sábado, 9 de agosto de 2014

Pesquisas artificiosas e prejudiciais

Não há a menor dúvida de que o fanatismo político, que conseguiu manipular a mentalidade de significativa parcela das pessoas para somente entender que governo bom é aquele que foi capaz de exacerbar o assistencialismo, mediante o que foi denominada política de distribuição de renda às pessoas carentes, em desprezo das demais políticas nacionais, as pesquisas de preferência eleitoral deixam de conferir o retrato fiel e real da opinião dos brasileiros sobre o preciso significado do que seja governar plenamente o país, tendo em conta o conjunto das responsabilidades atribuídas constitucionalmente ao estadista. Diante desse quadro de incertezas e de desconhecimento sobre a realidade quanto às verdadeiras responsabilidades do presidente da República, é possível se intuir que as pesquisas de opinião, na atualidade, não passam de meras manipulações artificiosas de resultados com o objetivo de incitar a sociedade a continuar tolerando o governo impregnado de vícios e desacertos, que teve a enorme culpa de desviar o país dos rumos do desenvolvimento e do progresso, com a implementação de políticas chamuscadas pelo espúrio e inescrupuloso fisiologismo político, que foi capaz de contribuir para o retrocesso social, econômico, político e democrático, tendo por princípio tão somente o fortalecimento do seu projeto de permanência no poder, mediante o emprego de mecanismos prejudiciais aos interesses da sociedade e do país. Seria muito bom se o resultado das pesquisas eleitorais refletisse realmente a situação fática da administração do país, porquanto os frios percentuais são apresentados à nação absolutamente sem qualquer justificativa quanto aos critérios adotados com relação, por exemplo, à divisão das regiões (Nordeste, Sudeste, Sul etc.), à escolaridade dos entrevistados (ante a alta incidência de analfabetos), à classe social etc., haja vista que, cientificamente, as pesquisas não podem refletir genericamente os números, sem as qualificações e características que as justifiquem, eis que esses fatores são importantes para a definição e a ponderação do resultado pretendido, em termos de predominância do eleitorado, principalmente por ser notório que, nas localidades de maior densidade da execução do assistencialismo governamental, por meio do beneficiamento do Bolsa Família, há maior intenção de votos favorável à candidata petista, em cuja avaliação discrepa claramente de outras regiões com menor incidência desse programa. Outra questão importante diz respeito à avaliação feita em regiões que não podem ter o mesmo peso se considerados os eleitores do Nordeste e do Sudeste ou do Sul, levando-se em conta a mesma quantidade de pessoas pesquisadas, exatamente porque a cultura dos eleitores pode não ser idêntica, de modo que a avaliação do governo também é completamente diferente. Não somente esses fatores, mas o diminuto universo das pessoas pesquisadas, com aproximadamente cinco mil eleitores, entre 140 milhões de eleitores habilitados, contribui para que não se possa fazer juízo de valor sobre possíveis situações de definição quanto à preferência do eleitorado, principalmente porque há evidente demonstração por parte dos entrevistados de total desconhecimento acerca da incompetência e da incapacidade administrativa do governo, que tem sido absolutamente insensível às causas da nacionalidade, no seu conjunto. É evidência que, à exceção da deficiente execução do Bolsa Família, único programa desenvolvido pelo governo, sabidamente com finalidade eleitoreira, nenhuma reforma da estrutura do Estado foi implementada nos últimos 11 anos, que certamente teria o condão de contribuir para o desenvolvimento social, econômico, político e democrático do país. Induvidosamente os beneficiários do Bolsa Família e os fanáticos políticos não têm a menor preocupação quanto à necessidade de reformas tributária, previdenciária, trabalhista, administrativa, política, tecnológica, judiciária etc. para a consecução do imprescindível progresso da nação, porque isso não afeta em nada seus interesses. Também não deve fazer a menor ideia, para eles, se a falta das reformas estruturais é ou não preponderantemente prejudicial ao país e à sociedade, mesmo que o obsoleto e ultrapassado sistema vigente esteja contribuindo decisivamente para a desindustrialização nacional, cujos reflexos têm se verificado na retirada do país dos investimentos estrangeiros, no vertiginoso crescimento da falta de competitividade da produção nacional, no aumento do desemprego e na diminuição da renda, entre outros danos aos interesses do país, de modo que as deficientes políticas públicas vigentes estão contribuindo para o sufocamento dos sistemas econômico e produtivo, justamente em razão dos gargalos patrocinados pelo inadmissível custo Brasil, que é teimosamente mantido pela cristalina incapacidade gerencial e administrativa do governo, que teve a irresponsabilidade de tão somente priorizar as alianças espúrias e inescrupulosas apenas com o objetivo do fortalecimento de apoio político ao seu projeto político de perenidade no poder, em absoluto detrimento aos interesses da sociedade e do país. Compete à população se conscientizar sobre a urgente necessidade de mudanças na gestão dos recursos públicos  e exigir imediatas reformulações das estruturas dos sistemas fundamentais da nação, de modo que as transformações sejam capazes de aperfeiçoar e modernizar o Estado para o seu ingresso no rol dos países evoluídos e desenvolvidos social, política, econômica e democraticamente. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 08 de agosto de 2014

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