Mediante
mensagem enviada a clientes, uma importante empresa de consultoria econômica prevê
que a presidente da República será reeleita e afirma que, em consequência, o
cenário mais provável para o país será a desastrosa "continuidade da mediocridade". Essa avaliação político-econômica
teve por base os panoramas da economia brasileira e mundial. O documento
enfatiza que, na proximidade da eleição, "A presidente está plantada numa sólida diferença para os
demais candidatos que, se não é confortável, é desencorajante". Na
mensagem, é reconhecido que o horário eleitoral gratuito, na TV, "pode embaralhar as cartas, mas a
presidente vai dispor de muito mais tempo que os outros para 'alertar' a classe
baixa de que a elite está tentando anular suas conquistas e trazer de volta um
passado de dificuldades.". A conclusão da mensagem é bastante enfática
de que "É por isto que, visto de
hoje, o cenário mais provável é a continuidade da mediocridade, do
descompromisso com a Lógica, do mau humor prepotente do poste que se
transformou em porrete contra o senso comum.". O texto é assinado por
quatro economistas, sendo que uma delas declarou à imprensa que a consultoria
escreve exclusivamente para os seus clientes: "Eles pagam pela nossa independência", não tendo ligação com
partidos políticos. Segundo os autores, o objetivo da sua análise é traçar
"o cenário mais provável e os
impactos para economia no momento após a eleição". Segundo suas
estimativas, a candidata petista tem entre 60% e 70% de chance de ser reeleita.
Há dias atrás, um importante banco enviou para cliente "vip" texto com
previsão alarmante, segundo a qual o dólar subiria e a Bolsa de Valores
despencaria caso a presidente seja reeleita. O conteúdo desse documento causou
enorme mal-estar entre o banco e o governo, tendo a cúpula do PT condenado, de
forma exagerada, o entendimento do banco, que foi obrigado a demitir os responsáveis
pela notícia contrária ao interesse petista, cujo comunicado do banco foi
acompanhado de pedido de desculpas. A previsão da consultoria, constante do
relatório, é de que o PIB deve crescer 1,1% neste ano, acenando para
perspectiva mais positivo do que o horizonte traçado pela maioria dos analistas
econômicos, inclusive da previsão feita pelo Banco Central, que projeta o
crescimento do PIB para 0,81% neste ano. Como quem querendo evitar que a sua
conclusão não se torne objeto de revide furioso por parte da cúpula governista,
a consultoria considera desastroso o desempenho da presidente, na condução das
políticas econômicas, classificando-a como medíocre, mas suaviza sua preocupante
assertiva com outra bastante alentadora sobre as chances de vitória da petista,
em percentual bastante acima do mínimo exigido de cinquenta e um por cento dos
votos. Não obstante, não deixa de ser importante o alerta sobre a precariedade da
administração do país pela petista, que conseguiu ter uma dos mais medíocres
gestões dos recursos públicos, principalmente pela implementação de políticas
de priorização e valorização de alianças com políticos e partidos visivelmente ávidos
para a consecução de objetivos inerentes à satisfação de seus interesses, em cristalino
detrimento das causas nacionais, contrariando em substância os princípios
republicanos. Parece não haver a
menor dúvida de que procede a catástrofe anunciada pela aludida empresa de
consultoria, quanto aos tenebrosos e medíocres dias que poderão advir com o
segundo mandato da petista, principalmente à vista da comprovação do seu pífio
desempenho, notadamente com relação ao crescimento das dívidas públicas; ao
descontrole das contas públicas; à alta da inflação; à desindustrialização
nacional, em consequência do famigerado custo Brasil; às maiores taxas de juros;
à pesada carga tributária; à crônica precariedade da prestação de serviços
públicos, com significativa afetação do Índice de Desenvolvimento Humano, evidenciando
enorme distanciamento do Brasil dos países desenvolvidos; ao artificialismo da
contabilidade pública, que tem o condão de distorcer a exatidão do resultado da
gestão das contas públicas e de gerar descrédito sobre ele; entre tantas
precariedades da administração do país, permeada por bastantes escândalos e
casos de corrupção, a exemplo das denúncias de irregularidades em vários
ministérios, obrigando a exoneração de seus titulares, e, por último, na
Petrobras, objeto de investigações por CPIs do Congresso Nacional. O desastre da
continuidade desse governo se torna ainda maior e evidente porque ela conta com
o respaldo da maioria da população que tem a indignidade de chancelar a clara
mediocridade da gestão de seus recursos, que devem ser aplicados, por força de
princípios constitucionais e legais, com eficiência e eficácia, em estrita
observância aos preceitos, em especial, da moralidade, legalidade e
economicidade. Contudo, a maior irresponsabilidade social poderá se confirmar
com a reeleição da presidente porque isso dar entender a ela que o país vem
sendo administrado com eficiência e de forma satisfatória, quando os resultados,
principalmente econômicos e políticos, contradizem completamente a vontade da
maioria dos brasileiros, que demonstra desconhecer a verdade sobre as mazelas e
as precariedades da gestão pública, que impedem em definitivo a continuidade do
governo. A sociedade tem o dever cívico e patriótico de se conscientizar sobre
a urgente necessidade de evitar a continuidade do tenebroso e medíocre desgoverno,
de modo que a mudança da administração do país possibilite urgente retomada do
crescimento social, político, econômico e democrático. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 11 de agosto de 2014
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