O governador de Pernambuco
declarou que tem certeza de que a presidente da República não será reeleita,
tamanho é o seu estado de ânimo quanto à sua vitória, no pleito de 5 de outubro
próximo. O socialista demonstra confiança
no seu desempenho, tanto que garante que vai se eleger, não restando chance
para os demais candidatos. Os interlocutores do governador têm percebido que
ele vem incutindo essa máxima de que já se considera vencedor e não imagina
noutra situação senão como presidente eleito. Em harmonia com seu pensamento, o
socialista tenciona, na campanha eleitoral, bater duro na presidente da
República, para mostra as deficiências do governo dela, aproveitando para
enaltecer as qualidades dele, como forma de mostrar que ele tem condições de
administrar o país com competência e eficiência. Impende se observar a completa
incoerência e a ingratidão do governador de Pernambuco, por ter ficado quase
toda administração petista se beneficiando das benesses e das ajudas do governo
federal, em especial das transferências de verbas para obras no seu estado, por
ter participado efetivamente da composição da base aliada do governo e somente
há alguns meses ele decidiu largar os mananciais que irrigavam e satisfaziam plenamente
seus interesses políticos e nutriam sua felicidade ao lado do governo que agora
pretende descer o malho, somente depois de ter resolvido se candidatar à
Presidência da República, em harmonia com pretensões legítimas de quem aspira
crescimento nas atividades políticas. Agora não deixa de ser estranho que ele,
de repente, passe a discordar dos métodos petistas de governar o país somente
depois da viabilização da sua candidatura à Presidência, dando a entender que, se
não fosse a nova opção de fazer política solo, a administração do país continuava
maravilhosamente sem defeitos para ele e seus asseclas, que faziam parte do
governo na sua estrutura superior, inclusive participando efetivamente de
ministério e de empresas estatais, com correligionários privilegiados ocupando
cargos importantes e de alto poder decisório no governo, ou seja, enquanto o
socialista vinha obtendo dividendos que lhe beneficiavam politicamente na
administração petista, ele foi incapaz de fazer qualquer queixa contra as
precariedades e as deficiências da administração do país. É de se estranhar que
o governador pernambucano não tenha reclamado antes das deficiências e dos
defeitos da presidente da República, quando ainda participava do governo dela,
embora a administração petista tenha se mantido, por todo tempo, em escala
retilínea de incompetência, de falta de prioridade das políticas públicas, da
falta de investimentos em obras públicas expressivas e de completa complacência
com o progressivo crescimento da violência, o tráfico de drogas e de armas nas
fronteiras do país e com outras tantas mazelas que contribuem para degringolar
a situação de demência do governo federal, que nada faz para melhorar a
inaceitável posição do país quanto à avaliação da qualidade de vida da
população, medida pelo Índice de Desenvolvimento Humano, que situa o Brasil
entre os piores países do mundo, que é incompatível com a condição de potência
econômica e de quem figura entre as sete maiores do planeta. Não obstante, os
governistas e seus simpatizantes insistem em não enxergar a cruel realidade do
país que clama por administração eficiente e capaz de transformar esse quadro
de inércia gerencial e de subdesenvolvimento em medidas audaciosas de
progresso, contando com os recursos disponíveis no país, que não estão sendo
utilizados adequadamente, em razão da falta de capacidade gerencial e de
estadista com o talento à altura das potencialidades e da grandeza do Brasil. A
sociedade anseia por que o país seja administrado em estrita observância aos
preceitos indutores de progresso e de desenvolvimento, com embargo das
coalizões espúrias, interesseiras e de conveniências políticas, bem assim das
alianças fisiológicas, que somente contribuem para apequenar e denigrir as
atividades político-administrativas. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de fevereiro de 2014
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