Na forma de medida provisória, o governo brasileiro
liberou a quantia de R$ 60 milhões do Orçamento da União para contratar, sem
licitação, uma estatal para prestar serviços de recuperação e transporte de
equipamentos de geração de energia elétrica. Depois de recuperados, esses
equipamentos deverão ser cedidos à Bolívia, na forma de entendimento previsto
no programa de cooperação energética entre os dois países. O governo brasileiro
alega, como justificativa, que o presidente daquele país solicitou ajuda ao
Brasil para resolver dificuldade de energia da Bolívia, que vem enfrentando
racionamento de eletricidade. Ao que se informam, os equipamentos serão
retirados da Usina Termelétrica do Rio Madeira, localizada em Rondônia, os
quais não estariam sendo utilizados. Ocorre que a citada medida provisória foi
retirada de pauta do plenário da Câmara dos Deputados, com a concordância dos
lideres governistas, fato sem a menor relevância, porque, a falta de votação da
MP acarreta a perda da sua validade, mas, estranhamente, isso não invalida a
efetividade da ajuda do governo brasileiro, tendo em vista que os recursos já tinham
sido disponibilizados, porquanto a medida provisória tem força de lei e seus
efeitos, consistentes na concessão dos repasses financeiros, ocorreram
imediatamente à sua assinatura pela presidente da República. Diante da
constatação de que já não poderia ser anulada a estranha e injustificável ajuda
em causa, houve apenas alguns protestos, sem a menor repercussão, no Plenário
da Câmara, feitos por deputados federais criticando a insensibilidade do
governo brasileiro de estar liberando verbas públicas para a Bolívia enfrentar
seu déficit energético, deixando que a população brasileira continue no crônico
sofrimento decorrente dos abomináveis apagões quase diários em todo país. Alguns
parlamentares da oposição não se conformavam pelo fato de o Brasil entregar de
mãos beijadas a termoelétrica do Rio Madeira à Bolívia, que será reformada e
depois repassada em perfeitas condições de uso, sem o menor pudor quanto à sua
falta para solucionar a carência da população brasileira, que reclama dos
constantes apagões. Outros parlamentares lembraram o recente episódio do
aumento do preço do fornecimento de gás para o Brasil, que foi aceito
normalmente e agora o Brasil dar de presente uma termoelétrica para a Bolívia. O
episódio em referência somente demonstra a forma descuidada e desinteressada
como os recursos dos bestas dos contribuintes são gastos pelo governo, que
libera dinheiros públicos para seus amigos socialistas, em socorro às
necessidades dos países deles, quando o povo brasileiro passa por necessidades
generalizadas, inclusive dos preocupantes apagões que estão ocorrendo
amiudamente em todas as regiões do país, exatamente pela precariedade das redes
de distribuição de energia e pela falta de investimentos na melhoria do complexo
energético, que passa por evidente e progressivo processo de sucateamento dos
equipamentos e de desprezo à necessária modernização do sistema. Compete ao
povo brasileiro avaliar a forma leviana como o governo brasileiro vem
distribuindo recursos públicos aos países comandos por ditadores, que ignoram
os princípios da liberdade, dos direitos humanos e da democracia, em detrimento
dos interesses fundamentais do seu povo e do desenvolvimento do país. As ajudas
financeiras aos países socialistas estão sendo feitas há bastante tempo, a
exemplo da injustificável obra do porto de Mariel, em Cuba, que é um empreendimento
dos mais modernos do mundo e que foi construído no país onde não terá finalidade
nem aproveitamento econômicos, por se tratar de país destroçado pelo truculento
e retrógrado regime comunista, cujos governantes conseguem convencer apenas
seus incautos, que também não fazem questão de enxergar a realidade da
modernidade alcançada pela humanidade dos regimes democráticos, passíveis de
conviver normalmente com os processos de progresso e de desenvolvimento. Urge
que o povo brasileiro repudie a forma irrefletida como os recursos públicos
estão sendo distribuídos graciosamente para os países de governos socialistas,
em detrimento dos interesses nacionais, e se conscientize sobre a necessidade de
se exigir que o governo federal seja responsabilizado, na forma da lei, pelos
atos injustificáveis como esse de doar termelétrica para o país vizinho, quando
há efetiva carência de energia no país tupiniquim. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 07 de fevereiro de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário