Em
crônica que fiz análise sobre resultado de pesquisa de opinião sobre a
preferência de voto para presidente da República, uma distinta e atenta
conterrânea escreveu interessante mensagem, inclusive me colocando no topo da
política nacional, conforme o texto a seguir.
“O nosso Brasil e nosso povo, precisa de uma
mudança para melhorar essa situação que estamos passando. Não voto nem um dos
dois, eu votaria se fosse o senhor o candidato (em referência à minha
pessoa, acredito), pq conheço sua capacidade que tens de administrar, sua
inteligência e sabedoria dar de dez a zero nesses que foram e esse atual
presidente. O senhor é um homem muito sábio e tem um coração bom e conhecedor
dos problemas dos seus irmãos, principalmente os mais carentes de tudo. Acredito
que tem muitos com capacidade de administrar só tá faltando o povo querer mudar
não ficar a mesma coisa.”.
Em tom de brincadeira, digo
que a carinhosa mensagem é a pedra de toque da minha candidatura ao cargo
máximo do país.
Fico muito feliz e
agradecido por avaliação bondosa e carinhosa sobre a minha condição de
discernimento acerca dos fatos da vida, a qual recebo senão, como não poderia ser
diferente, como verdadeiro estímulo à prática de escrever, que procuro fazê-lo tão
somente como o escravo interessado em levar ao meu próximo um pouco de experiência
de vida, em forma de interação de conhecimentos.
Todos nós sabemos como
é complexo e difícil se administrar o Brasil, diante de múltiplas e diversificadas
atribuições que realmente exigem bastante capacidade gerencial, diante da
necessidade de conhecimentos e experiências que são, sem dúvida alguma, os
principais requisitos para o equacionamento e a solução dos faraônicos
problemas nacionais, que estão a exigir cuidados especiais do governo.
Sob o meu modesto
prisma de avaliação, à vista da minha pouca experiência de vida, o Brasil tem
sido visivelmente castigado pela continuidade de governantes absolutamente
despreparados, incompetentes, insensatos, aproveitadores, corruptos e
irresponsáveis, que se distanciam do verdadeiro sentido de estadista, porque
este somente tem compromissos com a satisfação do interesse público, a verdade
e a realização do bem comum.
Nem precisa se alongar
em muitos outros exemplos desastrosos para a evidenciação dessa trágica assertiva,
porque os fatos mostram à saciedade isso nos dias presentes.
Pois bem, o atual
presidente da República sempre foi contra qualquer aliança com o Centrão, o
condenando com absoluta razão, por ele ser o verdadeiro e perfeito símbolo do
fisiologismo, que ele até o qualificou, também mui acertadamente, de useiro da “velha
política”, que até garantia que jamais se aproximaria de esdrúxulo grupo
político, em razão do seu passado tenebroso e de todos conhecido.
Na realidade, o
presidente do país estava até então completamente cheio da razão e isso é fato
inquestionável, porque certamente ele teria ganhado muitos votos com base na
sua majestosa e estratégica ideia de moralização, em país já tomado pela indecente
prática de latente e explícita corrupção, tendo por propósito o refutar da aproximação
com quem só emporcalhava as atividades político-administrativas, com vistas ao
aproveitamento de meios ilícitos, como assim ele entendia e de resto as pessoas
decentes, dignas e ávidas pela moralização da coisa pública.
Não obstante, a partir
do momento em que o cargo presidencial correu o sério risco de ser ameaçado,
diante da possibilidade do impeachment contra ele, em razão de eventuais crimes
de responsabilidade praticados na sua gestão, o que poderá haver a caracterização
nesse sentido, à vista de muitas investigações em curso, que apontam suspeitas
de possíveis irregularidades, em especial no que pertine ao enfrentamento da
pandemia do coronavírus, por seu governo, diante de muitas negligências, segundo
os entendidos, ele simplesmente logo correu para os braços do Centrão, em busca
de guarida.
A partir de então, o
presidente do país se misturou por inteiro, de corpo e alma, como se esta fosse
realmente vendida ao diabo, para fazer parte do lamaçal do Centrão, que agora
domina o governo, que até se dizia, mais intensamente na campanha eleitoral,
que seria realmente de mudanças e não se admitiria devassidão moral, tendo como
rótulo primacial da moralidade e da dignidade e dos demais bons princípios
republicanos como cartão de apresentação.
Todo esse ímpeto
moralizador pode ter sido mantido por alguns tempos, no início do governo, mas agora
até o principal ministro do Palácio do Planalto é um dos fortes líderes desse
grupo depravado e improbo, que responde a ação penal que se encontra encalhada
no Supremo Tribunal Federal, aguardando prescrição, por falta de julgamento.
Ou seja, em razão da
sebosa coalizão com o Centrão, o presidente da República que cometeu o chamado
calote eleitoral, por ter sido eleito prometendo ser honesto e probo com a
gestão pública, mas a sua fragilidade moral aconteceu justamente com o uso
vergonhoso de recursos públicos, com vistas à nomeação de políticos do Centrão
no seu governo e à liberação de suntuosos valores em emendas parlamentares para
integrantes desse famigerado grupo.
Nesse caso, foi utilizado
dinheiro dos bestas dos contribuintes para a compra da consciência despudorada
de parlamentares, que se comprometem, em acordo de surdina, a protegê-lo, em
caso de eventual abertura de processo de impeachment, diante da existência de
mais de 130 pedidos nesse sentido, na Câmara dos Deputados, ficando muito claro
que a deplorável amizade com o indigno grupo político teve por propósito, exclusivamente,
servir de biombo para ele permanecer no cargo, o que vale dizer que houve
desvio de dinheiro de programas governamentais para outras finalidades e isso
tem o clássico e indigno nome de corrupção, com todas as características,
principalmente que esse dinheiro deixa de ser empregado originalmente na
satisfação do interesse público.
Esse exemplo é apenas
pequena amostra da dificuldade do Brasil ser presidido por estadista de
verdade, consciente das suas atribuições estritamente na forma prescrita na
Constituição e nas demais normas legais brasileiras, em que pese todos os
presidentes jurarem fidelidade, no solene ato de posse, à sua observância e na
sua aplicação, que seriam no sentido de jamais se desviarem da retidão que se
impõe a eles, evidentemente sob pena de serem incursos em crime de
responsabilidade, que não poderia ser diferente no caso dessa vergonhosa
aliança com o Centrão, que bem poderia ser investigada, para o bem da moralização
do país, à luz das normas aplicáveis à espécie.
Brasília, em 19 de
agosto de 2021
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