Conforme mensagem divulgada em
vídeo, o presidente do país demonstra estranheza sobre a existência de muitos
negros no Rio Grande do Sul, tendo afirmado que não sabia que, naquele estado,
havia tantas pessoas da raça negra, em demonstração de que ele realmente desconhecia
a situação populacional do Brasil e o pior é que o assombro dele evidenciou
forma inusitada de avaliação sobre as condições de periferia deles, como se
fosse algo degradante.
Na verdade, a forma da estranheza
presidencial, contida na sua contundente afirmação de que não sabia da
existência de muitas pessoas negras, no Rio Grande do Sul, não deveria causar
tamanha perplexidade quanto ao fato da compreensão de que isso se devia ao
entendimento torpe, distorcido e discriminatório da primeira-dama, por dizer ao
esposo dela ser normal a ignorância do mandatário, de vez que os negros vivem
nas periferias inferiorizadas das cidades, evidentemente fazendo alusão à gente
subumana e suburbana, indigna da sua convivência com a sociedade.
Agora, parece ridiculamente
estranho a forma despreparada como foi recepcionada pelas pessoas a
conceituação formulada do episódio pelo presidente do país, uma vez que o nível
do preparo e dos nefastos atributos dele jamais poderiam se esperar algo diferente
disso, em termos de respeito aos valores da raça humana, posto que isso tem
prática normal e corriqueira na vida dele, conforme mostram o seu histórico, na
vida pública.
Está certíssimo em haver
indignação, em especial por parte de pessoas negras, diante da injusta e desnecessária
ofensa às pessoas da sua raça, em veemente repúdio e protesto contra
desatinada, desrespeitosa e atrevida manifestação presidencial, que tem
obrigação, à vista da relevância do cargo que ocupa, de respeitar a dignidade
das pessoas, não importando a cor da sua pele e muito menos os locais onde elas
moram.
Na realidade, essa clara
indelicadeza esteja em perfeita harmonia com a distorcida índole de
incivilidade do político, conforme comprovam as suas horrendas atitudes, na
vida política, notadamente no que se refere ao desprezo aos comezinhos
princípios da moralidade e da dignidade, na administração pública.
Caso o Brasil fosse um país de
povo sério e evoluído, jamais se aceitaria político sem as mínimas
qualificações para o exercício de tão relevantes atribuições de mandatário de
país com as grandezas dele, sem que não se observasse, rigorosamente, os requisitos
de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública.
Também no presente caso, cada vez
mais se confirma o famoso adágio popular segundo o qual o povo tem o governo
que bem merece, evidentemente porque ambos estão sintonizados no mesmo padrão
de mentalidade político-social.
Brasília,
em 22 de maio de 2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário