segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A estrela desce

No exato trágico dia 11 de setembro, em que se celebra uma década do maior desastre terrorista do mundo, por coincidência, outra catástrofe ainda pior desabou nas cabeças dos botafoguenses, na forma de cinco petardos de megatons de potência, algo diferente que somente acontece com o alvinegro carioca, tendo efeito imediato e devastador o envio para o espaço sideral da efêmera esperança que havia sido adquirida nas quatro excepcionais e memoráveis vitórias, conquistadas nos últimos jogos anteriores. Não há dúvida alguma de que, à exceção do goleiro, que foi o melhor atleta em campo, apesar de ter ido buscar a bola diversas vezes no fundo das redes, sendo responsável por evitar derrota ainda mais acachapante, deprimente e humilhante, os jogadores foram “criminalmente dopados” com entorpecentes de calibre a “la colombiano”, em que, sob o efeito e o domínio das drogas fortes, ninguém conseguiu sequer ver a cor da bola, saber o que se passava em campo ou mesmo se situar em qual planeta o jogo se realizava naquele momento, ante a demonstração de absoluta apatia e falta de controle da bola, em qualquer setor da equipe, pois os jogadores não se entendiam na defesa, chegando à troca de cabeçadas entre zagueiros; o meio de campo não dominava coisa alguma e muito menos conseguia dar sequência às jogadas; o ataque ficou o tempo todo a ver navio e a olhar os atacantes adversários massacrarem o goleiro alvinegro. Uma análise crítica do time, absolutamente isenta de paixão ou emoção, quanto à sua atuação na tarde de hoje, permite concluir que a bonança futebolística do Fogão, infelizmente, já aconteceu, tendo ficado apenas a lembrança de uma equipe cheia de garra e disposição, renovada em cada batalha, que conseguia superar seus adversários com certa facilidade. O brilho da Estrela Solitária foi terrivelmente apagado de repente, deixando os torcedores alvinegros atônitos e sem entender o motivo de tamanha falta de competividade, de disposição para defender o Glorioso num momento tão especial por que estava passando até então. É pena que o time tenha fraquejado logo na fase em que o seu desempenho vinha sendo convincente, contava com o apoio da mídia e empolgava a sua fiel torcida. Tem razão quem diga que perder não é o fim da linha, mas ser derrotado na forma como tudo aconteceu hoje é simplesmente vergonhoso e desastroso, não inspirando qualquer esperança no futuro próximo. Tomara que tudo não passe de avaliação momentânea e que a equipe se fortaleça com uma forte injeção de ânimo e a Estrela Solitária volte a brilhar de novo.

ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 11 de setembro de 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário