Levantamento sobre a violência
mundial mostra a potencialidade criminosa de importantes cidades brasileiras como
epicentro de perigo à segurança pública.
A capital da Venezuela, Caracas, ostenta
o nefasto título da liderança entre 2023 das cidades mais perigosas e violentas
do mundo, conforme ranking elaborado por uma plataforma especializada.
Nesse negativo ranking, ganha
relevo o país chamado Brasil, que ocupa a vice-liderança com impressionantes
oito cidades entre as 50 mais perigosas e violentas, como o Rio de Janeiro (7º);
Fortaleza (9º); Salvador (10º); Recife (13º); Porto Alegre (23º); São Paulo
(25º); Campinas (38º); e Belo Horizonte (47º).
Essa deprimente e alarmante estatística
coloca o Brasil como a segunda nação com mais cidades presentes na lista da
vergonha, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 12 representantes a
partir do 11º colocado, que é a cidade de Memphis, no Tennessee.
A África do Sul também se destaca
com cinco cidades no ranking da degeneração humana, incluindo três no topo, representadas por Pretória (2º), Durban (3º) e Johanesburgo (4º).
A aludida plataforma chegou a
esse resultado tendo por base banco de dados global colaborativo, onde usuários
do mundo todo relatam suas experiências e fornecem informações e elementos pertinentes
a diversos aspectos da vida em suas cidades, como preços, qualidade de vida,
indicadores de habitação, taxas de criminalidade, saúde e muitos outros fatores
necessários ao levantamento em comento.
Trata-se de levantamentos que
ajudam à compreensão sobre a qualidade de vida de brasileiros, mostrando situação
de alerta sobre o caos predominante na péssima qualidade da segurança pública,
em especial pela falta de investimentos na melhoria e no aperfeiçoamento do
sistema de combate à violência, cujo resultado não poderia ser diferente desse
indicado no infame e desonroso ranking, que apenas mostra a realidade nua e
crua do Brasil.
O desleixo e o desprezo das
políticas inerentes à segurança pública se revelam exatamente à luz desse estudo,
que apenas confirma verdadeira situação caótica existente de penúria do
arcabouço de combate à criminalidade, que se expande livremente nas principais
cidades brasileiras, na forma mostrada por esse importante levantamento.
Caso o Brasil fosse um país que tivesse o
mínimo de seriedade e algum interesse em melhorar a segurança
pública, esse importante levantamento serviria como subsídio da maior valia
para a priorização de medidas de combate à violência, não somente nas cidades
suspeitas de ostentarem a decadência da violência e da criminalidade, mas em todas as cidades
brasileiras, que apenas merecem o cuidado mínimo de investimentos em segurança
pública, permitindo que se prepondere a ação da criminalidade.
É verdade que também compete à
sociedade exigir que o governo melhore e qualifique as políticas inerentes à segurança
pública, em especial com a priorização de investimentos e aperfeiçoamento de mecanismos de
combate à violência e à criminalidade.
À toda evidência, se hoje o
Brasil é citado de forma ridícula e pejorativa como país que despreza a proteção da
sociedade, à vista da existência da indiscutível predominância da violência, em
índices alarmantes, conforme faz importante alerta nesse sentido o levantamento em apreço,
a tendência natural é que isso tenda a piorar cada vez mais, à vista
precisamente da falta de iniciativas e investimentos por parte do poder
público, em área para a qual não se desperta qualquer interesse de cuidados
quanto à melhoria da sua qualidade.
Convém que os brasileiros despertem para essa cruel realidade e enxerguem urgente necessidade de ser exigido do poder público a priorização de políticas
com vistas à melhoria da qualidade da segurança pública, de modo que esse caos
existente seja completamente revertido, em benefício da segurança da sociedade.
Brasília,
em 28 de maio de 2024
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