Os mais variados segmentos da economia
sinalizam com maus agouros para o desempenho e a expansão do país, no que diz
respeito ao crescimento do Produto Interno Bruto – PIB, cujo resultado do primeiro
trimestre do ano não passou de 0,2%, com tendência de que as atividades
econômicas não esbocem reações animadoras para a superação do fracasso
demonstrado no aludido período. Na realidade, os termômetros de avaliação do
Banco Central do Brasil indicam crescimento pouco convincente, confirmando tão
somente a piora da pálida situação da economia nacional, com demonstração do agravamento
do estado letárgico e da forte tendência ao rumo inadmissível de estagnação que
se avizinha, que é o crescimento negativo do país. O certo é que os
economistas, os papas do ramo, não acreditam que possa haver reação da economia,
à vista do recuo, em março, de 0,3% da produção industrial, que não foi
compensado pelo varejo no mês seguinte, a exemplo do que sempre ocorria nos
anos anteriores. Ante as restrições à concessão de créditos e à redução dos
incentivos fiscais, que são desfavoráveis à venda de bens duráveis, os
especialistas rebaixaram suas expectativas sobre a expansão econômica deste
ano, que deverá ser o quarto ano consecutivo de baixo crescimento da economia
brasileira. A continuidade do fraco ritmo da expansão da economia tende a
comprometer seriamente a manutenção do ainda bom nível do emprego e da renda. Não
obstante, os economistas nutrem a esperança de retomada da economia mundial, em
especial dos Estados Unidos da América, que é o principal parceiro comercial do
Brasil, e a queda mais consistente, no plano interno, da inflação, por serem
fatores capazes de impulsionar as atividades industriais, como forma de
incrementar as exportações e o aquecimento do consumo interno. É lamentável
como o Brasil, possuidor de ímpares potencialidades econômicas, à vista das
suas riquezas nos mais variados segmentos da economia, seja obrigado a passar
por situação de precariedade quanto ao desempenho da economia, por culpa da
evidente incompetência da equipe econômica do país, ante as leviandades
perpetradas pela administração, principalmente mediante as espúrias coalizões de
governabilidade, que possibilitaram o gerenciamento dos negócios do país, na
sua maioria, por políticos incapacitados e despreparados para o exercício de
importantes cargos de direção. Na verdade, à luz dos fatos materializados na
sua longeva e improdutiva gestão, o governo, nesse particular, deixa importante
lição de como não se deve administrar o país com as qualidades e
potencialidades como o Brasil, que exige bastante competência e muita
responsabilidade. O próximo governante da nação tem o dever de assumir firme
compromisso com o gerenciamento da economia nos melhores padrões de qualidade,
sob o comando de especialistas de escol e altamente preparados, de modo que o
gerenciamento da economia e de resto do país seja efetivamente valorizado sob o
prisma da eficiência e da modernidade dos fundamentos e dos princípios devidamente
adequados à economia mundial, sem perder de vista a premência das
imprescindíveis reformas dos sistemas e das estruturas pertinentes às
atividades econômicas, em especial das políticas tributária e fiscal, como
forma de se priorizar o beneficiamento ao processo industrial e aos
investimentos estrangeiros, que foram prejudicados sobremodo pelo famigerado
custo Brasil, que tem sido motivador implacável da desindustrialização nacional.
Compete à sociedade se conscientizar, com a máxima urgência, de que o modelo
econômico vigente vem contribuindo positiva e progressivamente para o
subdesenvolvimento do país, ante a forte resistência aos princípios modernizantes
dos sistemas econômicos, abraçados por pensamentos retrógrados e dissociados da
realidade mundial. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 16 de agosto de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário