Uma palavra minúscula de apenas três letras, chamada carinhosamente
de pai pode ter expressão graúda e significado infinito na vida de seus filhos,
por conter na sua figura paterna a força, as virtudes e a marcar do seu DNA representativos
da sua personalidade.
Certamente que os atributos
ínsitos do pai podem ser capazes de nortear para sempre a vida de seus filhos,
pelos bons exemplos tanto de sustentabilidade familiar, por ser normalmente o principal
líder da sua célula, como também a pessoa que tem a incumbência de ser símbolo
de coragem, disposição, dignidade e sobretudo do autêntico tutor das boas ações
de seus descendentes.
É evidente que meu pai Vaneir,
nos seus tempos áureos das suas robusteza e higidez serviu de meu herói, como
pessoa que eu o admirava, por sua disposição para o trabalho, tendo enorme
senso de responsabilidade sobre o dever do pai que tinha a obrigação de levar
alimentos para casa e isso ele fazia com a ferocidade dos bravos.
Eu o admirava por sua
dedicação quando encarava o cabo da enxada, da foice, do machado e dos demais equipamentos
próprios da agricultura, porque eu sempre estava com ele na roça e o
acompanhava em todos os duros serviços inerentes à plantação.
Eu era menino e tinha o
dever de estar com ele em todos os serviços da roça, onde se plantavam o milho,
o feijão, o arroz, o algodão.
O cuidado dessa lavoura
exigia a capina e era aí que a porca torcia o rabo, porque eu tentava acompanhá-lo
no eito, mas era tarefa impossível, posto que papai tinha muita garra, que era imbatível
no comando da enxada e eu não chegava nem perto dele, por mais que me
esforçasse.
Essas memórias fazem
parte das boas lembranças do meu amado papai Vaneir, em especial quando ele
ainda tinha saúde e o verdadeiro sentimento da responsabilidade sobre a criação
de enorme família, que crescia seguidamente e dependia basicamente do trabalho
na lavoura, popularmente conhecida de subsistência.
Esse trabalho muito desgastante,
que exigia muito esforço, papai fazia com inexcedíveis gosto, dedicação e amor,
embora o resultado de todo sacrifício se resumia na colheita dos legumes necessários
à alimentação da família até a próxima invernada.
Diante disso, posso
afirmar que muitas lições aprendi de papai e as colecionei como serventia para
a vida, porque ele sempre enfrentou as piores intempéries da vida, na roça, com
coragem e disposição, sem nunca fraquejar nem reclamar, absolutamente de nada,
porque ele sabia que o malhar à terra era a sua inafastável incumbência, mesmo
em ambiente de extremas dificuldades, quando nem assim era recompensado com
colheitas cheias de farturas, passíveis de venda dos excessos, algo que pudesse
servir como lucro, em termos do benefício por tanto esforço.
Papai ficava feliz pela
dádiva divina da certeza de que a produção era proveitosa e suficiente para alimentação
da família.
É assim que prefiro me
lembrar do meu querido papai Vaneir, que me ensinou o quanto o trabalho
dignifica o homem e as suas expressivas lições foram de tamanha importância que
eu, em momento algum, consegui abandoná-las, tão marcantes que elas foram na
minha vida.
Muito obrigado papai,
pelos “bondosos castigos” da roça, porque bem sei que eles foram de extrema
valia para o resto da minha vida, que, praticamente, sentiu na pele, de forma
definitiva, o real significado do amor ao cultivo dos alimentos indispensáveis
à vida.
Hoje, como agradeço a
papai por seus bons exemplos de heroico mestre no controle soberano de tão
difícil que era manobrar os rudimentares equipamentos agrícolas, dados às
pessoas vocacionadas ao trabalho duro e penoso, tendo por objetivo a essência
da causa que fazia parte da obrigação de chefe de família responsável e digno,
como sempre foi o meu querido papai Vaneir, na época da minha convivência com
ele.
O certo é que aquelas
tarefas não eram nada agradáveis, mas elas eram necessárias, pelos motivos descritos
acima, cuja prática ainda serviu para mostrar o quão ela deixou marcas indeléveis
de excelentes exemplos para a vida, a ponto de, agora, eu me lembrar, com muita
saudade da convivência e da companhia do meu amado e saudoso papai Vaneir, que,
ali na roça, evidentemente sem sequer imaginar o tamanho da importância daquele
trabalho para a vida de seu filho, que o aprendeu para sempre.
Saudades sim de ser
filho de Vaneir, que foi o meu primeiro professor da mais preciosa profissão
que me capacitou para trilhar os caminhos da vida, por ter aprendido o senso da
perfeição e do amor ao trabalho bem-feito e com muito zelo, como ele assim
fazia, em faina dura e sacrificante da roça, que servia como importante escola
para a vida.
Sinto sim orgulho de
ser filho do meu saudoso papai Vaneir e saudades eternas por suas importantes primeiras
lições de vida.
Agradeço a Deus por
este momento de agradecimento ao engenhoso e artífice da minha vida, que também
foi ele a pessoa a quem primeiro me fez espelhar por tudo de bom que seu filho
tem procurado realizar em honra do seu legado de carinho e amor aos seus
filhos, que o parabenizam no seu merecido Dia dos Pais, pedindo ao bondoso Deus
que continue cuidando de papai Vaneir, porque ele cumpriu com amor a sua
importante missão de pai.
Parabéns aos maravilhosos
pais, pela comemoração do seu merecido Dia dos Pais!
Brasília, em 8 de agosto
de 2021
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