sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A indignidade política


De forma reiterada, ex-senador paraibano pelo PMDB usa os meios de comunicação para evidenciar seu descontentamento com a liderança do seu partido, quanto à sua possível exclusão dos debates sobre a participação dos candidatos visando às eleições de 2014. Com nítida insatisfação, o político disse: “Estamos mostrando o nosso desconforto em relação ao partido, em decorrência de estarem sendo priorizados muitos projetos pessoais. O partido político que prioriza os projetos pessoais de alguns dos seus integrantes, sem se preocupar com a unidade, gera na verdade naqueles que gostam do partido e apostam no seu crescimento e fortalecimento certo desconforto, além de prejudicar a construção de um projeto partidário”. Em que pese a evidente manifestação de ostracismo no âmbito da sua legenda, o político paraibano não pretende deixá-la, tendo condicionada a sua saída do partido a uma conversa com o todo-poderoso do PT e adiantado que já teria conversado com seus correligionários políticos. Ao que se pode perceber, para ser candidato a senador, o político paraibano demonstra total desespero e mostra precipitação na tentativa de fazer qualquer negócio, até sair constrangido da maior legenda do país, que não tem ideologia política senão o fisiologismo como meta, para se filiar ao PT, que é outro partido sem ética e ainda desmoralizado e desgastado ante os últimos atos espúrios de apoio aos candidatos às presidências das Casas do Congresso Nacional, que foram reprovados pela sociedade, em virtude de denúncias de seus envolvimentos em atos irregulares. Em termos de tática e estratégica política, o partido pretendido pelo ex-senador vem dando mostras evidentes e explícitas, como o caso citado, com o objetivo primordial de se manter no poder, não importando o preço do apoio nem a quem ele é feito, porque, na atualidade, prevalece o interesse na preservação das coligações e coalizões absurdas e fisiológicas com políticos censurados no passado, sob a pecha de “antiéticos”, “ladrões” e “bandidos”, por serem políticos destituídos de decoro e de consistência moral, mas isso são coisas do passado, porque o que interessa, agora, é a soberania do poder, que nunca foi tão sedutor. Não há dúvida de que pode resultar atitude precipitada à saída desgastada e desprestigiada de alguém de um partido para se filiar a outra legenda, onde seus “caciques” também professam idênticas ideologias de dominação e de poder. Se conselho servisse para alguma coisa, não era dado, mas, seria de bom alvitre que o autêntico político tivesse a dignidade de se integrar a partido que tenha o exclusivo propósito de trabalhar e servir apenas em benefício da sociedade e o objetivo de praticar políticas limpas e construtivas socialmente, com total repúdio aos conchavos e às priorizações de projetos destinados à realização de interesses pessoais, a exemplo do que vem apregoando com clarividência o nobre ex-senador, que não se conforma com a situação indelicada de fritura política pela qual está sendo submetido pelos seus ilustres correligionários. Urge que os homens públicos se conscientizem sobre a necessidade de defenderem ideias políticos baseados em princípios democráticos visando exclusivamente ao bem comum da sociedade. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 07 de fevereiro de 2013

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