quinta-feira, 16 de maio de 2024

Qualificação política

 

Conforme mensagem que circula na internet, uma pessoa mostra a sua indignação contra a deplorável situação caracterizada pela incompetência na administração do país, expondo o seu inconformismo com o desprezo aos princípios da eficiência, da eficácia e da responsabilidade na festão pública.

É preciso que o verdadeiro brasileiro se conscientize, com a maior urgência possível, de que a desonra pelo exercício de cargo público eletivo não é culpa somente de quem é titular dele, mas especialmente do povo, que é o eleitor e tem o poder natural, com base constitucional, para escolher os seus representantes políticos.

Por força do disposto no parágrafo único do artigo 1º da Constituição: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”.

Como se percebe, o texto constitucional deixa cristalino quem pode eleger, no caso, o povo.

Assim, pouco importa a qualificação ou não do candidato, no sistema eleitoral vigente, se ele tem ou não competência, honestidade, dignidade, caráter ou outros atributos malignos ou benignos, posto que interessa mesmo é o veredicto do eleitor, porque é ele que tem o poder constitucional e final para dizer quem vai exercer os cargos públicos eletivos.

No caso específico dos eleitores brasileiros, quando há a terrível desgraça concretizada com os seus votos, com a escolha de representantes sem personalidade, desonestos, completamente indignos para exercerem quaisquer cargos públicos eletivos, eles sequer são lembrados por conta da terrível tragédia construída com o seu voto.

Ou seja, tudo começou com os votos deles, mas as críticas somente são diretas apenas para os representantes políticos, que realmente merecem ser condenados e recriminados, diante dos prejuízos causados aos bons propósitos que a política precisa proporcionar à sociedade, por meio de políticas públicas necessárias à satisfação das suas carências.

Quando se elege representantes políticos ineficientes, desonestos, incompetentes, insignificantes e irresponsáveis, não perdem somente os seus eleitores, mas toda a população e o Brasil, diante da certeza de que o país não tem como se desenvolver, pela notória impossibilidade de ações e políticas suficientes e capazes para a geração de estímulo ao progresso social e conômico.

Convém que os brasileiros se conscientizem, com a máxima urgência, no sentido de somente elegerem representantes políticos absolutamente dotados de capacidade suficiente para o relevante exercício de cargos públicos eletivos, que possam atender aos requisitos exigidos de conduta ilibada, idoneidade, honestidade, dignidade, moralidade, ética e caráter, porque esses princípios são essencialmente compatíveis com a administração pública séria, eficiente e responsável.

Acredita-se que a mudança de mentalidade dos brasileiros, quanto á qualificação do voto, somente será possível por meio de campanhas, mediante esclarecimentos e informações mostrando os reais benefícios para a população, quando os representantes políticos passem a ser selecionados entre os melhores candidatos, levando-se em conta a valorização dos requisitos inerentes à sua qualificação, conforme as situações regionais do município, do Estado e do país.

Enfim, é de todo interesse do eleitor, principalmente, que a sua melhor escolha terá reflexo somente em benefício para o exercício dos cargos públicos eletivos, ante a certeza de que os seus representantes hão de trabalhar em sua defesa.

Brasília, em 16 de maio de 2024

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