Todo brasileiro teria mais do que a obrigação de
conhecer a admirável e fantástica história da vida pública e política da ex-primeira-ministra
da Alemanha, senhora Angela Merkel, que, pasmem, deixa o relevante cargo,
depois de trabalhar por seu povo e seu país, por 18 anos e somente, vejam,
somente colecionou muitos, calorosos e ensurdecedores aplausos, em tão longo
período de gestão pública.
Consta que ela contribuiu para o engrandecimento e
o progresso socioeconômico daquele país, que é considerado a primeira economia da
Europa, graças aos esforços dessa girante e nobre política e estadista,
extremamente consciente das finalidades precípuas inerentes ao relevante cargo
exercido por ela, sob o prisma da rigorosa cartilha do boa e competente administradora,
de ter se tornado símbolo da servidora do Estado, tendo como primado a fiel observância
dos princípios da competência, efetividade, eficiência e responsabilidade, à
luz do regramento da legitimidade na execução dos seus atos na vida pública.
Vejam, senhores brasileiros, que história linda de
pessoa que serviu ao seu país, com muita bravura e competência, e não se serviu
dele, com o natural aproveitamento, como quase todos os políticos fazem,
indistintamente os vermes da maioria dos políticos brasileiros, que se
profissionalizam na vida política para usufruírem do poder e das suas notórias influências,
por todo tempo que ficarem nela.
Se digo que muitos os políticos são aproveitadores,
tomo por base a vida do principal deles, o príncipe da corte, que mora em palácio,
quando poderia morar normalmente na sua casa e sem mais quaisquer regalias, exatamente
porque nada justifica que o servidor público, não importando o seu nível de
incumbência na administração pública, nem mesmo o presidente do país, mereça qualquer
privilégio para exercer o seu cargo, senão a própria remuneração, que já mais
do que suficiente para a manutenção das suas despesas normais.
Esse mesmo entendimento pode perfeitamente ser aplicado
aos demais servidores do Estado, a exemplo do que acontece na iniciativa
privada, por maior que seja a empresa, onde todos os funcionários recebem os salários
de acordo com a importância dos cargos que eles ocupam e nada mais, porque isso
condiz precisamente com os princípios da dignidade, da civilidade e da razoabilidade,
em termos de padronização de honestidade, onde há justeza condizente com o trabalho,
a competência e a responsabilidade, sem as excrescências e os abusos embutidos
nos privilégios e nas regalias atribuídas na sebosa e precária administração pública
brasileira.
Tudo isso é puro reflexo que condiz com as naturais
involução e irresponsabilidade do pernicioso sistema político tupiniquim, que
faz questão de se manter entre os piores do mundo, em termos de competência,
eficiência e efetividade, evidentemente em detrimento dos interesses da sociedade,
que é obrigado a arcar com o ônus de uma das cargas tributárias mais pesadas do
universo, para receberem - quando isso seja possível - em troca deficientes e precários
serviços prestados pelo capenga e desestruturado Estado.
A propósito, vejam a seguir, nobres brasileiros, a importância
do extraordinário do trabalho de exemplar servidora pública, que exerceu o mais
importante cargo público da Alemanha, o de primeira-ministra, mas nunca deixou
de ser pessoa normal como os seus compatriotas, nem se tornar a melhor do que
os demais servidores públicos, exatamente porque seus hábitos se mantiveram no
mesmo nível de sempre, conforme mostra a elucidativa reportagem a seguir,
dizendo que o agradecimento da população a ela rendeu, pasmem, 6 minutos de
aplausos da nação, repita-se: aplausos de 6 minutos de toda nação.
“ALEMANHA DESPEDIU-SE DE ANGELA MERKEL: Com
seis minutos de calorosos aplausos, nas ruas, varandas, janelas, todo o País
aplaudiu durante 6 minutos - um exemplo espetacular de liderança e defesa da
humanidade, tiro o chapéu! Os alemães a elegeram para os liderar e ela liderou
80 milhões de alemães por 18 anos com habilidade, dedicação, sinceridade e
honestidade. Ela não disse bobagem. Ela não apareceu nas ruas
secundárias de Berlim para ser fotografada. Ela foi apelidada de ‘A Senhora
do Mundo’ e foi descrita como o equivalente a seis milhões de homens. Durante
esses dezoito anos de liderança em seu país, nenhuma transgressão foi
registrada contra ela. Ela não designou nenhum de seus parentes para um
cargo governamental. Ela não afirmou ser a criadora de glórias. Ela
não recebeu milhões de euros em pagamento, ninguém aplaudiu seu desempenho, ela
não recebeu alvarás e promessas, ela não lutou contra aqueles que estiveram
antes dela. Merkel deixou a posição de liderança do partido e a entregou a seus
sucessores, e a Alemanha e seu povo alemão estão nas melhores condições. A
reação dos alemães foi sem precedentes na história do país. Toda a
população saiu de suas casas para suas varandas e espontaneamente torceu por ela
por 6 minutos consecutivos. Uma ovação de pé em todo o país. A Alemanha
despediu-se da sua líder, uma físico-química que não foi tentada pela moda ou
pelo iluminismo e não comprou imóveis, carros, iates ou aviões particulares,
sabendo que “ela é da antiga Alemanha Oriental. Ela deixou seu cargo depois de
posicionar a Alemanha no topo. Ela foi embora e seus parentes não pediram
mais. Dezoito anos e nunca mudou de guarda-roupa. Em uma entrevista
coletiva, um repórter perguntou a Merkel: - Notamos que você está usando sempre
o mesmo terno, não tem um diferente? Ela prontamente respondeu: ‘Sou
funcionária do governo e não modelo’. Em outra
entrevista coletiva, perguntaram-lhe: Você tem empregadas que limpam sua
casa, preparam suas refeições, etc.? Sua resposta foi: "Não, não
tenho servos e não preciso deles. Meu marido e eu fazemos esse trabalho em casa
todos os dias. Em seguida, outro repórter perguntou: Quem lava a roupa, você ou
seu marido? Sua resposta: Eu arrumo a roupa, e é meu marido que liga a
máquina de lavar, e geralmente é à noite, porque a energia elétrica está mais
disponível e não há pressão, e o mais importante é ter cuidado para não causar
qualquer inconveniente para os vizinhos, felizmente, a parede que separa nosso
apartamento dos vizinhos é grossa. Ela disse a eles: ‘Eu esperava que
vocês me perguntassem sobre os sucessos e fracassos de nosso trabalho no
governo?’. A Sra. Merkel mora em um apartamento normal como qualquer outro
cidadão. ‘Ela já morava nesse apartamento antes de ser eleita Chanceler
da Alemanha. Ela não o trocou e não possui uma vila, empregados, piscinas
ou jardins.’. Merkel, a agora ex-chanceler alemã, a engenheira da maior
economia da Europa!”.
Em tom de brincadeira irônica, parece até que essa maravilhosa
senhora, extremamente competente, aplicou, no governo alemão, as relevantes
lições hauridas dos decadentes e miseráveis políticos tupiniquins, sabendo que
todos sempre deixam seus cargos já no maior sufoco, quando ninguém mais aguenta
tantos desvios de finalidade, incompetência, deficiências e precariedades na prestação
dos serviços públicos, insatisfações, entre tantas outras mazelas na gestão
pública, que eles realmente merecem aplausos em sentido inverso, precisamente por
terem ido embora tão tardiamente e sem deixarem a menor saudade, diante dos péssimos
exemplos de pura mediocridade no exercício de cargos públicos eletivos.
Pobre
Brasil, que, em termos de gestão pública, se encontra nas trevas e, o pior, sem
a menor perspectiva de se encontrar o rumo do caminho certo, ante a gritante
falta de interesse da sociedade em se evoluir politicamente, no sentido de se
aprimorar na escolha de seus representantes na política, quanto à verdadeira seleção
das reais qualidades deles, em termos de comprometimento com a exclusiva defesa
dos interesse da população.
É simplesmente inacreditável como o país com a
grandeza do Brasil somente apareçam homens públicos da mesma estirpe, com a
mesma mentalidade medíocre, tendo como principal pensamento a divisão dos
brasileiros, entre “nós contra eles”, cujo nefasto resultado tem ajudado a contribuir
cada vez mais para a desgraçada polarização e a desunião, que têm o condão de atrasar
o progresso de todos.
Aplausos para os alemães, que, de maneira
inteligente, souberam escolher pessoa certa para cargo certo e o resultado é
isso aí: aplausos para quem faz jus pelos louros do seu brilhante e
reconhecido pelo importante trabalho em defesa e satisfatoriedade dos alemães,
que se beneficiaram pela competência, eficiência e responsabilidade do trabalho
dedicado ao bem comum, como assim deve ser para servir de exemplo para o mundo
que ainda engatinha, em termos de política e administração de qualidade e
responsabilidade públicas.
Com base nos espetaculares ensinamentos de vida pública
da ex-ministra da Alemanha, a dama Angela Merkel, os brasileiros bem que
poderiam se interessar em aprender, finalmente, a maneira certa de votar nas
pessoas certas, com a finalidade de escolher os melhores candidatos para exercerem
os relevantes cargos púbicos em defesa de seus interesses, tendo a certeza de que,
com isso, os resultados hão de vir exatamente por meio do trabalho compete e
voltado exclusivamente para a satisfação da sociedade.
Associo-me aos aplausos dos alemãs a essa servidora
pública de estirpe nobre e superior, que se tornou símbolo e exemplo de
qualidade a serem seguidos pelos países cujo povo precisa deliberar pela sua grandeza,
em termos de gestão pública de competência e responsabilidade.
Brasília, em 12 de agosto de 2021
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