Na concepção da blogueira cubana, que se encontra
em visita ao Brasil, “falta dureza para o
tema dos direitos humanos” por parte do governo tupiniquim, apesar do estreitamento
das relações com a ditadura castrista, notadamente a partir do governo petista.
Segundo ela, “No caso do Brasil, tem
existido muito silêncio. Recomendaria um posicionamento mais enérgico, pois o
povo não esquece”. Quanto aos protestos que vem enfrentando pelos
simpatizantes do regime cubano, ela afirmou que já sabia que isso poderia acontecer
e que estava preparada para enfrentá-los, porquanto já tinha conhecimento sobre
ameaças postadas em blogs e até em portais oficiais. No seu modo de entender,
qualquer pessoa tem o direito de manifestar e expor sua opinião, “mas quando se passa do limite do protesto
não é democracia, é fanatismo.”. Não há a menor dúvida de que a crítica da cubana
é bastante pertinente e absolutamente incompreensível que os políticos petistas
que outrora se insurgiram contra a ditadura de direita, ocasião em que reclamavam,
segundo alegam, acerca da perda dos direitos humanos impingida pelos militares
brasileiros, que teriam sido perseguidores implacáveis daqueles que buscavam a
liberdade de expressão e de pensamento, jamais poderiam demonstrar explícita
complacência com o repugnante e cruel regime totalitário dos irmãos castristas,
que, há mais de cinco séculos, impõem à sociedade a obrigação de rezar na
cartilha da mais dura repressão aos direitos humanos, que têm sido tratados com
a maior severidade com relação aos dissidentes cubanos, com encarceramentos nas
masmorras, onde são obrigados ao cumprimento de penas pesadas, sendo que muitos
preferem o suicídio à prisão e aos maus tratos; transformação de detentos
em força de trabalho escravo e, quando não era possível “convencê-los” pela
humilhação nem persuadi-los que eles estavam errados, eram-nos aplicados
métodos infalíveis e peculiares do fuzilamento e da morte pelo sadismo da fome;
a perda da vida de mais de 12 mil pessoas quando tentavam escapar, pelo mar,
do regime ditatorial; e exílio de aproximadamente 2 milhões de cubanos,
representando 20% dos habitantes da ilha. Não deixa de ser paradoxal e até
incompreensível que pessoas de sã consciência e na sua perfeita
faculdade mental tenham a indignidade de simpatizar, de forma fanática, governo
de experiência comunista com ideias desagregadoras e de atrocidades, que vem, desde
o início da revolução cubana, em 1959, protagonizando desumanidades, com a
colocação de mais de cem mil pessoas em campos, prisões ou frentes abertas de
trabalhos forçados; o fuzilamento entre 15.000 e 17.000 pessoas, sendo
contabilizadas entre 7 e 10 mil mortes somente no anos 60, além da detenção de
30 mil políticos, nesse período. Não obstante, o governo brasileiro, além de
simpatizar a ferrenha e sanguinária ditadura cubana, tem sido magnânimo quanto à ajuda financeira àquele país, com a doação
de milhões de reais aos amigos caribenhos, enquanto os irmãos nordestinos
continuam à míngua, pedindo socorro contra as agruras da seca inclemente, sem serem
ouvidos nem atendidos. Com certeza, enquanto o PT permanecer no poder, conquista
dos direitos humanos para o sofrido povo de Cuba não passa de sonho longínquo,
ante a extremada simpatia que os "cumpanheiros" nutrem pelos velhos
ídolos comunistas, que, apesar de massacrar a dignidade dos ilhéus, ainda são
venerados, independentes das suas atrocidades. A sociedade não pode calar diante
dos regimes totalitários que ignoram os direitos e as liberdades sociais, em
grave violação aos princípios democráticos e humanitários. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 21 de fevereiro de 2013
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