As pesquisas de intenção
de voto à Presidência da República estão se encaminhando no rumo de refletir a
realidade dos fatos, com relação à administração do país. À vista dos padrões
de desempenho da presidente da República, o bom senso sinaliza que ela jamais
deveria ter chegado ao recorde de preferência (38%), ante as precariedades da
prestação dos serviços públicos, que, em substância, demonstra péssima
qualidade, não sendo justo a sua aprovação nesse patamar, porque isso não condiz
exatamente com os resultados da sua gestão. As pesquisas ainda não são capazes de
demonstrar a real situação dos candidatos à corrida ao Palácio do Planalto,
principalmente por falta de parâmetros confiáveis. A candidata petista já
dispõe de maior cabedal de informações, por ter o privilégio de fazer campanha desde
o início da sua gestão e a rédea da máquina pública e plenas
condições de direcionar a caneta para as nomeações de cargos públicos e a
liberação das emendas e dos recursos públicos mais especificamente para os
destinatários da sua afinidade política, como forma antirrepublicana de se
beneficiar de apoio político, mediante o uso ilegítimo dos cofres públicos, que
deveriam ser utilizados, em estrita observância aos princípios da ética, do
decoro, da legalidade e da moralidade que se impõem aos agentes públicos, em
especial aquele que tem a primazia de exercer o principal cargo do país, como
forma de servir de modelo para os demais gestores de verbas públicas. Independentemente
do recomeço, agora, da campanha eleitoral, a candidata que pretende continuar
no comando do país não tem condições nem mérito para pleitear morando no Palácio
da Alvorada, ante seu questionável desempenho à frente do Executivo, por não
ter tido capacidade senão de enaltecer os avanços conduzidos pelo seu grupo
político, compreendendo o contexto apenas restrito ao campo social, em
consonância com o discurso limitado ao plano eleitoreiro, como se tal atitude
não decorresse da natural obrigação inserida nas políticas de competência
constitucional e legal. Enquanto se alardeiam os resultados pertinentes à distribuição
de renda, as ações e políticas essenciais às áreas estratégicas da administração
pública se dissiparam na fumaça do tempo, a exemplo da condução, entre outros,
da economia, que padece da deficiência gerencial e da incapacidade das medidas
adequadas e apropriadas ao seu fortalecimento. A crise da economia se reflete,
sobretudo, no sofrível desempenho do Produto Interno Bruto, fruto da
fragilidade do controle das contas públicas, das dívidas públicas, da inflação
e das taxas dos juros, aliada à notória demência e ao evidente desprezo à reformulação
das estruturas do Estado, em especial com relação à racionalização e à
atualização dos programas governamentais à realidade do princípio da
competitividade, que não pode mais subsistir sendo penalizado com os obsoletos e
arcaicos sistemas sustentados pela insuportável carga tributária, pelos
alarmantes encargos previdenciários, pelas irreais taxas de juros, pela
politicagem visando ao fisiologismo como ideologia representativa, em prejuízo
aos princípios democráticos, enfim, pelos costumes e pelas práticas de
desmoralização e resistência aos princípios modernizantes das estruturas do
Estado, que tem crônicas dificuldades para superar os terríveis obstáculos impeditivos
do desenvolvimento do país. O certo é que as pesquisas confirmam a efetiva e
progressiva perda de apoio do povo às políticas públicas existentes no país,
que não podem se sustentar na insistência à prioritária execução dos programas
assistencialistas, com viés nitidamente eleitoreiro, porquanto a modernidade da
administração pública exige a mobilidade e a execução global e abrangente dos
programas do Estado, como forma de possibilitar o crescimento ordenado e
harmônico da nação, que perdeu seu rumo com a existência de políticas
sustentadas com base em quase quarenta ministérios, muitos dos quais inúteis e
dispensáveis, que são exemplos de desperdícios de recursos e de inutilidades
que servem para agregar despreparados aliados políticos, em verdadeiro cabide
de empregos, e para demonstrar verdadeiro desprezo aos princípios científicos
da administração moderna, que tem como primazia a sua eficiência e eficácia. É
induvidoso que a economia vem dando, há bastante tempo, sinais cada vez mais
eloquentes de dificuldades de desempenho, conforme mostram os índices de
avaliação e as deficientes metas fiscais, que apontam para indicadores nada
animadores de crescimento do país, em claras evidências de que as transformações
enfatizadas pelo governo são apenas satisfatórias para quem não pretende que o
país se desenvolva de verdade. Compete à sociedade, atenta à sua
responsabilidade cívica, se conscientizar sobre a necessidade de exigir que o
país seja administrado sob a rígida observância aos saudáveis princípios da
legalidade, moralidade e economicidade, como forma capaz de contribuir para o seu
progresso. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 15 de agosto de 2014
Muito bom, temos ideias iguais. Abraços Divino VENTURA
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