O lamento

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, uma pessoa faz melodiosa lamentação por todos os horrores que aconteceram por conta das enchentes que inundaram o Rio Grande do Sul.

Essa pessoa disse que, em que pese ser pessoa forte, não tem conseguido se sustentar, sem chorar, tanto a dor que tem sido muito intensa e incontrolável, como também a alegria de sentir o mar de solidariedade dos brasileiros, que não se cansam nas ajudas enviadas de todas as regiões do Brasil.     

Os gaúchos, infelizmente, lamentam profundamente e choram de forma impiedosa diante de tantas maldades que, de repente, se abateram sobre eles.

Nem poderia ser diferente disso, posto que não há fórmula mágica para despistar nem aliviar o tanto de infortúnio reunido em único estado e muito menos ignorar o peso de castigo sem causa justa para se conformar facilmente.

Por mais forte que seja o povo, assim lembrado e reconhecido para a fibra dos amados gaúchos, realmente é impossível lamentar os estragos e os sofrimentos sem derramar muitas lágrimas, de vez que elas demonstram sim a verdadeira expressão do estado lamentável impingido a esse bravo povo, sendo também, de suma importância, o reconhecimento da pronta e imediata presença dos brasileiros, de todos os rincões.

Realmente, é notável a participação dos brasileiros, neste momento de tristeza, de vez que eles se uniram em corrente de uníssona e forte solidariedade, em socorro e apoio aos irmãos gaúchos, que demonstraram, em reconhecimento de gratidão, o quanto esse pronto apoio tem sido importante para agudá-los a seguirem em frente, mesmo tendo a obrigação do enfrentamento da terrível batalha de matar leões a todo instante, porque o pior apenas pode ter passado, quando ainda é preciso retirar do caminho os vergalhões de entulhos deixados pelas enxurradas.

Enfim, os destemidos e valentes irmãos gaúchos, na compreensão de seus gemidos e lamentos, nós outros brasileiros também choramos pelo o que de tão impiedoso aconteceu com vocês, aproveitando para reafirmar que vocês sempre terão a nossa solidariedade, o que vale dizer que nós estaremos juntos a vocês, para o enfrentamento das piores catástrofes.

Que a paz de Deus esteja na presença de vocês, na certeza de que os seus irmãos de cá queremos e desejamos que a bonança volte a fazer a companhia permanente de vocês, o mais breve possível.

Brasília, em 18 de maio de 2024