Importante
e destacado escritor cubano acredita que Cuba experimenta verdadeira “distopia”, como se fosse algo imaginário em que absolutamente nada muda nem funciona em forma real, porém, assim
como esse país se encontra, o seu povo faz de conta que tudo opera,
funciona e experimenta “muitas mudanças”.
A
palavra distopia é o contrário de utopia e tem como significado, na prática, a representação
da realidade ou da sociedade imaginária opressora, aterrorizante e deformada da
normalidade social.
Em
que pese o intelectual discordar do regime revolucionário, ele afirmou que prefere ficar naquele país, porque é lá que
estão as suas “referências” culturais e sociais, onde os seus livros têm a garantia
de serem lidos pelos cubanos, apesar de eles serem “invisíveis” à visão dos meios de comunicação oficiais.
Chega
a ser risível a compreensão dele sobre mudanças naquele país, em que ele enxerga
avanço nos sistemas econômico e sociopolítico,
em que, mesmo sendo o mesmo há mais de 60
anos, a sociedade cubana experimenta
muitas mudanças,
tendo citado a situação vivida, no presente, quando as pequenas empresas privadas estão aproveitando os espaços que a
ineficiência do Estado criou durante esses anos.
Não
obstante, ele esclarece que houve explosões de
descontentamento popular que foram respondidas com força repressiva
do Estado com muita dureza,
exatamente em consonância com o regime revolucionário.
O
escritor disse que Cuba é aquele lugar onde foi criada uma estrutura em que
as coisas funcionam com códigos muito específicos.
Exemplificando
o conceito acima, ele disse que “Sou fumante, mas se
você me perguntar quanto custa um maço de cigarros em Cuba, não saberei dizer.
E se você me perguntar onde posso comprá-los, também não sei dizer. O fato é
que compro cigarros.
Todas as estruturas estão alteradas, vocês não sabem exatamente como as
coisas funcionam e ainda assim elas seguem funcionando.”.
O
intelectual afirmou que “Se você começar a ter uma atitude de ódio e
rejeição você está se envenenando. O conceito de Cuba é muito maior que um
governo. Meus livros foram publicados em Cuba, embora os mais recentes não
tenham saído. A razão pela qual me dizem é que falta papel, e realmente falta
papel
(...).”.
Ele
que pensa em sair de Cuba, todos os dias, mas
também acha que “não deveria fazer isso, porque lá é o meu lugar, onde está minha cultura, minha língua, minha família, minhas referências. Aí está minha literatura, meus personagens. Os meus conflitos têm a ver
com essa realidade cubana.”.
O
escritor confirma os horrores do regime revolucionário cubano, comparável à
verdadeira distopia, mas lembrou que “não existe sociedade
mais perversa que a chinesa e todos negociam com os chineses e isso lhes parece
perfeito. Portanto, não acho que sejamos os piores do mundo de forma alguma.”.
É
evidente que realmente os cubanos não sejam os piores do mundo, mas há sim o
reconhecimento que o regime ditatorial imposto nesse país somente serve de
modelo para as mais degradantes republiquetas, onde são desrespeitados os
direitos humanos e as individualidades, em total desprezo às liberdades democráticas.
Diante
da evolução da humanidade, é preciso que as pessoas usufruam de plenos direitos
de liberdade, podendo se manifestar e opinião à vontade, além de se
movimentarem e agirem livremente, inclusive quanto ao direito à propriedade,
posto que tudo que se refere a bens, valores e patrimônio somente pertencem ao
Estado, em configuração explícita de eterna escravidão das pessoas ao seu dono
ditatorial, ou seja, tudo pertence ao governo, que dita as normas de existência
do povo, quanto à propriedade e à consciência.
À
toda evidência, nada poderia melhor qualificar o país caribenho como verdadeira
distopia, porque ali o que somente o regime truculento, cruel, sanguinolento e
desumano é real e desafia todos os princípios e direitos inerentes à dignidade
humana, por haver atropelamento aos comezinhos sentimentos de valorização do
ser humano, à vista da imposição da proibição de tudo que é sagrado à
individualidade e às plenas liberdades.
As
corajosas afirmações do intelectual cubano merecem ser conhecidas, em especial,
pelos brasileiros que precisam se conscientizar, com urgência, sobre a
verdadeira decadência da prática do regime comunista, onde o povo é tratado muito
pior do que lixo descartável, notadamente porque o único direito que o governo
concede a ele é o de respirar livremente, evidentemente porque ainda não foi
possível se controlar a emissão de ar da natureza.
Em
que pese Cuba ser considerada algo do imaginário, diante da sua própria consistência
de país que, na prática, serve de exemplo país que em nada se aproveita, por
ser visivelmente a nação contrária às demais, em termos de clara exposição de
incivilidade e desumanidade, onde parece apenas vegetar, diante dos desprezo
aos direitos humanos e às liberdades individuais e democráticas.
Enfim,
o regime adotado em qualquer país decorre da consciência cívica do seu povo,
que tem o livre-arbítrio para eleger os seus representantes políticos, que recebem
a incumbência para a sua condução para o progresso ou o precipício, em respeito
aos princípios democráticos, como sempre tem sido assim diante da pouca ou
nenhuma importância que é dada ao voto, que tem o poder de escolher os bons políticos.
Brasília,
em 24 de maio de 2024
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