Diante de crônica versando sobre
a polêmica discussão sobre as urnas eletrônicas, um cidadão escreveu mensagem
dizendo o seguinte: “Amigo, tem milho cru nesse angu! Por que o TSE
não desafia expert da área para acessar o algoritmo da maquininha e
modifica-lo?!... Por que somente uma meia dúzia de gatos pingados no planeta,
inclusive o Brasil, insiste tanto nisso?! Como em Hamlet, há algo de sujo no
Reino da Dinamarca, Oops,do Brasil... kkkk”.
Já disse, várias vezes,
que o sistema eleitoral é verdadeira caixa-preta, que tem acesso por limitadas pessoas,
tornando-o absolutamente fora dos padrões desejáveis de transparência.
É pena que existe
completa e infinita incompetência por parte de autoridades públicas, para se
conduzir diálogo de alto nível, em termos de tolerância, sabedoria e
convencimento, com vistas a se conseguir abri-la e expô-la ao escancaramento da
transparência, como deve ser o serviço público em toda extensão, porque nada
pode ser classificado como sigiloso quando estar em jogo o interesse da
sociedade.
Não existe uma
autoridade da República imbuída do sentimento da humildade, em condições
mínimas para compreender que somente os assuntos que possam comprometer a
segurança nacional são obrigatoriamente classificados como sigilosos, o que não
é o caso das urnas eletrônicas, cujo funcionamento pode ser perfeitamente do
conhecimento público, desde que fique mantida a inviolabilidade do voto, na
forma constitucional, porque trata-se de atos distintos.
Infelizmente o Brasil
se comporta como verdadeira republiqueta, onde as autoridades da República
ficam se digladiando feitos brutamontes selvagens, na vã tentativa de mostrar
quem têm mais força e quem pode mais, em evidente detrimento do interesse
público, cuja irracionalidade tem o condão de dificultar ao extremo a
convergência de ideias benéficas ao aperfeiçoamento dos serviços do interesse
da sociedade.
Ou seja, a
incompetência ínsita das autoridades da República é alimentada, nutrida e
consolidada com propósito da criação de obstáculos intransponíveis justamente
para dificultar terrivelmente a adoção de medida razoavelmente favorável ao
interesse dos brasileiros.
O tema referente às urnas
eletrônicas é exemplo clássico do falado acima, em que o presidente da
República fez acusações e agrediu autoridades públicas o quanto pôde, sem ter
prova de nada, cujo resultado é esse desastre na condução da reforma que se pretendia,
porque agora tudo não de lamentável episódio de incompetência e insensibilidade
para questão de razoável importância para o aperfeiçoamento do sistemas
eleitoral brasileiro.
É bem possível que, se
antes não tenham existido fraudes, no próximo pleito certamente que há de existirem
sim, a se imaginar que elas devam ocorrer com o exclusivo propósito de prejudicar
o presidente da República, e sobre isso não há a menor dúvida, diante do péssimo
clima formado por ele, no palco dessa disputa adjutorada pela extrema
incompetência e imaturidade.
A verdade é que, quando
se quer resolver realmente qualquer objetivo, no governo, o principal
instrumento a ser utilizado condiz com a competência e a habilidade para a
condução dos projetos, que precisam, sobretudo, apenas de justificativas convincentes
e plausíveis sobre a necessidade da medida, mostrando a sua satisfatoriedade
para o bem da sociedade.
Nada disso existiu, no
caso das urnas eletrônicas, quando houve a prevalência sim de extrema
arrogância, truculência, agressividade, incompetência e incivilidade,
justamente por parte de quem se mostrava interessado na reforma do sistema
eleitoral, que acaba de ser naufragada, em perfeita consonância com a mediocridade
das medidas adotadas no caso.
Brasília, em 11 de agosto
de 2021
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