Uma grande amiga me manda vídeo onde jornalistas comentam, em tom de espanto, a existência de 123 processos examinados pelo Supremo Tribunal Federal contra o presidente da República, desde o início do governo dele e, por conta disso, ela escreve a seguinte mensagem para mim: “E VOCÊ NÃO FALA NADA”.
Em
seguida, a mesma pessoa me envia vídeos em que assessores do governo anunciam
excelentes resultados obtidos na gestão do presidente do país e, em tom de estranheza,
escreve: “Você manda por WhatsApp pra mim. Mas no YouTube só escreve falando
mal do Bolsonaro. Isso é o que eu não consigo entender. Pra mim Ou é do lado do
bem Ou é do lado do mau Ou está com Deus ou com o Diabo”.
Logo
depois, a amiga disse: “Só estou reencaminhando os WhatsApp que você
me mandou. Mas que não vi comentário seu no YouTube sobre esses assuntos?”.
Finalmente,
sobre outro vídeo, a amiga escreve: “Cadê sua escrita sobre Sérgio Reis?”.
Devo
explicar, em primeiro plano, que não tenho condições de escrever sobre todos os
assuntos que surgem, no cotidiano, diante da diversidade de matérias da maior
importância para o interesse da sociedade, em que pese eu sentir desejo de me
manifestar em todos os casos, mas isso é humanamente impossível, confortando-me
com a análise apenas de pouquíssimos assuntos compreendidos na minha limitada
capacidade de manejo, que ainda não é pouco, à vista do esforço desprendido em
cada caso.
Diante
disso, procuro selecionar ao máximo aquela matéria que eu possa comentar
minimamente com base nos meus minguados conhecimentos, a permitirem-me que eu possa
opinar sobre ela e é o que tenho me esforçado para assim eu produzir as crônicas,
em média de quarenta por mês, tratando de múltiplos assuntos, ficando aqui as
minhas escusas por eu não conseguir ser ainda mais profícuo e penetrante nos
assuntos vindos à baila.
Com
relação aos processos examinados pela Suprema Corte, não tenho a mínima condição
para avaliar o seu conteúdo ou o seu acerto sobre a sua adequabilidade ao texto
constitucional, de forma a censurar, em termos da sua harmonia jurisdicional
pertinente à corte, exatamente por não conhecer as suas causas, as motivações que
lhes deram origem, que certamente os assuntos tenham sido analisados ou proferidas
as decisões por decorrência do dever funcional dos magistrados, no âmbito da
sua incumbência institucional de agir em cada caso, por força do texto
constitucional.
É
preciso que não se alarme tão somente pela quantidade de processos, dando a
impressão, que parece ser o caso, de que o Supremo, na avaliação dos severos críticos
sobre o assunto, se debruça em permanente perseguição ao presidente da República,
quando convém se ponderar que a maioria dos casos é proveniente de ações em questionamento
oriundo de partidos da oposição ao governo, que a corte, por dever constitucional,
tem a obrigação de examinar, mesmo que o resultado da análise seja o arquivamento
da causa e isso é mais do que normal, sob a atuação objetivamente jurisdicional.
Agora,
com absoluta certeza, é possível se afirmar que o maior e inconceptível erro,
nos casos de maior repercussão, é proveniente especialmente da parte acusada,
no caso o presidente da República, que é julgado na Suprema Corte e,
normalmente aceita quietinho, em muitos casos, sem recorrer do veredicto, em
clara demonstração de incompetência funcional, porque isso tem importante
significado, no sentido da possível transformação das decisões em instrumento
do bem para os propósitos e o aproveitamento dele.
Isso
mostra que o presidente do país passa a ser vítima do Supremo, à vista do
troféu que é mostrado à nação, para dizer que ele é permanentemente perseguido
por decisões absurdas, embora dando a entender, diante das reclamações, que ele
é simplesmente inocente em todos os casos, mas os fanáticos dele engolem tudo
isso com a natural compreensão de que o presidente vem realmente sendo atacado e
torturado como vítima da corte, que leva todo tempo em decidir sobre questões o
envolvendo, como se isso fosse coisa do outro mundo, quando se trata apenas do
exame de assuntos submetidos, por algum motivo, ao crivo constitucional da
corte, em razão de demanda em sede constitucional, ou seja, os processos submetidos
ao crivo do Supremo não podem ser recusados, in limine, à vista do rito
a ser observado em cada caso.
Pois
bem, tudo isso pode demonstrar alguma deficiência por parte do presidente do
país, que apenas precisa recorrer ao plenário do Supremo, tantas vezes quantas
ele seja denunciado, aproveitando o importante ensejo para mostrar a verdade
sobre os fatos, de modo a evidenciar, a seu juízo e na forma dos argumentos e
elementos apresentados à corte, que os fatos objeto das demandas são absolutamente
indevidos e improcedentes, ficando esclarecido em benefício do seu governo, que
ele está agindo com correção e em estrita observância às normas constitucional
e legal, porque é exatamente assim que governo decente presta contas sobre seus
atos à sociedade.
Não
obstante, o presidente do país prefere não recorrer de nada ou de quase nada,
justamente para tirar proveito da situação, no sentido de colher dividendos
políticos junto aos seus igualmente inteligentes apoiadores, exatamente por ter
a possibilidade para se passar de vítima, como é do costume dele, pelo tanto de
processos ou decisões considerados absurdos por seus defensores, à vista da indignação
demonstrada nas redes sociais, por causa que pode nem ter a importância que lhe
foi dada, salvo melhor juízo.
Eu
tenho analisado, como são próprios da minha linha, os fatos que são fora da
curva, no caso das distorções que jamais deveriam acontecer no governo que é normalmente
eleito para realizar somente bons e produtivos obras e serviços, conforme
consta de suas metas de governo, mostradas na campanha eleitoral e, para isso, os
resultados excelentes devem ser considerados normais, em harmonia com o que foi
planejado para acontecer, na prática, não precisando que eles sejam comentados
como publicidade de governo, porque, nesse casso, o presidente apenas cumpre o
seu sagrado dever funcional de ser eficiente na sua gestão.
A
minha ideia tem como princípio a necessidade da análise dos assuntos que
precisam ser mudados de rumo ou jamais deveriam ter existidos, em razão de desvios do prumo para
direcionamento fora da normalidade, de modo a se mostrar as deficiências que se
tornam prejudiciais à boa gestão dos recursos públicos e ao interesse da
sociedade, tendo por finalidade, de maneira precípua, a obtenção de melhores
resultados para a satisfação do bem comum, que é sempre a essência do governo.
Sobre
o cantor sertanejo, eu escrevi algumas crônicas exatamente lamentando que ele tivesse
saído em defesa do presidente do país, chegando a anunciar que ia entregar
documento ao presidente do Congresso Nacional com a exigência, em forma de
ordem impositiva, para a adoção de medidas drásticas e golpistas, para o atendimento
em apenas três dias, a exemplo da implantação do voto impresso e do afastamento
do cargo de ministros do Supremo Tribunal Federal.
No
Estado Democrático de Direito, que é facultado ao Brasil, essa forma de
comportamento tem o nome de golpe de Estado, que é algo próprio das republiquetas,
porque fica caracterizada, nessa precisa forma de agir, cristalina violência, força
bruta, com a consequente ruptura dos saudáveis princípios constitucional e
democrático, em completa afronta ao ordenamento jurídico pátrio.
O
vídeo que um extremista de direita fez circular nas redes sociais, mostrando o
lado humanitário do cantor, na vã tentativa de afastar a maldade perpetrada por
ele, no campo político, não passa de enorme equívoco, porque ele não tem o
condão de resgatar a dignidade política do cantor, posto que ele próprio pediu
perdão ao Brasil, por ter reconhecido que teria errado, ou seja, é preciso se
distinguir os sentimentos humano e político, na certeza de que eles não se
compensam, fazendo certo em ele se desculpar, por enxergar gravíssimo erro de procedimento
social.
Por
seu turno, deixo claro que escrevo sobre fatos específicos, que surgem no
cotidiano e não sobre a visão panorâmica do governo, que até tem muitas
virtudes, mas ele vem colecionando muitas trapalhadas que são vistas por quem
não imagina que as virtudes possam servir de compensação aos erros praticados,
a exemplo do que se dizia de certo presidente que “ele rouba, mas faz”, ou
seja, o presidente do passado roubava, mas tinha o lado bom de ajudar as
pessoas e isso ajudava a atenuar seus atos delituosos.
A
bem da verdade, preciso deixar muito claro que eu não escrevo falando mal do presidente
nem de ninguém, porque esta não é da minha índole, mas tenho procurado analisar,
com critério de imparcialidade e justiça, como o faço em relação a todos os
assuntos do cotidiano, fatos que realmente merecem, exclusivamente a meu juízo,
a crítica construtiva, no melhor sentimento de brasilidade, na perspectiva de
que seria muito melhor para a gestão pública, segundo a minha modesta avaliação,
que tem sido bem diferente, e disto não tenho a menor dúvida, daquela da
autoria das pessoas intelectualizadas, que já estão em estágio bastante adiantado
em relação ao meu aprendizado, que ainda engatinha, a ponto de ainda enxergar falha
em governo tão preparado, competente e produtivo, na visão das pessoas
inteligentes.
Pensando
eu, evidentemente com a minha ingênua mentalidade, que os meus alfarrábios até
poderiam ter alguma validade, em termos de reflexão, se deles o presidente do
país ou qualquer outro homem público tomassem conhecimento, porque, quer queira
ou não, existem neles algo diferente, que não ficam na mesmice de se aceitar,
com naturalidade, tudo que vem sendo estratificado como correto e imutável, onde
o povo precisa engolir, necessariamente, a dose certa, já recebida embalada e
carimbada, até mesmo de mediocridades.
Enfim,
só tenho a lamentar por não conseguir escrever textos para o agrado geral e,
nem por isso, eu pretendo agradar nem a Deus é muito menos ao demônio, mas sim
à minha consciência de procurar escrever com muito amor ao meu próximo e ao
Brasil, que este bem merece ser governado com competência, eficiência, sensatez,
serenidade, tolerância e responsabilidade, como fazem os verdadeiros estadistas
das nações evoluídas.
Com
todo respeito que dedica às pessoas, encareço que perdoem as minhas
imperfeições e continuem a aplaudir se alguma qualidade for vislumbrada no meu
trabalho literário, porque afianço que a minha dedicação tem por propósito o
melhor para o Brasil e os brasileiros, com embargo de ideologia de qualquer
natureza e sentimentos senão construtivos.
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