Segundo pesquisa
realizada pelo Ibope, encomendada e divulgada pelo site do jornal O Estado de S.Paulo, a aprovação do
governo federal caiu de 43%, em dezembro, para 39% neste mês. Foram ouvidos, na
pesquisa, 2.002 eleitores em 141 municípios. De acordo com o histórico das pesquisas
promovidas por esse instituto de opinião, a aprovação ao governo vem de altos e
baixos, com constantes oscilações a partir das manifestações de protestos de
junho último. Logo no mês de julho seguinte, houve significativa queda da aprovação
do governo petista, que despencou do nível alcançado de “ótimo" ou
"bom" de 55% para 31%, mas, ainda no mês seguinte, o índice subiu
para 38%, que manteve entre 37% e a 39% até novembro. Não chega a ser novidade
que a melhor aprovação do governo vem no Nordeste, com 51%, cuja região, por ter
o maior bolsão de pobreza, recebe os maiores cuidados assistencialistas do bolsa
família. Em contraposição, as piores taxas de aprovação estão no Sudeste e Norte/Centro-Oeste,
respectivamente com os percentuais de 33% e 32%. O Ibope esclarece que o
governo tem melhor desempenho entre o eleitorado com mais de 55 anos (45%),
escolaridade até a quarta série do ensino fundamental (50%) e renda de até um
salário mínimo (49%) e as piores taxas de aprovação no eleitorado com menos de
24 anos (35%), escolaridade superior (26%) e renda de mais de cinco salários
mínimos (34%), ou seja, esses fatos podem ajudar a se inferir que o eleitorado
com menor nível escolar e com emprego situado na faixa do salário mínimo demonstrou
que não tem muita preocupação com a qualidade da administração do país ou com
as precariedades da prestação dos serviços públicos da incumbência
constitucional do Estado, o que vale dizer que é de somenos importância que a
administração do país tenha ou não por consecução os objetivos de eficiência e resultados satisfatórios. O governo que é acusado de lotear os ministérios e as
empresas públicas entre os partidos políticos, em espúria coalizão de
interesses e conveniências políticas, em evidente troca de apoio e de horário
eleitoral, em detrimento dos interesses nacionais, jamais poderia contar com a
aprovação da sociedade, por mais rude que seja, porque isso contribui para o
comodismo do governante, que termina acreditando que o seu governo não é
medíocre. Além dessas alianças prejudiciais ao interesse público, o governo petista
não teve capacidade para promover as reformas da estrutura do Estado,
principalmente do sistema tributário, que permite que a carga tributária
tupiniquim seja uma das maiores e escorchantes do mundo, fator a indicar
sensível prejuízo à economia da população, por agravar injustamente o seu bolso.
Outro fato que agrava a situação do governo diz respeito à prioridade dada à
construção de porto moderno em Cuba, logo no país que desrespeita os direitos
humanos e menospreza os princípios saudáveis da democracia, submetendo seu povo
aos porões do subdesenvolvimento e do retrocesso humanitário, quando aqui no
país os portos, as estradas, a segurança pública, os hospitais, as escolas, o
saneamento básico e demais serviços públicos passam por seríssimas e terríveis
dificuldades. Somente esses episódios já eram mais do que suficientes para
total reprovação desse governo, que também consegue colocar o país entre os
piores quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano, justamente pela falta de
prioridades à prestação dos serviços essenciais à população. Infelizmente, os
programas assistencialistas têm sido responsáveis por justificar aprovação
elevada do governo, justamente por falta de alternativas capazes de demonstrar
efetividade na administração do país. É extremamente decepcionante se perceber
que o maior índice de aprovação do governo petista venha exatamente do
Nordeste, diante do completo desprezo demonstrado por ele por ocasião da
terrível seca, que dizima as pessoas e os animais, sem que sejam adotadas as
medidas capazes de, senão solucionar a questão, amenizar e suavizar o
sofrimento dos sertanejos. É de se lamentar a intrigante simpatia pelo trabalho
da presidente por parte das pessoas com menor nível cultural, quase a
justificar o pouco interesse do governo em investir na educação, permitindo que
o índice de analfabetismo seja espantoso e estarrecedor para o país com as
potencialidades do Brasil, que já deveria ter alcançado os países desenvolvidos
há bastante tempo, caso fosse governado com a competência que ele exige e
merece. A sociedade tem que se conscientizar sobre a urgente necessidade de o
país ser administrado com a competência compatível com as suas grandezas
territoriais e econômicas, sob pena de continuar padecendo na tristeza do eterno
subdesenvolvimento. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 22 de fevereiro de 2014
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