Em vídeo
que circula nas redes sociais, uma mensagem poderosa ressalta múltiplas
qualidades do último ex-presidente do país, dizendo que ele somente foi capaz
de praticar o bem para os brasileiros, tendo ensinado, em especial, o amor à família,
à pátria e a Deus, de modo que o seu o seu perfil de homem público foi capaz de
revolucionar a imagem do estadista, por meio de ato exemplares para os
brasileiros.
Na
mensagem constante do vídeo, aquele político representa o verdadeiro gênio de
poderes mágicos que foi capaz de realizar gigantescos milagres, na intrépida e
exata descrição do que ele teria deixado como legado para os brasileiros.
À luz
desse empolgante e revigorante elenco de benemerência que tem o poder de tornar
pessoa comum em verdadeiro herói nacional, o que seria natural à ilação sobre
somente a aceitação senão de final feliz, condizente coerentemente com a
importante e deslumbrante narrativa extremamente nacionalista e de mil
maravilhas pretendidas pelos brasileiros, como algo jamais visto nas terras tupiniquins,
em que estariam refletidos na pessoa dele todos os resultados das bondades e
dos benefícios políticos enaltecidos, em letras maiúsculas, no vídeo.
Não
obstante, a realidade dos fatos reflete não o resultado coerente com a
formidável descrição de político fantástico, mas sim outro completamente antagônico
do que foi dito no vídeo, mas sim em coerência com o que foi semeado pelo protagonista
principal, precisamente na forma do roteiro final que mostra os atributos desse
herói fake, por refletir absolutamente tudo sobre ele, em exata contraposição
dos fatos narrados na miraculosa invenção.
Tantas
ideias arranjadas para a biografia política, que mostram o lado incompleto do
realismo político, em que a figura de homem público é vista pela lente ampliada
somente das bondades, merecendo, de forma lamentável, a omissão de episódios
que têm importância capital no final inglório e tenebroso, que precisa sim que
ele apareça e venha à tona, ante a sua importância como forma a justificar a
deplorável que se encontra o Brasil, mergulhado nas profundezas sombras da
incompetência, da desorganização, da desonestidade, das arbitrariedades, das inconstitucionalidades,
entre tantas outras anomalias administrativas, conforme mostram os fatos.
Refira-se
à sua visível “desidratação” como político desacreditado pela população e pelo
sistema dominante, ao ser derrotado nas urnas, pasmem, por figura decrépita,
desonesta, desmoralizada perante a sociedade que tem um pouco de brio na cara,
em plena decadência de princípios, por ter sido destituída dos atributos
exigidos na administração pública digna e séria, perante os princípios da
conduta ilibada, idoneidade, honestidade, dignidade, moralidade, entre demais outras
qualidades compatíveis com a verdadeira cidadania.
Dificilmente,
político com tantos atributos valorosos como os elencados no vídeo teria final
de governo tão pífio e desacreditado em final de governo, que precisou se
silenciar, se recolher aos seus aposentos palacianos e fugir, para pedir proteção
em outro país, antes do término do mandato, não tendo a dignidade de assumir as
suas responsabilidade nem justificar as suas omissões, que custaram a entrega
do governo à banda apodrecida da política brasileira, mesmo conscientíssimo da
gravíssima crise institucional que imperava já desde o seu governo, sem ter a
dignidade para justificar ou esclarecer os fatos deploráveis que lhe impuseram
tamanho desprezo ao Brasil e aos brasileiros honrados.
Na altura
dos acontecimentos, a importância de se trazer a verdade à reflexão dos
brasileiros teria extraordinária contribuição para possível compreensão sobre o
malogro de governo que somente pensa que teria feito somente bondade em
benefício da população, quando há fatos que precisão vir à lume, porque eles
são sim capazes de explicar o surgimento do sistema dominante, que se indispôs
com o presidente da época.
É preciso
que se vislumbre que jamais uma frente ampla de oposição teria sido instituída,
com a fortíssima constituição por estrutura de sistema, muito bem formulado, para
afastar alguém do poder, com a ajuda de organismos e instituições consolidadas
e contrariadas com as investidas persistentes e agressivas, que se tornaram
insuportáveis e definitivamente intoleráveis, cujas conclusões seriam o
afastamento do então mandatário do poder.
Nessas condições,
conforme mostram os acontecimentos, foi preciso habilitar o pior criminoso da
face da Terra para liderar a ideia da retomada do poder, não importando nada
que se relacionasse com os princípios da ética, da moralidade, da honestidade,
da competência, da responsabilidade, da constitucionalidade, enfim, da decência
na administração pública, de vez que estava em jogo era tirar do poder pessoa
que se tornara non grata para o sistema.
Impende
se ressaltar que a origem desse processo devassador do poder somente ocorreu,
quer queira ou não, depois dos incontroláveis atritos entre o titular do
Executivo e membros do poder Judiciário, que, incomodados com as terríveis e
continuadas injunções políticas absolutamente desnecessárias, uma vez que o
cerne do problema poderia ter sido resolvido por via legislativa, decidiram pôr
freios às insanidades.
Convém
ficar muito claro que não fossem as insistentes e doentias investidas do
mandatário contra aquelas autoridades, certamente que nunca teria sido criado o
nefasto sistema dominante, que tantas malignidades têm sido causadas aos princípios
democrático e jurídico brasileiros, visto que nada justificaria a instituição
de nada tão pernicioso à normalidade institucional, ainda mais e em especial em
razão da completa incompetência da oposição que não consegue reagir contra as
barbaridades protagonizadas por ele.
Há de se
notar que não basta tão somente apontar algo de bom e benéfico que tenha sido
realizado, na vida pública, por político, porque que isso até pode ter o seu
mérito, mas apenas, como visto, circunstancial, quando um só fato pode ter
contribuído para pôr tudo na lama, como indiscutivelmente aconteceu, com a
decisão do sistema de tirar o então presidente do país do poder.
É
imperioso que seja sopesado e avaliado o conjunto da obra realizada pelo político,
quando atos particulares podem contribuir e até de forma decisiva como parâmetro
para o balizamento do legado político, não somente os atos relevantes, como
nesse caso das perigosas desavenças entre poderes da República, que conseguiram
abalar as relações entre eles e, por certo, ditarem os destinos de uma nação e
do seu povo, que foram mergulhados literalmente no maldito inferno do
socialismo, com gravíssimas interferências nas liberdades individuais e
democráticas dos brasileiros, conforme mostram os fatos já acontecidos.
Convém que os verdadeiros brasileiros se
conscientizem sobre a imperiosidade de o último ex-presidente ter a dignidade
de, a par de sobrelevar os seus feitos, reconhecer os seus erros praticados no
governo, como aquele da maior gravidade, por ser de caracterização histórica,
que diz sobre as voluntárias agressões entre principais autoridades do poder,
cujas consequências desaguaram no estado deplorável da incompetência administrativas
e abusos incontidos de autoridade, à vista do que mostram os fatos.
Brasília,
em 2 de maio de 2024
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