Sem
nenhuma surpresa, a Assembleia Nacional de Cuba reelegeu seu ditador para a
Presidência do Conselho de Estado, para o segundo mandato de cinco anos. Na
ocasião, o presidente cubano anunciou que este é seu último mandato, que
terminará em 2018, independente da data em que a Constituição cubana foi
atualizada. Curioso é que o presidente se vangloria de ter promovido reformas
no regime cubano, consistindo apenas na inserção de elementos quase
insignificantes no sistema econômico, sem mudar o mercado dentro do sistema
estatal e sem mexer o poder do Partido Comunista Cubano (PCC). Ele também fez reformas sociais,
a exemplo da lei migratória que permitiu, a partir de janeiro último, que poucos
cubanos possam obter permissões de viagem. Desde 2008, os cubanos foram autorizados
a comprar telefones celulares e computadores e a se hospedar em hotéis, regalia
esta antes reservada aos turistas estrangeiros. Apesar desse “estrondoso”
avanço em benefício social, após mais de cinquenta anos do terrível regime
comunista, o ditador anunciou que não pretende implantar o capitalismo na ilha,
tendo sido taxativo, ao dizer que "Eu
não fui eleito presidente para restaurar o capitalismo em Cuba, nem para
desistir da revolução. Fui eleito para defender, manter e continuar
aperfeiçoando o socialismo, não para destruí-lo", ou seja, a tirania
continua forte como sempre. A oposição ao regime comunista, a par de considerar
insignificantes as reformas promovidas, exige liberdade de expressão e de
associação e direito à manifestação, sem que o opositor à tirania seja
considerado “mercenário”, porque todo povo cubano anseia por respeito aos
direitos humanos. O regime comunista é tão intrigante que até parece
um espanto do outro mundo o ato de o ditador ter seu mandato renovado e sequer a
população do país ter conhecimento de tão importante evento e muito menos
participação no processo eleitoral, porquanto o sistema se processa mediante
jogo de cartas marcadas, onde as figurinhas envolvidas são as mesmas de sempre no
poder de poucos privilegiados. É bastante lamentável, à vista dos últimos
acontecimentos protagonizados por “intelectuais” de esquerda, que os defensores
do regime escravagista cubano fiquem venerando os castristas, com a sua
mentalidade programada para impor ao povo da ilha uma vida de descompasso com
as conquistas da modernidade e com as liberdades em todos os sentidos.
Entrementes, verifica-se que o regime ditatorial cubano teve “lúcido” e “extraordinário”
avanço, depois de mais de cinquenta anos de escravidão do seu povo, os cubanos
já podem, agora, se hospedar em hotel, adquirir telefones celulares e
computador e, alguns, obter permissão para viajar para fora do país. Ah! O
cubano também já pode se hospedar em hotel, privilégio que era assegurado aos
turistas estrangeiros. Para o país comunista, o governo está sendo bonzinho e
liberal ao máximo com a concessão dessas “fantásticas” medidas capitalistas
para o seu povo. Causa verdadeiro espanto que ainda têm brasileiros que defendem
com ardor tanto atraso e distanciamento da realidade pelo qual vive o resto do
mundo, no pleno usufruto das liberdades vitais asseguradas à dignidade do ser
humano. A sociedade precisa aprender que as lições vindas de Cuba são um horror
como modelo de regime político, social e econômico, extremamente prejudiciais à
sobrevivência da humanidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 26 de fevereiro de 2013
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