segunda-feira, 13 de maio de 2024

Barbárie

 

Depois de intensa guerra e ainda em pleno curso, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, administrada pelo movimento islamista palestino Hamas, anunciou neste domingo, que já foram mortas, pasmem, 35.034 pessoas, desde o início da guerra com Israel, em 7 de outubro de 2023.

Somente hoje, pelo menos, tinham morrido 63 pessoas, apenas nas últimas 24 horas, segundo o aludido comunicado, que também relatou a terrível estatística de 78.755 pessoas feridas por ocasião das deploráveis e intensas lutas, que já se arrastam por cruéis sete meses de violentos conflitos.

Eis aí o resultado da insensatez e da crueldade de pessoas que demonstram completo desprezo à dignidade do ser humano, de vez que essa selvagem teve início com os atos de violência perpetrados contra pessoas de Israel, em atos violentos e extremamente desumanos, em que morreram mais de mil pessoas, inocentes e indefesas.

Essa crueldade levou Israel a reagir, tendo declarado guerra ao Hamas, como forma de vingança da injustificável selvageria praticada por esse grupo terrorista, que emprega a violência extrema em nome da independência da Palestina.

Acontece que o Hamas simplesmente e de forma deliberada imola vidas humanas, totalmente alheias aos objetivos pretendidos por esse grupo terrorista, em processo visivelmente injustificável, pelo envolvimento de pessoas que são mortas por mera vontade de eliminação de vidas sem nenhuma necessidade, eis que as mortes têm a única finalidade de servirem apenas de estatística, uma vez que muito mais vidas ceifadas, não tendo nenhuma contribuição à causa da liberdade da Palestina.

Não obstante, mesmo que as vidas perdidas tivessem alguma significância para a liberdade daquela região, esse ato atroz, cruel e desumano também jamais teria valido, eis que, em tempo algum, vidas humanas podem servir de moeda de troca.

Não precisa de muito esforço para se aquilatar o tamanho fenomenal da tragédia humanitária, em que dezenas de milhares de pessoas já morreram e outras quantidades enormes e incontáveis de seres humanos ainda hão de morrer por mero capricho da insanidade, da crueldade e da barbaridade do grupo terrorista Hamas.

Essa facção terrorista não tem o menor sentimento humanitário em relação às perdas de pessoas indefesas, uma vez que foi ele que deu causa a essa barbárie e nada faz para o término da guerra, que, mesmo diante do caos e da tragédia, há de se prolongar indefinidamente, enquanto mais vidas tiverem para o sacrifício pela causa em vão da liberdade da Palestina.

A racionalidade, a sensatez e o bom senso sinalizam que a causa da independência da região de conflito somente se resolve por meio dos princípios da civilidade, do diálogo e da compreensão, em que as partes estejam realmente interessadas em preservar vidas humanas, sob a égide do respeito à sua dignidade, de modo que seja valorizada a integridade das pessoas, que são a principal razão da causa Palestina, mas isso, na realidade, vem sendo completamente ignorado, em cristalina demonstração de animalidade selvagem, com o brutal desprezo às vidas humanas.    

O que vem acontecendo naquela região é exatamente o contrário de todos os princípios de civilidade e humanitários, uma vez que não se justifica o sacrifício de pessoas inocentes e indefesas para a conquista de absolutamente nada, por mais importante a causa, quando há recursos ao alcance do homem que podem contribuir para a solução dos conflitos e das questões, por mais complicadas e difíceis que eles se apresentem.

Enfim, impende se ressaltar que por mais monumentais e funestos os fatos que vêm acontecendo na Faixa de Gaza, o governo tupiniquim ainda tem o despautério e a insensibilidade de apoiar o desumano, truculento e bárbaro grupo terrorista Hamas, em evidente demonstração de plena concordância com a regressão da humanidade e a contrariedade com os princípios da racionalidade, da sensatez e da civilidade.

À luz da evolução da humanidade, mas muito mais em atenção à importância do valor da vida humana, seria normal que os dirigentes das nações com o mínimo de inteligência e respeito à dignidade das pessoas, jamais tivessem a desonra ética e moral de se aliar a grupo terrorista que despreza a dignidade da vida humana.  

Diante disso, convém, que as autoridades do grupo terrorista Hamas, à vista da importância da vida humana, se esforcem quanto à conscientização sobre a urgência na busca do diálogo, sob o prisma da diplomacia, dos princípios civilizatórios e humanitários, para a solução dos conflitos na Faixa de Gaza, de modo que seja possível, finalmente e em definitivo, a pacificação e a liberdade dos povos da Palestina, tendo em vista a premência de eles viverem em paz e com o usufruto da dignidade da vida e dos direitos humanos.

Brasília, em 13 de maio de 2024

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