terça-feira, 8 de novembro de 2011

Chega de maldade

Na atualidade, as atuações de muitas Organizações Não Governamentais – ONGs têm servido de munição para debate acalorado pelos órgãos da imprensa e principalmente pela sociedade, quanto ao funcionamento dessas entidades, em virtude da sua influência decisiva nas ações governamentais para, aproveitando a fragilidade da capacidade de controle, beneficiarem-se do repasse de recursos públicos, mediante convênios que teriam por finalidade a realização de atividades próprias, em princípio, do Estado. Em muitos casos, há notícia de que nada é implementado porque elas existem apenas de fachada ou foram criadas por familiares, parentes ou amigos de autoridades governamentais, para desviarem dinheiros públicos. Pode-se afirmar que as ONGs que se tornaram famosas pela costumeira prática de derrubar ministros são sinônimo de indecência e de corrupção, por terem apenas o propósito do recebimento de recursos sem nenhuma contraprestação. Não se pode negar que a existência dessas ONGs fajutas conta com o beneplácito da incompetência do Executivo, que somente depois dos puxões de orelhas da diligente imprensa, vem lentamente despertando para a realidade dos fatos e procurando exercer algum tipo de controle sobre elas, na tentativa de separar o joio do trigo, bem depois do enorme prejuízo e desperdício de dinheiro dos brasileiros. Não obstante, importa sublinhar que existem muitas ONGs dignas do nome que ostentam, por executarem atividades nobres e beneficentes, permitindo que camadas sociais antes desprezadas possam participar de ações de verdadeiras conquistas de cidadania e de realizações substanciais de melhoria de vida, que não seriam viabilizadas diretamente pelo governo ou por sua participação. Ganha maior relevância o fato de que boa parte dessas ONGs realiza sua missão com o apoio e o comprometimento de indivíduos e de empresas, sem qualquer vinculação com o poder público e, a ainda melhor, de forma eficiente e proveitosa para a sociedade. O que não se pode desconhecer é que a participação das ONGs sérias, honestas e competentes, interessadas apenas na realização de trabalhos de cunho humanitário e beneficente, é fundamental para o fortalecimento da democracia e do desenvolvimento do país. Neste momento de crise e instabilidade, urge ter precisa e clara consciência de que a corrupção e os escândalos que nodoam algumas ONGs e os governos devem ser combatidos com denodo, coragem e competência, erradicando-os completamente das entranhas do Estado, sem o que poderá haver falta de credibilidade democrática, comprometimento do futuro da nação e sério prejuízo às conquistas econômicas e sociais. Acorda, Brasil! 

ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 08 de novembro de 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário