Foi
com bastante disposição, intensidade e espírito de brasilidade que o povão saiu às ruas para se
manifestar contra o desgoverno e a corrupção, com destaque para as reclamações
sobre a grave situação econômica e a “incompetência” do governo petista. Também
muitos pediram o impeachment da presidente do país, embora as pessoas não tivessem
convicção sobre o que isso realmente significa e quais as condições para a sua
efetivação. Outra parcela muito pequena, mas expressiva, defendeu a intervenção
militar, que foi objeto de críticas.
A
multidão se expressou espontaneamente, quase à unanimidade, com o protesto de
“Fora PT!” e de fim da impunidade e da incompetência, dando a entender que já
não suporta mais o fracasso da gestão desse governo, tem sido incapaz de
colocar o país no rumo do desenvolvimento.
Os
quatro cantos do se tornaram pequenos, por terem sido tomados por pessoas
vestidas, predominantemente, de roupa verde e amarela, formando colorido bonito,
agradável e contagiante, completamente contrastante com as cores do governo,
que tem sido, nos últimos tempos, sinônimo de retrocesso e obsoletismo, ante as
práticas antiquadas na administração do país.
Os
milhares de manifestantes deram linda demonstração de muita civilidade e bom
senso, ao se apresentarem às ruas com a exclusiva disposição para protestar
contra o governo e os atos contrários aos interesses nacionais, em ambiente de
extrema tranquilidade, que impressionou até os mais incrédulos, que temiam que
isso jamais pudesse acontecer no país, em razão dos péssimos exemplos dos quebra-quebras
que ocorriam até pouco tempo, em incontrolável selvageria que tinha por
finalidade a dispersão da manifestação pacífica e construtiva.
Em
alusão ao fato de que a CUT teria sido flagrada pagando dinheiro para a sua
militância para protestar em defesa da Petrobras e do governo, muitos
manifestantes gritavam que “Eu vim de
graça”, mostrando a satisfação de se manifestar muito à vontade, com o
sentimento de pura brasilidade.
O importante
das manifestações foi se constatar a presença de famílias completas, formadas
por país, filhos e netos, a exemplo de uma senhora de 65 anos, que compareceu
aos protestos acompanhada de sete dos oito filhos – o outro está nos Estados
Unidos e não pôde comparecer. Ela disse
que “Viemos para as ruas com todo mundo,
assim como foi nas ‘Diretas-Já’”, esclarecendo que teria visto coisas em
comum entre os dois episódios. Ela acrescentou que “Lá atrás, também começou com manifestação grande e foi crescendo. Essa
será só a primeira”.
Outro
cidadão disse ter participado das manifestações pelo impeachment do
ex-presidente da República, na década de noventa, e volta às ruas, agora,
levando os filhos a tiracolo. Ele disse que “Cidadania se ensina desde criança”.
Além do
onipresente “Fora PT!”, as palavras de ordem variavam conforme a posição
ideológica dos manifestantes, mas, no geral, ficou a marca indelével do
sentimento dos brasileiros, que tenham votado ou na presidente do país, de que
a governança da nação atingiu o grau máximo de periculosidade tolerável, o que
se exige que a presidente da República cesse em definitivo as explicações
inverossímeis e sem plausibilidade para os fatos deletérios e prejudiciais ao interesse
da população e do país.
A
sociedade não suporta mais - e isso ficou muito claro com os protestos - é
ouvir a presidente do país simplesmente apresentar justificativas para os fatos
sempre calamitosos na sua gestão, haja vista que isso tem o condão de aumentar
de volume e de complexidade, além de contribuir ainda mais para complicar a condução
das políticas públicas, em especial as econômicas, em conjuminância com incremento
da roubalheira na administração do país, justamente pela inépcia do governo,
que tem optado, sempre quando há protestos da sociedade, tão somente para apresentar
justificativas infundadas e imprecisas, quando deveria adotar medidas efetivas de
resultados práticos, com plena eficiência capaz de sanear as graves questões
que emperraram continuamente o desenvolvimento da nação. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 15 de março de 2015
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