quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O poder da incoerêcia e da ingratidão

O governador de Pernambuco declarou que tem certeza de que a presidente da República não será reeleita, tamanho é o seu estado de ânimo quanto à sua vitória, no pleito de 5 de outubro próximo.  O socialista demonstra confiança no seu desempenho, tanto que garante que vai se eleger, não restando chance para os demais candidatos. Os interlocutores do governador têm percebido que ele vem incutindo essa máxima de que já se considera vencedor e não imagina noutra situação senão como presidente eleito. Em harmonia com seu pensamento, o socialista tenciona, na campanha eleitoral, bater duro na presidente da República, para mostra as deficiências do governo dela, aproveitando para enaltecer as qualidades dele, como forma de mostrar que ele tem condições de administrar o país com competência e eficiência. Impende se observar a completa incoerência e a ingratidão do governador de Pernambuco, por ter ficado quase toda administração petista se beneficiando das benesses e das ajudas do governo federal, em especial das transferências de verbas para obras no seu estado, por ter participado efetivamente da composição da base aliada do governo e somente há alguns meses ele decidiu largar os mananciais que irrigavam e satisfaziam plenamente seus interesses políticos e nutriam sua felicidade ao lado do governo que agora pretende descer o malho, somente depois de ter resolvido se candidatar à Presidência da República, em harmonia com pretensões legítimas de quem aspira crescimento nas atividades políticas. Agora não deixa de ser estranho que ele, de repente, passe a discordar dos métodos petistas de governar o país somente depois da viabilização da sua candidatura à Presidência, dando a entender que, se não fosse a nova opção de fazer política solo, a administração do país continuava maravilhosamente sem defeitos para ele e seus asseclas, que faziam parte do governo na sua estrutura superior, inclusive participando efetivamente de ministério e de empresas estatais, com correligionários privilegiados ocupando cargos importantes e de alto poder decisório no governo, ou seja, enquanto o socialista vinha obtendo dividendos que lhe beneficiavam politicamente na administração petista, ele foi incapaz de fazer qualquer queixa contra as precariedades e as deficiências da administração do país. É de se estranhar que o governador pernambucano não tenha reclamado antes das deficiências e dos defeitos da presidente da República, quando ainda participava do governo dela, embora a administração petista tenha se mantido, por todo tempo, em escala retilínea de incompetência, de falta de prioridade das políticas públicas, da falta de investimentos em obras públicas expressivas e de completa complacência com o progressivo crescimento da violência, o tráfico de drogas e de armas nas fronteiras do país e com outras tantas mazelas que contribuem para degringolar a situação de demência do governo federal, que nada faz para melhorar a inaceitável posição do país quanto à avaliação da qualidade de vida da população, medida pelo Índice de Desenvolvimento Humano, que situa o Brasil entre os piores países do mundo, que é incompatível com a condição de potência econômica e de quem figura entre as sete maiores do planeta. Não obstante, os governistas e seus simpatizantes insistem em não enxergar a cruel realidade do país que clama por administração eficiente e capaz de transformar esse quadro de inércia gerencial e de subdesenvolvimento em medidas audaciosas de progresso, contando com os recursos disponíveis no país, que não estão sendo utilizados adequadamente, em razão da falta de capacidade gerencial e de estadista com o talento à altura das potencialidades e da grandeza do Brasil. A sociedade anseia por que o país seja administrado em estrita observância aos preceitos indutores de progresso e de desenvolvimento, com embargo das coalizões espúrias, interesseiras e de conveniências políticas, bem assim das alianças fisiológicas, que somente contribuem para apequenar e denigrir as atividades político-administrativas. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 25 de fevereiro de 2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário