Segundo
pesquisa DataFolha, divulgada recentemente, o governo da presidente da
República foi avaliado positivamente, pasmem, por tão somente 13% de eleitores
entrevistados, sendo considerado o patamar mais baixo desde o início da sua
chegada ao Palácio do Planalto.
Por
seu turno, 62% dos ouvintes avaliaram o governo da petista como
"ruim" ou "péssimo", demonstrando significativa
desaprovação do desempenho da presidente.
A
última pesquisa realizada pelo instituto, há pouco mais de um mês, evidenciava que
a mandatária brasileira tinha avaliação positiva de 23% dos entrevistados.
Naquela ocasião, outros 44% avaliadores disseram que o governo petista era
"ruim" ou "péssimo".
Em
resumo, a pesquisa indica que 2.842 eleitores disseram que o governo petista é
13% ótimo/bom, 24% regular e 62% ruim/péssimo, com absoluta evidência de que a
presidente atravessa terríveis dificuldades no seu segundo mandato, em especial
na área econômica, ante a degeneração das expectativas de recuperação dos
indicadores que medem o desenvolvimento do país.
Segundo
o instituto de pesquisa, esta é a mais alta taxa de reprovação de um presidente
da República desde setembro de 1992, véspera do impeachment do então presidente.
Naquela época, pouco antes de ser afastado do Palácio do Planalto, o então
presidente do país tinha reprovação de 68% dos entrevistados.
Já
o antecessor da presidente, em dezembro de 2005, teve o seu desempenho
desaprovado por 28%, registrado pouco depois da cassação do mandato do então
chefe da Casa Civil da Presidência da República, que perdeu o mandato devido a
suspeita de seu envolvimento no famigerado esquema do mensalão do PT.
Segundo
o instituto DataFolha, a nota média da presidente é de 3,7, a mais baixa desde
que a petista assumiu o comando do país, em 2011, enquanto, na última pesquisa,
em fevereiro, a nota média da petista foi de 4,8.
A precariedade do governo e a incompetência na
gestão das políticas públicas já existiam e estavam consolidadas por ocasião da
campanha eleitoral, mas, infelizmente, pequena maioria dos eleitores cometeu o
grave pecado de votar em quem não tinha nem tem condições de representar os
brasileiros, por comprovada falta de competência.
O resultado da avaliação do desempenho da
presidente não deixa dúvida de que as recentes manifestações de protestos foram
mais do que acertadas, por revelarem a enorme insatisfação do povo contra o
governo, que demonstra total apatia na administração do país, a exemplo do
inepto pacote anticorrupção elaborado por ele, que não passa de mais algumas
medidas com pouca eficácia, por não resolver a deficiência de controle, que é
alarmante na administração pública, conforme reclama o principal órgão de
controle interno do governo, que se ressente da falta de recursos pessoais e
financeiros, para desempenhar seu importante trabalho de fiscalização e de
auditoria.
O Brasil precisa, com a máxima urgência, promover
profundas e abrangentes reformas político-eleitorais, para indispensáveis
aperfeiçoamento e modernidade das relações entre a população e seus
representantes políticos, de modo que sejam estabelecidos critérios de
responsabilização dos ocupantes de cargos públicos eletivos, no sentido de que,
entre outras medidas, eles sejam passíveis à avaliação quanto ao seu
desempenho, em razão da sua desaprovação, com implicação da perda dos mandatos,
justamente por não corresponderem política e administrativamente às condições
de satisfação das necessidades da sociedade, a exemplo do caso da presidente do
país que demonstra completa incapacidade de governá-lo, ante a absoluta
desaprovação do seu desempenho na Presidência da República, que já atingiu o
nível absolutamente inadmissível para a grandeza do país como o Brasil, que não
pode continuar na incerteza de governança fragilizada pela desesperança e
desmoralização das instituições, à vista da derrocada econômica e da arraigada
corrupção, que contribuem para a debandada do capital estrangeiro e a desindustrialização,
com notórios prejuízos para o desenvolvimento do país.
É evidente que diminuta parcela representativa da pesquisa
não fornece seguras condições para se concluir, com absoluta certeza, sobre o
afastamento da mandatária do país, mas os fatos deletérios do seu mandato estão
explícitos até demais, porquanto a sociedade é quase unânime em desaprová-lo,
ante o péssimo desempenho, com destaque, das políticas econômicas, que
demonstram fragilidade em todos os parâmetros de avaliação, diante das piores
perspectivas de recuperação econômica, em curto prazo.
Urge a realização de reformas político-eleitorais,
para o aperfeiçoamento e a modernização dos princípios democráticos, de modo
que as novas sistemáticas permitam a convocação de imediata avaliação, mediante votação da sociedade, para decidir sobre o desempenho de ocupantes de
cargos públicos eletivos, quando houver comprovadas inabilidade e falta de
condições para o cumprimento funcional, a exemplo do que ocorre com a
presidente do país, que tem a reprovação de mais de 60% de eleitores
entrevistados, além da insatisfação de ampla maioria da população. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 20 de março de 2015
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