domingo, 31 de agosto de 2014

Irresponbsabilidade de avaliação

A enorme distância que separa a realidade brasileira e o pensamento dos amantes da administração do país se traduz exatamente em enxergar com os olhos do surrealismo e do imaginário os fatos, sob a exclusiva concepção de que o país não precisa ser administrado com competência e eficiência, basta apenas ter compromisso com a distribuição de renda, mediante o assistencialismo pelos programas sociais, possivelmente com viés eleitoreiro, para que parcela significativa da sociedade entenda que não se deve trocar o certo pelo duvidoso, em termos de mudanças gerenciais. Em se tratando de nação, convém que o governo seja avaliado sob a sua real competência administrativa e gerencial. No caso do governo petista, que prometia ser o mais ético e moral da face da Terra, logo que assumiu o poder fez aliança com os políticos da pior espécie, aqueles que seus caciques os consideravam como pilantras, picaretas, corruptos etc., cuja união perdura até a atualidade, com os quais mantém coalizões de governabilidade, sob a manutenção do execrável fisiologismo ideológico, mediante o loteamento de ministérios e empresas estatais entre os partidos de sustentação da base do governo. As pessoas que amam o governo ignoram completamente as graves irregularidades, denominadas de malfeitos pela presidente, envolvendo recursos públicos ou desmoralização dos princípios ético, moral e de dignidade, a exemplo do famigerado escândalo do mensalão, que abalou os pilares da República, tendo como resultado a condenação dos mensaleiros, alguns integrantes da cúpula petista, pelo Supremo Tribunal Federal, à vista das robustas provas carreadas aos autos pertinentes, o rumoroso caso da compra da sucateada refinaria de Pasadena, por preços superfaturados, causando gigantesco prejuízo ao patrimônio da Petrobras, com perda de quase a metade do seu capital, cuja empresa já foi orgulho dos brasileiros, por sua eficiência operacional e pelos auspiciosos resultados econômico-financeiros. Entre tantas outras irregularidades protagonizadas no âmbito do governo, cujos resultados não se têm notícia, a exemplo da Operação Porto Seguro, envolvendo servidora da Presidência da República que ocupava gabinete ocioso em São Paulo. Os simpatizantes do governo por certo concordam com os elevadíssimos investimentos realizados em Cuba, na construção de moderno porto, estradas, aeroportos, obras públicas etc., com recursos dos otários dos brasileiros, quando obras semelhantes no Brasil padecem do lamentável sucateamento e do desprezo do Estado. Os apaixonados pelo PT certamente concordam que a presidente da República conceda a países africanos dispensa do pagamento de empréstimos para obras naqueles países, realizadas exatamente por empresas brasileiras responsáveis por suntuosos financiamentos de campanhas de políticos governistas, embora toda essa dinheirama seja oriunda dos bolsos dos tolos dos brasileiros, a qual poderia ser integralmente aplicada aqui no Brasil. Os defensores do governo devem se orgulhar das ajudas financeiras igualmente aos demais governantes socialistas sul-americanos, quando os brasileiros continuam carecendo da prestação de serviços públicos de qualidade, a exemplo das reclamações objeto das manifestações das ruas, denunciando o desgoverno, que foi reconhecido pelos líderes, de que o povo precisava de mais e melhor qualidade de saúde, de educação, segurança pública, saneamento básico, infraestrutura e, enfim, de efetiva presença do Estado, com eficiência e competência. É evidente que os defensores desse governo se satisfazem em continuar vendo o Brasil elencado nos piores lugares da avaliação por organismo da ONU do Índice de Desenvolvimento Humano, sendo ultrapassado por países de pouca expressão, em termos de potencialidades e grandezas econômicas, fato esse que demonstra o irrisório tamanho da competência dos administradores públicos, que desprezam a imperiosa necessidade de investir em áreas sociais prioritárias. Enfim, as mazelas e as precariedades desse governo são reveladas na condução das políticas econômicas, embora ele assegure que a situação ainda não é de crise e muito menos desespero, mesmo com a reiterada retração do crescimento econômico, demonstrada pelo pífio desempenho do Produto Interno Bruto, que nos últimos trimestres resolveu andar de marcha à ré, quando os países emergentes, que enfrentam as mesmas dificuldades internacionais da economia, conseguem desempenho satisfatório de suas atividades econômicas. As lições de incompetência e ruindades administrativas e gerenciais do governo são tantas que somente os conformados com a mesmice, o atraso e a resistência às mudanças na gestão dos recursos públicos ainda conseguem dar crédito a quem já demonstrou, de forma cabal, pelos reiterados exemplos de muitos anos, que a sua continuidade certamente não fará bem ao país e muito menos ao seu povo, que precisa se conscientizar sobre a urgente necessidade da injeção de sangue novo nas veias da administração pública, como tentativa da consecução de políticas e ações renovadas com a oxigenação de novos hábitos e de novas práticas políticas, se possível, completamente contrárias à maneira como o país vem sendo administrado nos últimos tempos, evidentemente preservadas as medidas que demonstraram o atendimento e a satisfação do interesse público, admitidos os aperfeiçoamentos e as adaptações peculiares à nova gestão do país, que não pode prescindir da participação da efetiva da sociedade, como forma de contribuir para o desenvolvimento social, político, econômico e democrático. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 30 de agosto de 2014

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