De forma reiterada, ex-senador paraibano pelo PMDB
usa os meios de comunicação para evidenciar seu descontentamento com a liderança
do seu partido, quanto à sua possível exclusão dos debates sobre a participação
dos candidatos visando às eleições de 2014. Com nítida insatisfação, o político
disse: “Estamos mostrando o nosso
desconforto em relação ao partido, em decorrência de estarem sendo priorizados
muitos projetos pessoais. O partido político que prioriza os projetos pessoais
de alguns dos seus integrantes, sem se preocupar com a unidade, gera na verdade
naqueles que gostam do partido e apostam no seu crescimento e fortalecimento certo
desconforto, além de prejudicar a construção de um projeto partidário”. Em
que pese a evidente manifestação de ostracismo no âmbito da sua legenda, o
político paraibano não pretende deixá-la, tendo condicionada a sua saída do
partido a uma conversa com o todo-poderoso do PT e adiantado que já teria
conversado com seus correligionários políticos. Ao que se pode perceber, para ser candidato a
senador, o político paraibano demonstra total desespero e mostra precipitação
na tentativa de fazer qualquer negócio, até sair constrangido da maior legenda
do país, que não tem ideologia política senão o fisiologismo como meta, para se
filiar ao PT, que é outro partido sem ética e ainda desmoralizado e desgastado
ante os últimos atos espúrios de apoio aos candidatos às presidências das Casas
do Congresso Nacional, que foram reprovados pela sociedade, em virtude de
denúncias de seus envolvimentos em atos irregulares. Em termos de tática e
estratégica política, o partido pretendido pelo ex-senador vem dando mostras
evidentes e explícitas, como o caso citado, com o objetivo primordial de se
manter no poder, não importando o preço do apoio nem a quem ele é feito,
porque, na atualidade, prevalece o interesse na preservação das coligações e
coalizões absurdas e fisiológicas com políticos censurados no passado, sob a
pecha de “antiéticos”, “ladrões” e “bandidos”, por serem políticos destituídos
de decoro e de consistência moral, mas isso são coisas do passado, porque o que
interessa, agora, é a soberania do poder, que nunca foi tão sedutor. Não há
dúvida de que pode resultar atitude precipitada à saída desgastada e desprestigiada
de alguém de um partido para se filiar a outra legenda, onde seus “caciques”
também professam idênticas ideologias de dominação e de poder. Se conselho
servisse para alguma coisa, não era dado, mas, seria de bom alvitre que o
autêntico político tivesse a dignidade de se integrar a partido que tenha o
exclusivo propósito de trabalhar e servir apenas em benefício da sociedade e o
objetivo de praticar políticas limpas e construtivas socialmente, com total
repúdio aos conchavos e às priorizações de projetos destinados à realização de
interesses pessoais, a exemplo do que vem apregoando com clarividência o nobre
ex-senador, que não se conforma com a situação indelicada de fritura política pela
qual está sendo submetido pelos seus ilustres correligionários. Urge que os
homens públicos se conscientizem sobre a necessidade de defenderem ideias
políticos baseados em princípios democráticos visando exclusivamente ao bem
comum da sociedade. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 07 de fevereiro de 2013
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