Em
vídeo que circula nas redes sociais, uma pessoa comenta a demência de velhinhas,
que participam de reunião de amigas, mas ninguém se lembra se lembra
absolutamente nada.
O
curioso é que isso tem por finalidade produzir peça de humor, tendo por base deficiência
mental de pessoas idosas, que, ao contrário exigem compreensão e respeito,
especialmente porque a perda da memória trata de doença possível de acontecer nas
pessoas idosas e, por isso, não faz o menor sentido se tirar proveito de
deficiência natural das pessoas objetivando tão somente o riso.
A
mensagem transmitida no vídeo em apreço se apresenta, para mim, um misto de
humor de visível degradação do ser humano e um pouco de alerta, como forma de
atenção aos cuidados pessoais.
Em
princípio, por ser da minha índole, não compactuo com essa forma de
brincadeira, por entender que a história em si tem o pior sentido possível, que
é o de menosprezo às pessoas de idade, em serem relegadas a planos secundários,
servindo, em muitas situações, apenas como mote de piadas depreciativas, como
essa, lamentavelmente.
Não
que eu queira me passar por pessoa puritana ou cousa que o valha, mas as piadas
envolvendo pessoas idosas merecem somente conteúdos que possam elevar ainda
mais a sua verdadeira dignidade, em merecimento aos seus anos de andanças pela
vida, que precisa ser tratada com os melhores respeito, carinho e admiração.
Com
toda sinceridade, diante do exposto, digo que sempre me sinto mal, talvez em
sentimento pela minha idade avançada, quando me deparo com piada que evidencia
desprezo, de forma proposital e depreciativa, as pessoas idosas.
É
preciso ficar muito claro que prefiro interpretar os fatos com o maior respeito
possível às pessoas idosas, sob os princípios da ética e da civilidade, pouco
me importando o que pensam as pessoas deseducadas e incivilizadas, que estão
muito mais interessadas no riso, sem preocupação com os princípios da dignidade
que merece o ser humano.
Concito
as pessoas a compreenderem esse importante apelo, no sentido de somente
compartilharem piadas ou conteúdos humorísticos que tenham o cunho de
valorização das pessoas idosas, como maneira elegante de se valorizar a si
próprio e em respeito à dignidade do ser humano.
Brasília,
em 29 de maio de 2024
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