por força da lei,
da prestação de contas à sociedade sobre a regularidade das atividades desempenhadas
pelas pessoas investidas em cargos públicos eletivos, as quais precisam,
sobretudo, se alinharem em satisfação ao interesse público.
Na
minha opinião, as pessoas que aceitam com naturalidade os deslizes, as omissões
ou as falhas do governo e dos representantes do povo estão prestando
desserviços à pátria, precisamente porque nenhum delegado político do povo é
eleito com carta branca para descumprir o regramento jurídico pátrio, porquanto
em toda cartilha do homem público só existe a regra da regularidade, da conduta
ilibada e da decência.
É
óbvio que a minha opinião não significa condenação nem crítica a ninguém que
pense diferentemente de mim, porque eu estaria exatamente negando a prevalência
do saudável direito à liberdade de expressão e pensamento, em defesa dos
princípios individuais, inclusive quanto às crenças, às ideologias e todas às
preferências pessoais, segundo as quais todos são autônomos e donos das suas
opiniões e deus pensamentos, não se esquecendo, como regra salutar, de se respeitar
os mesmos sentimentos das demais pessoas, em sentido contrário.
Enfim,
a precisa importância das opiniões sobre os fatos da vida reside, basicamente na
compreensão de que o seu objetivo é agregar algum esclarecimento pertinente ao assunto,
na tentativa de se contribuir para ajudar na condução do seu melhor entendimento,
evidentemente sem necessidade de descortesia nem agressão, ante o respeito à
livre manifestação.
Brasília, em 19 de fevereiro de 2021
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