A dois anos e quatro meses da próxima eleição presidencial, pesquisa Genial/Quaest aponta que 47% das pessoas pesquisadas votariam no atual presidente do país.
Na sequência, aparecem o último ex-presidente
do país, com 39%, a última ex-primeira-dama do país, com 33%, o atual ministro
da Fazenda, com 32%, e o governador de São Paulo, com 28%.
No requisito rejeição, a liderança ficou por
conta do último ex-presidente do país.
Enquanto isso, entre os entrevistados, 54%
afirmam que não votariam no ex-presidente brasileiro, que é seguido pelo
ministro da Fazenda, com 50%, a ex-primeira-dama, com 50%, o presidente do
país, com 49%, a presidente do PT, com 34%, e o governador de São Paulo, com 30%.
O presente levantamento é o primeiro que foi feito
pelo referido instituto sobre o próximo pleito presidencial.
A pesquisa em apreço foi realizada com 2.045
entrevistados presenciais, cuja coleta ocorreu entre os dias 2 e 6 de maio, com
brasileiros de 16 anos ou mais, nos estados brasileiros.
Não chega a ser surpreendente a realização de pesquisa,
na atualidade, para auscultar a preferência de eleitores sobre a corrida
presidencial, verificando-se a inclusão de importantes nomes no rol dos candidatos,
como o governador de São Paulo, que vem realizando excelente trabalho à frente
do Executivo desse majestoso estado, à vista do seu notável desempenho, com a
inauguração de importantes obras e serviços.
A grata surpresa fica por conta da apresentação,
na pesquisa, da ex-primeira-dama, com boa performance nas preferências dos
eleitores, embora, em termos políticos e administrativos, a sua capacidade
ainda não foi devidamente comprovada nem testada, posto que ela nunca exerceu
cargo público eletivo, além de não representar outra linha de opção, quando se
sabe que a sua vocação administrativa em nada deve diferenciar do pensamento
político-ideológico do seu marido.
Sem dúvida alguma, o que mais surpreende é a
medíocre e a preocupante preferência de eleitores por político comprovadamente
desonesto e incompetente, conforme mostram os fatos, em que só existem robustas
provas da materialidade da prática de atos de corrupção e criminalidade contra
a administração pública, sem nada justificando inocência sobre os fatos
delituosos atribuídos a esse político.
Essas constatações ajudam à ilação sobre a
incompatibilidade das práticas delituosas com o exercício de cargos públicos
eletivos, ante a exigência legal da conduta ilibada e idoneidade, na vida pública,
nas nações com o mínimo de civilidade.
Na verdade, o resultado da pesquisa tem o
condão de evidenciar que parte de brasileiros pensam e querem o pior para os
destinos do Brasil, quando defendem que ele possa presidente por gentes
desqualificadas e insignificantes, sem as mínimos atributos, em termos de
moralidade, dignidade, eficiência e responsabilidade administrativas.
É óbvio que a preferência por políticos desprezíveis
como representantes pessoais, na vida púbica, decorre da faculdade ínsita da
predominância do Estado Democrático de Direito, que permite que o voto seja
livre e oferecido a quem a consciência política do eleitor assim achar melhor,
ou seja, trata-se do exercício soberano do livre-arbítrio, em claro prejuízo da
plena prática dos princípios da dignidade na administração pública.
Não obstante, a questão que se vislumbra de
maior importância e que deveria ter prioridade a grandeza representada pelo Brasil,
que merece ser valorizada em termos, necessariamente, da observância dos
princípios republicanos e democráticos, que estão em supremacia às ideologias
políticas, de vez que políticos insignificantes jamais deveriam ser, sequer, cogitados
para o exercício de cargos públicos eletivos, porque isso significa monumental
afronta aos princípios essenciais da dignidade na administração pública.
Enfim, não à toa que o ditado popular diz que o
povo tem o governo que merece, sob a presunção de que ambos comungam da mesma
mentalidade, mesmo em situação esdrúxula, como é o caso da preferência por
políticos sem qualquer significância.
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